Não vamos aqui entrar numa discussão teórica sobre a figura do "mito". Afinal, estamos numa segunda-feira, início de semana. Quem acompanhou os discursos proferidos durante a manifestação bolsonarista, no dia de ontem, na praia de Copacabana, no entanto, deve ter percebido que eles estão trocando de "mito". O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro lembrou de um encontro com o trilionário Elon Musk, onde teria afirmado que ele, sim, era o verdadeito mito, o mito da democracia e da liberdade de expressão. Embora concordemos em nada com o ex-presidente, não vamos polemizar por aqui.
As referências aos empresário sul-africano foram recorrentes durante as falas dos participantes. Até discursos em inglês foram proferidos, sempre com o objetivo de enfatizar ou enaltecer a importância do empresário para os projetos da extrema-direita mundial neste momento. Dizem que o inglês do rapaz não era assim dos melhores, mas, em todo caso, o recado foi dado. Cirúrgica mesmo foi a afirmação de um membro de nossa Suprema Corte, ao se referir às redes sociais como plataformas de consolidação dos projetos dessa extrema-direita. Daí a preocupação deles com tal "regulação', que eles, matreiramente, usam o argumento do tolhimento à liberdade de expressão para combatê-la.
Não surpreendeu os discursos mais duros do encontro de ontem, conforme já havíamos antecipado por aqui. O que está repercutindo bastante é a "terceirização" dos ataques proferidos às nossas instituições democráticas, assim como aos homens que as conduzem. Um desses atores já teria sido alertado desde o encontro da Paulista, mas insiste em sua pregação.
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