Certamente um dos maiores problemas do SUS - Sistema Único de Saúde - são as longas filas de espera para o agendamento de atendimentos diversos, algo que está se tentando corrigir pela gestão atual. Fora esses problemas pontuais, o país pode orgulhar-se de ter o melhor sistema de saúde pública do mundo. Quisera que algum dia a gente pudesse dizer o mesmo do SUSP - Sistema Único de Segurança Pública - também conhecido como o SUS da Segurança Pública.
Tem sido difícil, se não impossível, construir algum consenso entre Governo e Oposição no tocante à segurança pública, mesmo com a disposição e a humildade do atual gestor da pasta, o ex-Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que afirmou, ao chegar na Câmara dos Deputados, atendendo ao convite formulado pela Comissão de Segurança Pública e Comtate ao Crime Organizado, que estava ali para aprender, para colher sugestões que pudessem contriubur para um melhor desempenho das funções do ministério a ele subordinado. Melhor disposição para o diállogo impossível.
Do outro lado, no entanto, e estamos falando aqui da Bancada da Bala e dos governadores ligados ao bolsonarismo, nenhum gesto mais civilizado neste sentido. A questão do veto mínimo da PEC da Saidinha, colocando os dois lados em clima de guerra, por exemplo, evidencia que não teremos avanços significativos por aqui. A obrigatoriedade do uso de câmaras nos uniformes dos policiais - que alguns governadores resistem em adotar - é um outro bom exemplo.
Um dos problemas do SUSP, neste momento político conturbado que o país atravessa, será, certamente, um problema de colisão de agendas. O Governo tem uma genda humanitária, anticarcerária, enquanto o outro lado acha que "bandido bom é bandido morto.", pois, segundo eles, o Governo se recusa a enfrentar o crime organizado, num momento em que, praticamente todos os dias, as PRF e a PF, em conjunto com forças policais estaduais, estão inflingindo perdas significativas a essas organizações. Como se observa, será difícil construir alguma linha de convergência por aqui.
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