O governador da Paraíba, João Azevêdo(PSB-PB), anuncia que abrirá concurso público para a contratação de novos agentes penais no Estado. Já solicitamos informações neste sentido, mas não conhecemos a realidade específica da Paraíba no que concerne ao atendimento razoável dessa demanda junto ao sistema prisional, onde se prevê um agente para cada cinco prisioneiros, de acordo com recomendação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Não há nenhum ente federado que, neste momento, atenda de maneira plena essa recomendação do CNPC. O agravente ainda maior diz respeito ao número de policiais penais do sexo feminino.
Por outro lado, todos os entes federados, neste momento, estão enfrentando o gravíssimo problema do recrudescimento da violência. Facções do crime organizado operam em todo país, com conecções internacionais. Em todo território nacional existem territórios - chamados aqui de zonas cinzentas - praticamente controlados ou dominados por essas facções, onde até o Estado precisa de 'autorização' para entrar. Eles operam em conjunto, quando não entram em conflitos com facções locais pelo controle dos locais de tráfico. Na Bahia, até recentemente, havia uma parceria entre o CV e o Bonde do Maluco, que hoje disputam à bala os locais de tráfico.
Na Paraíba não é diferente. Cidades inteiras ou regiões periféricas à capital já sentem esse drama. Na cidade de Bayeux, até recentemente, até helicóptero foi utilizado para realização de buscas dos assassinos de um policial militar, depois de um confronto com traficantes locais. Na cidade de Conde, na região metropolitana, há alguns dias, um jovem foi retirado à força de sua residência e morto com 50 disparos, num requinte de crueldade sem inimaginável. A coisa está feia, meus caros leitores e leitoras.
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