A área de Gestão e Inovação do Governo Lula vem conseguindo costurar alguns acordos com os servidores públicos em greve, embora isso esteja longe de corrigir distorções seculares na máquina pública brasileira. Somente agora a imoralidade de um benefício alimentação está sendo corrigida, o que deve colocar de volta ao trabalho um contingente expressivo de servidores. O grande propósito na discussão entre Governo e Entidades Representativas é as disparidades existentes entre as diversas categorias de servidores, seja de um mesmo poder, seja quando estamos lidando com os Três Poderes.
É inadimissível, por exemplo, privilégios dentro da máquina, como esse famigerado quinquênio, um verdadeiro trenzinho da alegria, destinado a atender a um casta de servidores já bastante aquinhonhada, além de representar um rombo de R$ 83 bilhões num orçamento já combalido da União. Isso sem falar nos Estados e Municípios, pois o engraçadinho resolveu estender o benefícios para outras categorias, além dos juízes e procuradores federais.
Permanece, no entanto, o impasse entre o Governo e servidores administrativos e docentes das IFES e dos Institutos Técnicos Federais. Já se somam 23 IFES, 5 Institutos e um centro tecnológico, com promessa de maiores adesões. O Governo chegou a oferecer uma proposta, salvo melhor juízo, um pouco acima do que estava sendo previsto anteriormente para todas as outras categorias. Mesmo assim, a decisão dos docentes foi pela manutenção da greve.
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