pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
Powered By Blogger

domingo, 4 de novembro de 2012

PSB é a "noiva da vez" para 2014, diz analista.

PSB é a 'noiva da vez' para 2014, diz analista


Em uma análise do cenário pós eleições municipais no Brasil, o cientista político e professor do Insper Humberto Dantas avalia que o PSB se fortaleceu como força política estratégica no plano nacional ao inflar em mais de 40% o número de prefeitos eleitos pela sigla. Para Dantas, o PSB é importante para "todos os partidos que querem jogar o jogo eleitoral nacional, tornando-se a noiva da vez nas eleições presidenciais de 2014". "Eduardo Campos (presidente do PSB e governador de Pernambuco) está fazendo o jogo de ser, enquanto partido político, a moça mais desejada da festa. É um partido estratégico para todas as demais siglas que querem jogar o jogo eleitoral nacional em 2014", avalia.
Dantas ressalta que o PSB tem um bom desempenho nos Estados do nordeste, "região predominantemente petista", onde os tucanos tiveram dificuldade em obter votos nas últimas eleições nacionais. "Isso torna o partido um aliado preferencial do PSDB, especialmente porque o DEM, aliado histórico dos tucanos, perdeu sua penetração nessa região", afirmou. Ele menciona também que, em uma eleição com resultados apertados, o apoio dos socialistas pode ser decisivo para o PT manter-se no poder devido ao elevado número de palanques da sigla de Campos."É um partido que governa seis Estados, incluindo alguns importantes do nordeste. É um partido ultra estratégico para as pretensões futuras do PSDB e para a manutenção do poder no PT", analisa.
O cientista político explica que, ao se dar conta dessa conjuntura, Campos - definido por Dantas como "um político habilidoso" - "colocou um pé em cada canoa", flertando com o PT e o PSDB. "Ele apareceu em um almoço com a (presidente) Dilma e com o (ex-presidente) Lula, posa para fotos com o (senador mineiro do PSDB) Aécio Neves e deixa no ar a possibilidade de lançar candidatura própria ao Planalto", diz.
São Paulo
Ao analisar o resultado das eleições em São Paulo, onde o estreante em disputas eleitorais Fernando Haddad (PT) venceu o candidato do PSDB, José Serra, Dantas ressaltou a importância da participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas afirmou que ele foi "um dos fatores decisivos", não o único. "O binômio PT forte em São Paulo e desejo de renovação na cidade fez com que, dentro das estruturas do PT, entendessem que era necessário colocar alguém novo na disputa. Lula bancou a candidatura de Haddad, ou seja, é o responsável pela indicação, mas o partido e a vontade da sociedade também foram", avaliou.
Para Dantas, Lula não teve um desempenho muito bom em diversas cidades onde ele fez campanha. Ele citou Fortaleza (CE), Recife (PE), Manaus (AM) e Salvador (BA), onde Lula participou das campanhas, mas seus candidatos perderam. "Apenas Campinas (onde o estreante em eleições Marcio Pochmann perdeu, mas conseguiu chegar ao segundo turno) e São Paulo contaram com uma participação decisiva de Lula, nos outros lugares dá para dizer que o Lula derrapou", comentou.
Sobre o desempenho do PSDB neste pleito, o professor do Insper afirmou que, apesar da derrota para o PT em São Paulo, o partido obteve "vitórias interessantes" no País. "O PSDB volta ao poder em Manaus, lembremos que a Dilma, em 2010, teve mais de 80% dos votos válidos naquele Estado, importantíssimo para o PSDB. Vence em Belém, vai bem no Recife", afirma. Dantas ressalta, porém, que algumas derrotas no Estado de São Paulo passaram um recado ao partido. "As urnas dão recados que merecem atenção do PSDB, eles perderam São José dos Campos, que é uma cidade emblemática (por ser um dos berços políticos do governador Geraldo Alckmin), Jundiaí, é preciso observar", diz. E emenda: "agora, o PT também perde coisas históricas. Perdeu Diadema para o PV, que lançou um ex-tucano para a Prefeitura", diz. "Ambos têm derrotas importantes, mas têm vitórias interessantes".
Agência Estado

sábado, 3 de novembro de 2012

Marco Maciel no Campo das Princesas. O que não diria Miguel Arraes se estivesse vivo.





 
 
Um alinhamento de forças políticas conservadoras em torno de uma provável candidatura presidencial de Eduardo Campos é uma das possibilidades possíveis. Caciques dos Democratas como ACM Neto, prefeito eleito de Salvador, e o presidente da legenda, Agripino Maia, deixam transparecer suas simpatias pelo governador pernambucano. Na província, há vários indícios dessa aproximação. Outro dia, numa cerimônia, o deputado Tony Gel deu a senha, afirmando que, caso habilite-se como candidato, Eduardo Campos teria o seu apoio. Mendonça Filho, por sua vez, não descarta “nenhuma possibilidade”. Tadeu Alencar, o secretário da Casa Civil, derrama-se em sorrisos quando fala no assunto. Já começamos a imaginar a cena onde Marco Maciel e toda cúpula das forças políticas conservadoras do Estado estariam degustando uma pescada amarela, com arroz branco e um suco de araçá na reabertura do Campo das Princesas. O que não diria Dr. Miguel Arraes se estivesse vivo...

Eduardo Campos e Dilma Rousseff: No momento, beijinhos e beijinhos.




 
 
O governador Eduardo Campos, apesar do alinhamento com o Planalto, não abre mão de consolidar-se como uma alternativa e poder. Numa relação entre tapas e beijos, ora afaga o Planalto, ora peita, movimentando perigosamente, numa relação de equilíbrio instável. Aconteceu de novo, com o ensaio da candidatura do deputado mineiro, Júlio Delgado à Presidência da Câmara, mesmo sabendo que o nome da preferência de Dilma Rousseff é o do deputado Henrique Alves, do PMDB, conforme acertos anteriormente previstos. Como tem um encontro com Dilma nos próximos dias, o “Moleque” dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco resolveu desarmar-me, jogando alguns confetes: publicou uma nota afirmando que não pleiteia mais espaços no Governo, além de sinalizar que as movimentações de Júlio Delgado não contam com o apoio dele.
Crédito da Foto: Jornal Folha de Pernambuco.

João Paulo reconhece os equívocos do Partido dos Trabalhadores.





Depois de muita meditação, prestes a bater chapa na agremiação com alguns adversários que estarão lutando pelo controle da legenda no Estado, o ex-prefeito João Paulo reconhece que o PT cometeu muitos equívocos e está pagando por isso. Talvez tenha sido um reconhecimento tardio, João. Assim como vem ocorrendo nacionalmente, o PT no Estado precisa ser reinventado, oxigenando suas relações internas e reestabelecendo o diálogo com as bases. No Recife, tornou-se um partido de perfil oligarca, movido unicamente pelos interesses de grupos organizados no interior da legenda, articulados com a Direção Nacional.  Se algo não for feito, o purgatório será longo, caro João. Outro dia, um dirigente da legenda resumiu bem a situação: o partido não reúne condições nem de se reunir.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Macapá não sera um eldorado socialista, Clécio. Pay Attention!!!



 
 
Essa política quixotesca adotada por alguns membros do PSOL eleitos nas últimas eleições municipais, como é o caso da vereadora potiguar Amanda Gurgel, que promete doar o salário de parlamentar e pretende sobreviver com o seu salário de professora, ou o prefeito de Macapá, Clécio Luiz, que já se vê contingenciado pelo coletivo da agremiação no sentido de intervenções diretas em sua gestão, faz lembrar dos primeiros prefeitos eleitos pelo PT. No contexto do modelo de democracia representativa burguesa isso não dá certo. Diadema e São Paulo foram casos emblemáticos onde militantes com atuação apenas na máquina partidário tentaram “impor” diretrizes socialistas e "ditar" as regras aos gestores, não fazendo uma avaliação consequente dos “constrangimentos” impostos pelo modelo de democracia burguesa e acabaram, no final, paralisando a gestão. Tenho uma grande admiração pela professora Amanda, mas a minha impressão é a  de que a sua atitude será interpretada apenas como demagógica por parte da população, além da rejeição e do isolamento destinado pelos seus pares aos dissidentes.Desejo muita sorte a ambos, mas aconselho a leitura das impressões da prefeita Luiza Erundina sobre a sua gestão na capital paulista.

Cássio candidato ao governo em 2014? uma possibilidade real.



 
 
Em 2010, o apoio do senador Cássio Cunha Lima foi fundamental para a eleição do governador Ricardo Coutinho na Paraíba. Partido de perfil majoritariamente urbano, o PSB não teria como montar palanque em muitas cidades do interior. O apoio dos Cunha Lima permitiu que a mensagem de Ricardo Coutinho chegasse ao grotões. Cássio, muito próximo ao governador Eduardo Campos, abriu uma dissidência entre os tucanos. A outra ala ficou com a candidatura de José Maranhão, do PMDB. Logo após as eleições, começou-se a especular sobre um possível esfriamento da relação entre ambos, fato sobejamente negado pelos dois. Cássio, por exemplo, dirimindo as dúvidas, passou a defender a reeleição de Coutinho em 2014. Mas, nos bastidores, os comentários são de outra natureza. Até possíveis “encontros secretos” foram amplamente noticiados pela imprensa local. Nessas últimas eleições municipais, o fato de o PMDB, do PDT e do PSB não assumirem uma posição em relação ao segundo turno, dizem meus amigos da imprensa local, também pode ser interpretado como urdiduras já de olho no pleito de 2014. Após a refrega sofrida pelo PSB na capital, já se especula que o nome de Cássio Cunha Lima poderá tentar voltar ao Palácio da Redenção nas eleições de 2014.