pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Fernando Haddad: Seria melhor para o país se ele tivesse sido mantido na Educação.
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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fernando Haddad: Seria melhor para o país se ele tivesse sido mantido na Educação.




O ex-ministro da educação, Fernando Haddad, é um habitué do nosso Blog do Jolugue. Não foram raros os momentos em que ele aqui apareceu para ser elogiado por sua postura na condução daquela pasta, sem sombra de dúvida, um dos maiores ministros da Educação das últimas décadas, sobretudo pela adoção de políticas  públicas – caso do Prouni – que favoreceram segmentos sociais que antes ou não tinham acesso ou tinham um acesso periférico às universidades públicas federais.Os críticos do Programa argumentam que essas "desigualdades" de acesso deveriam ser corrigidas na base, ou seja, com uma educação pública de melhor qualidade. Em certa medida, eles até tem razão, mas é preciso lembrar, igualmente, o Governo Lula foi um dos que mais cuidaram dessa questão, embora os bons resultados não possam ser alcançados a curto ou médio prazo.  Claro que tivemos alguns problemas em sua gestão, mas não foram suficientes para ofuscar seus acertos na condução da pasta. Comentamos, inclusive, numa de nossas últimas postagens, que ele talvez devesse ser mantido onde estava. Não fosse a teimosia de Lula, Haddad teria tido a oportunidade de dar sequência aos programas bem-sucedidos de sua gestão e corrigir alguns problemas crônicos do ENEM, por exemplo. Lula comprou uma briga feia com o grupo da senadora Marta Suplicy para impor o nome de Haddad, dentro de uma estratégia para assegurar o projeto de poder do Partido dos Trabalhadores. O projeto, a rigor, parece-nos ser muito mais dele do que de Dilma Rousseff, embora em entrevista recente ao jornal Folha de São Paulo sua esposa, Marisa, tenha declarado que ele não será candidato em nenhuma hipótese, coisa que até ele mesmo já admitiu. Resta saber quem manda na casa. A própria presidente Dilma já declarou que São Paulo e Recife – duas praças estratégicas para o PT - é um problema de Lula. O grande embate político das eleições municipais de 2012, envolvendo Dilma, se dará mesmo em Minas Gerais, onde ela, pessoalmente, resolveu bancar a candidatura de Patrus Ananias, nacionalizando aquelas eleições. Pois bem... Haddad continua cada vez mais lulodependente, patinando em 6% das intenções de voto. O pior é que não está podendo contar com Lula para conduzir o seu andor nem com Marta para apresentá-lo em tradicionais redutos do PT. Essa última variável, o PT pretende controlar, impondo à senadora um torniquete político que pode frear suas pretensões no Governo Dilma. Com isso, esperar-se que a independente, mas vaiodosa senadora reavalie suas posições. Quanto à primeira variável, a da presença de Lula na condução do andor, é um assunto muito sensível para ser tratado, sobretudo se entendermos as fragilidades do ex-mandatário da nação. Agora mesmo, por ocasião do lançamento do programa de governo do candidato, Lula não compareceu à cerimônia, fato amplamente divulgado pela imprensa.

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