As declarações do ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, surtiram
uma grande repercussão, mas manteve-se muito distante da expectativa que fora
criada, apresentada, possivelmente, como um depoimento bombástico. Não passou de
um traque de massa. Aliás, isso vem seguindo um roteiro previamente definido,
muito bem ensaiado, o que levou o senador Pedro Simon a fazer duras críticas à
sua postura e insinuar que estávamos diante de uma CPI de brincadeirinha. Quem
também se sentiu bastante desconfortável com as pífias declarações de Pagot foi o
senador Pedro Taques, que considerou a possibilidade de o Governo está por trás
dessa reticência do ex-diretor do DNIT. Além de não fornecer elementos novos,
Pagot, quando muito, admitiu apenas um deslize ético, ao informar que teria
pedido contribuições à campanha de Dilma – por orientação do tesoureiro do PT –
de empresas que tinham negócios com o Governo. O interessante nessa história é
que se trata de um cidadão que sabe muito sobre a engenharia institucional de
corrupção instalada no Ministério dos Transportes, como ele mesmo já admitiu em várias
ocasiões. Apeado do cargo, não se sabe quais as “recompensas” que o faz manter o
silêncio sobre episódios nebulosos e pouco esclarecidos de nossa República. Prestaria um grande serviço à causa pública se abrisse o bico.
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