A nova ARENA já estaria em fase de consolidação jurídica em
Brasília. Durante as décadas obscuras do regime militar implantado no país com
o Golpe Militar de 1964, a Aliança Renovadora Nacional reunia intelectuais, empresários,
políticos e movimentos sociais vinculados aos militares. Era o "partido oficial",
que disputava espaço com a “oposição consentida”, representada pelo PMDB. Um
dos herdeiros políticos desse espólio são os Democratas que, aliás, estão muito
bem nas disputas de capitais como Salvador e Fortaleza. Apesar desses bons
desempenhos pontuais, os DEMOS, no geral, não estão muito bem, tendo amargado
enormes refregas políticas nas últimas décadas, como o Mensalão de Brasília, a
criação do PSD e, por último, o vexame da cassação do ex-senador Demóstenes
Torres, uma de suas apostas até mesmo para planos nacionais. Um fato curioso,
inclusive, lembrado pelo ex-senador Demóstenes Torres, numa entrevista concedida à
revista Veja, é que, no Brasil, os
partidos políticos não assumem sua condição de partidos de direita. É esse
vácuo político que a Nova Arena pretende preencher, segundo seus idealizadores.
O novo partido já teria simpatizantes em 10 Estados da Federação e encontra-se
com a papelada em tramitação na capital federal. Em Pernambuco, certamente,
ressuscita-se a figura emblemática do ex-senador e governador do Estado, Marco
Maciel, apeado da vida pública depois de sofrer um revés político de
conseqüência inimaginável. Dizem que a única liturgia que ele segue hoje é
rezar. Sinceramente, pratica-se, no Brasil, a política do “jeitinho”, da
conciliação entre opostos.Talvez não haja outro país onde a "vaselina política" seja tão eficiente. Ai de quem queira separar, rigorosamente, o “jôio”
do “trigo”. Quantas figuras emblemáticas tidas como de direita não foram preservadas no
Governo Lula/Dilma? Ora porque o presidencialismo de coalizão impôs ou, ora
porque, simplesmente, mudaram de “lado” como as Dianas de pastoril, movidas por
um fisiologismo dos mais pragmáticos? O editor do Blog do Jolugue tem uma penca de exemplos. Talvez
seja por isso, exatamente, que assumir uma posição de direita no Brasil seja, rigorosamente,
bastante complicado, mas é isso que desejam os refundadores da Aliança Renovadora Nacional.
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