A cidade de Paulista, na Região Metropolitano do Recife, vive
um momento de crise de representação, tendo que optar entre candidatos
inexperientes – apoiados por gestores mal sucedidos – ou, eleger um candidato
que, como parlamentar, teve um desempenho sofrível, cujo vice foi um
ex-prefeito que deixou a Prefeitura sob a acusação de inúmeras denúncias de
malversação de recursos públicos. Como seu desempenho nas pesquisas vai bem, engrossaram o caldeirão figuras proeminentes da política local, como Resende, que fez a pior gestão que o município já conheceu. Pensávamos, inclusive, que este cidadão já havia se afastado da vida pública. Sérgio Leite, que lidera as pesquisas, ainda
invoca antigas bandeiras do Partido dos Trabalhadores, hoje profundamente
desgastadas pelo exercício executivo do partido nas últimas décadas, o que, certamente, também ocorrerá em Paulista. A equipe do candidato realizou
algumas ineficazes audiência com a população para a elaboração do Programa de
Governo, uma prática que a própria experiência do OP evidenciou que não vem
funcionando. Ora pelas promessas não cumpridas, ora pelo montante de recursos
do orçamento municipal que seriam “submetidos” à apreciação da população,
definindo sua aplicação. Como ele mesmo sabe que isso não funciona, voltou ao
populismo de sempre, prometendo “isso” e “aquilo”, consoante as demandas de
ocasião, de acordo com as “necessidades” específicas de cada bairro. Júnior
Matuto, o candidato do Campo das Princesas, também não encontrou o timming
correto de sua campanha. Criamos um grupo de discussão na rede para debatermos
o programa desses candidatos para o município e nenhum pronunciamento de suas
assessorias o que, demonstra, em última análise, a ausência de compromisso público, de corte republicano, com a população. Ou seja, desrespeito. Seu padrinho político, Ives Ribeiro, apesar de ser um gestor
público limpo, sua segunda gestão à frente da Prefeitura de Paulista foi muito criticada, o
que, dizem, está levando o candidato
a "descolar-se" de sua imagem, pregando a renovação. O seu discurso,
que começou como um half-time, hoje mantém uma postura quase independente. De sorte
que nossa cidade, infelizmente, continuará vivendo sua eterna crise de
representação. Menino de vila operária daquela cidade, só temos a lamentar. Os
índices do último IDEB continuam apresentando o município com indicadores
sofríveis na área de educação, apenas para ficarmos nesse quesito, que talvez explique a ausência de um envolvimento mais efetivo e consequente da população nos rumos políticos da cidade.
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