Preocupado com o fraco desempenho da indústria nacional em
2012 – que segundo o IBGE deve registrar queda de 2,5% -, o senador Armando
Monteiro (PTB) defende que o Brasil precisa implementar urgentemente o que
chama de Agenda Pró-Competitividade, com iniciativas que estimulem os
investimentos no País. “O Brasil ficou
caro para os que produzem”, afirma o senador, que cita os altos custos de
capital, logísticos e de energia, além do ambiente tributário desfavorável,
como fatores que impactam negativamente o setor produtivo.
Segundo o parlamentar, para
corrigir estas dificuldades, é preciso uma atuação firme do Governo Federal. “Isto
não se faz com discurso, com uma mera exortação, com um ato de vontade. É
preciso ter um foco numa agenda que eu considero uma agenda pró-competitividade”,
aponta. Armando considera que a presidente Dilma mostra estar atenta a esta
agenda quando trata, por exemplo, de questões como a desoneração da folha de
pagamento e a redução dos custos de energia.
“Todo
mundo que emprega neste país sabe que é caro gerar emprego formal. E se é caro
fazer a contratação formal, eu então sou empurrado para a informalidade. E aí, em
boa hora, a presidente Dilma inicia um processo de desoneração da folha. Vinte
por cento da contribuição patronal, que tem um peso importante, é retirado da
folha e passa para uma outra base, que é uma base de faturamento”, explica.
Armando também aprovou as medidas tomadas pelo Governo
Federal para reduzir a conta de energia dos consumidores residenciais e
industriais, destacando os efeitos positivos tanto para a renda das famílias
quanto para o setor produtivo brasileiro. Quando esteve à frente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), ele já destacava como prioritária a
redução de encargos sobre o preço da energia elétrica e, à época, entregou aos
então candidatos à presidência da República, dentre eles Dilma Rousseff, um
documento contendo propostas para a área.
No Senado, Armando votou contrariamente
à prorrogação da Reserva Global e Reversão (RGR), encargo do setor elétrico
brasileiro pago mensalmente pelas empresas concessionárias de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica. Ele também apresentou,
juntamente com a senadora Ana Amélia (PP-RS), projeto de lei do Senado (PLS
372/2011) que propõe a extinção imediata da cobrança da RGR aos consumidores.
Atualmente, esse encargo legal representa mais de R$ 2 bilhões anuais
arrecadados aos consumidores.
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