Prevendo a possibilidade de voltar ao Palácio do Planalto em 2018, Lula pretende ter uma influência mais efetiva no segundo Governo Dilma Rousseff. Neste momento, então - de turbulência política - sua experiência e traquejo político poderia ser mesmo fundamental para garantir a governabilidade. A coisa anda feia por Brasília. A oposição passou a adotar um discurso golpista e beligerante. Segundo alguns órgãos de imprensa, o ex-presidente gostaria de participar da definição de nomes para três pastas consideradas fundamentais para o seu projeto: Educação, Casa Civil e Cidades. Hoje passou-se a especular sobre a possibilidade do ex-ministro e ex-governador do Ceará, Cid Gomes, ocupar a pasta da Educação. Não há arestas do Planalto com a família Ferreira Gomes. Essas arestas foram devidamente aparadas muito antes das eleições, quando os Ferreira Gomes abriram uma dissidência entre os neo-socialistas. Sempre defenderam o projeto de reeleição de Dilma Rousseff, mesmo com a postulação do ex-governador Eduardo Campos. Acabaram por se afastar do grêmio partidário neo-socialista. Ciro é um cara polêmico e explosivo. Muito inteligente, preparado, mas de pavio curtíssimo. Colaborando com o Governo do irmão, Cid Gomes, por diversas vezes entrou em rota de colisão com os servidores do Estado do Ceará. Em momentos de fúria, chegou a tomar cartazes dos manifestantes e rasgá-los. Confesso que não conheço suas ideias sobre o tema educação. Se é que ele as tem. Há de se entender que também se trata de uma especulação. Há alguns grandes desafios para pasta, sobretudo no que se refere à melhoria dos índices do IDEB. Até 2020 precisamos atingir a média 6,0, que caracteriza uma meta dos países desenvolvidos da OCDE. Outra meta permanente é o enfrentamento dos problema das desigualdades de oportunidades educacionais no país. Dados mais recentes revelam que apenas 20% dos jovens de famílias empobrecidas conseguem terminar o ensino médio na faixa etária recomendada, ou seja, 19 anos. Esse índice chega a mais de 80% quanto se trata de jovens de estratos sociais mais privilegiados.Vamos aguardar aquele jornal que, segundo o ex-governador Miguel Arraes, de fato, conta: O Diário Oficial da União.
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