Certamente, poucas são as pessoas que conseguem dimensionar corretamente os danos da censura para quem escreve. Violentamente perseguido e ameaçado aqui na província, pelos idos da década de 30, o grande cronista Rubem Braga, impedido de publicar suas crônicas políticas - sob a ameaça de prisão - acabou, segundo presume-se, relatando casos de suicídio nas crônicas policiais do Diário de Pernambuco. Diante das circunstâncias tão adversas enfrentadas pelo escritor capixaba aqui no Recife - salvo a amizade com Capiba e Gilberto Freyre, além das noitadas nos cabarés com Odorico Tavares, poucos registros ficaram se sua passagem pela Veneza brasileira. Regimes autoritários são, por natureza, medíocres e não suportam quem esboça autonomia de pensamento e orientam suas condutas com um mínimo de altivez e dignidade. Braga veio ao Recife depois de embates com Alceu Amoroso Lima, em razão das suas críticas a membros da Igreja Católica.
Diante de tantas dificuldades enfrentadas pelos brasileiros depois do golpe institucional de 2016 - seja no aspecto econômico quanto no aspecto politico - assuntos é que não faltam para os nossos editoriais. Quatro milhões de brasileiros perderam o emprego formal nos últimos meses. Em conluio com a ANS, as entidades gestoras dos planos privados de saúde, depois das mensalidades extorsivas, agora ameaçam com a cobrança de franquia ou coparticipação. Deve ocorrer aqui o mesmo que ocorreu com as companhias aéreas, que passaram a cobrar pelas bagagens sob o argumento de que as tarifas seriam reduzidas. De concreto, além de pagarem pelo envio das bagagens, os usuários não tiveram a redução das tarifas, o que os contingenciou a andarem com bagagens de mão inusitadas, passíveis de serem acomodadas dentro das aeronaves, provocando aqueles tumultos corriqueiros e desagradáveis antes do voos.
Mas, não me contive com um comunicado da emissora do plim plim para seus funcionários, orientando-os sobre como se comportarem na vida privada, consoante a isenção que caracteriza o padrão plim plim de atuação profissional. Há aqui, leitores, motivos para uma grande gargalhada. A motivação do comunicado teria sido em função de um posicionamento de um de seus repórteres, em perfil pessoal, numa dessas redes sociais, posicionando-se contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como pode um grupo que foi criado com as benesses e cevado nos estertores do regime militar falar de isenção? A quem esse pessoal sugere estar dando lições de jornalismo? Jornalista mesmo era o Rubem Braga, que deixou o Diário de Pernambuco e, por um salário bem menor, assumiu a editoria da Folha do Povo, onde, mesmo perseguido, exercia seu direito constitucional de livre expressão.
Mas, não me contive com um comunicado da emissora do plim plim para seus funcionários, orientando-os sobre como se comportarem na vida privada, consoante a isenção que caracteriza o padrão plim plim de atuação profissional. Há aqui, leitores, motivos para uma grande gargalhada. A motivação do comunicado teria sido em função de um posicionamento de um de seus repórteres, em perfil pessoal, numa dessas redes sociais, posicionando-se contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como pode um grupo que foi criado com as benesses e cevado nos estertores do regime militar falar de isenção? A quem esse pessoal sugere estar dando lições de jornalismo? Jornalista mesmo era o Rubem Braga, que deixou o Diário de Pernambuco e, por um salário bem menor, assumiu a editoria da Folha do Povo, onde, mesmo perseguido, exercia seu direito constitucional de livre expressão.
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