pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Dirceu: Um discurso para os autênticos e progressistas petistas chamarem de seu.
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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Editorial: Dirceu: Um discurso para os autênticos e progressistas petistas chamarem de seu.



Ontem, dia 03, no Plenário do Senado Federal, o ex-Ministro-Chefe da Casa Civil do Governo Lula, José Dirceu, fez um discurso para os setores mais autênticos do petismo chamarem de seu. Há de se considerar, no entanto, os lugares de fala  Uma coisa é falar como ex-ministro e outra, bem diferente, são as contingências impostas pela reapolitik que o morubixaba petista precisa enfrentar no dia-a-dia do seu Governo, sob fogo cerrado de setores conservadores e hostis da sociedade brasileira. 

Dirceu fala como um militante, ex-guerrilheiro, que esboça um retorno às atividades político\eleitorais, quem sabe colocando seu nome ao crivo do eleitorado já nas próximas eleições municipais de 2024, conforme se especula, humildemente, numa eventual candidatura a vereador.  A liberdade é tanta que ele não se furtou em dá uma estocada no próprio Governo do companheiro Lula, em razão de não ter reaberto os trabalhos da Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos, que ele considera uma questão crucial para este Governo. Um contingente expressivo da sociedade brasileira o acompanha neste raciocínio. Uma questão de honra, para sermos mais precisos. 

Como já enfatizamos por diversas vezes por aqui, as sinalizações oficiais do Govrno neste sentido não são nada alvissareiras. Contrariando toda uma tendência que advogava que o melhor para o Governo Lula seria facultar as condições para permitir que os militares voltassem pacificamente às suas atividades inerentes na caserna, o petista faz questão de fazer uma média ponderada com os militares, principalmente aqueles que não estiveram envolvidos com as tessituras golpistas recentes, nomeando-os para cargos estratégicos nas Forças Armadas.

Dirceu volta a bater numa tecla que sempre foi muito cara ao partido, ou seja, a necessidade de ampliar a democracia substantiva, que funcionaria como antídoto para frear os ímpetos autoritários de setores conhecidos de nossa sociedade. O raciocínio do ex-ministro converge bastante com as reflexões do cientista político polonês, Adam Przeworski, que faz um cálculo de sobreviência das democracias políticas a partir da renda per capita da população. De fato, as políticas sociais do Governo Lula precisam ser consolidadas, em alguns casos,  e ampliadas em outros. Lula vem perdendo alguns pontihos de popularidade em estratos de baixa renda, inclusive no Nordeste. É fundamental estancar essa sangria.   

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