pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Primos unidos pelo projeto de "João governador".
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quarta-feira, 3 de abril de 2024

O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Primos unidos pelo projeto de "João governador".



Bom seria se as famílias fossem coesas, unidas e harmônicas como a orquesta de Issac Karabtchevski. Na prática as coisas não funcionam bem assim. É preciso muitos arranjos para se conseguir, ao mínimo, um pouco de harmonia. A família Campos\Arraes possue um grande capital político no Estado de Pernambuco. Com as mortes do Dr. Arraes e, posteriormente, a do neto Eduardo Campos, que deixou precocimente a vida pública, vitimado por um acidente de aéreo. Ocorreu uma espécie de disputa interna no clã sobre quem deveria herdar esse espólio político\eleitoral deixado pelos antepassados. 

Segundo dizem, os problemas não seriam apenas políticos, tampouco culminou com a morte do ex-governador Eduardo Campos, uma vez que, ainda vivo, ele já não se entendia muito bem com Marília Arraes. Mas, a nossa seara aqui é política. Vamos nos restringir a ela. A esposa de Eduardo Campos, Renata Campos, de personalidade forte, no final, foi quem acabou batendo martelo sobre essas querelas, determinado que os filhos do ex-governador assumissem este espólio, como seus herdeiros legítimos. 

Restou a Marília Arraes comer o mingau quente pelas beiradas, se equilibrando como podia, no sentido de ocupar o seu espaço. Nas eleições municipais de 2022, por exemplo, disputou a prefeitura da cidade do Recife pelo PT, tendo como principal adversário o primo João Campos, filho de Eduardo Campos. Depois de uma disputa renhida e acirrada, com direitos a excessos, perdeu aquela eleição, colocando João em rota de colisão com o PT, afirmando que não abriria espaço em seu Governo para a legenda. Logo em seguida, as coisas foram sendo aplainadas, permitindo a João uma reaproximação com o Governo Lula e, consequentemente, com o PT local, em alguns casos, até para assegurar espaços para velhos companheiros socialistas no Governo Federal, como foi o caso de Danilo Cabral na SUDENE e Paulo Câmara no BNB.  

O PT voltou a fazer as pazes com João, ocupando espaço na máquina municipal. Arranjo antigo, que remonta ao Governo de Eduardo Campos, sempre orientado pelo pragmatismo. Integrando os quadros do Solidariedade, por algum motivo, a neta de Dr. Arraes não encontrou espaço no Governo Lula, como se previa a princípio. Suas relações com o Governo, pelo andar da carruagem política, não teriam ficado abaladas com este fato. Marília, que já integrou os quafros do PT local por um longo período, permanceu fiel aos seus princípios ideológicos. 

Segundo os escaninhos da política revelam, depois de algumas tentativas frustradas da legenda, o morubixaba petista deve entrar de sola nas conversações no sentido de levar o prefeito João Campos(PSB-PE) a aceitar um nome petista para ocupar a vaga de vice no seu projeto de reeleição. A trégua ou reaproximação entre João e Marília já poderia ser creditada na conta desse esforço do morubixaba. 

João abriu espaço na máquina para o Solidariedade, haveria alguns acordos de cavalheiros em relação aos candidatos a vereador pelo partido e, por fim, a aliança está selada entre os primos. O que está em jogo na realidade são as eleiçõe para o Governo do Estado em 2026, onde a família Campos\Arraes, através de João Campos, deve disputar o Palácio do Campo das Princesas com a atual ocupante do cargo, a governadora Raquel Lyra(PSDB-PE), que deve candidatar-se à reeleição.  

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