Na atual conjuntura da política nacional, não seria nada surpreendente se os cientistas políticos estivessem atentos às nuvens dessa tendência de formação de federação dos grêmios políticos nacionais. Em alguns casos, com o do PSDB, podemos falar de uma fusão, num primeiro momento, e uma posterior federalização, possivelmente com a União Progressista, conforme já enfatizou o seu líder Marconi Perillo. E, por falar em federação, repercute bastante uma entrevista recente concedida pelo Presidente Nacional da União Progressista, o pernambucano Antonio Rueda, à revista Veja. A chamada deste editorial bem que poderia ser: Até tu Rueda? Em razão de sua elogiada postura com relação à composição com a base governista. Rueda era elogiado pelo Planalto por sua fidelidade ao Governo, na condição de Presidente Nacional do então União Brasil. Não compareceu ao evento de lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República.
As coisas mudaram muito desde então. Na entrevista à revista ele observa aquilo que já foi dito aos quatro cantos do mundo: A federação deve apoiar um nome de centro-direita para as eleições do próximo ano. Convém frisar que este nome pode não ser, necessariamente, o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. A movimentação de direita está há anos luz de distância da movimentação dos grupos de esquerda, conforme enfatizamos no dia de ontem. A única semelhança entre ambos os movimentos talvez seja mesmo a resistência de suas principais lideranças em discutirem alternativas que não sejam as suas, a exemplo de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
No campo de direita, os movimentos correm à revelia. Já se fala em ranhuras na relação entre Tarcísio de Freitas e a família Bolsonaro. Até recentemente, o Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, pediu desfiliação do PL, argumentando dificuldades de viabilizar pela legenda os seus projetos políticos. Derrite é pré-candidato ao Senado Federal por São Paulo. O Movimento Brasil, liderado pelo ex-presidente Michel Temer continua com suas articulações, independentemente dos humores da família Bolsonaro. No campo de esquerda, o assunto sequer é aventado, mesmo em se sabendo das enormes dificuldades que o presidente Lula enfrenta neste momento, sendo aconselhado a não tentar um quarto mandato.
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