Na iminência de ser eleito o próximo Presidente Nacional do PSB, o prefeito do Recife, João Campos, tem ocupado grande espaço nas mídias nacionais, onde se pronuncia sobre os mais diversos assuntos, inclusive os temas políticos. Talvez atropelando algumas etapas, o atual Presidente Nacional do Partido Socialista, Carlos Siqueira, insiste na tese de projetar João Campos como uma liderança nacional já neste momento. Nas últimas eleições, o prefeito do Recife andou cumprindo esta etapa de nacionalização do seu nome, apoiando nomes ligados ao projeto de eleição de Lula em algumas praças do país.
Diálogo, compreensão e resultados são três palavras que se inserem no dimensão política do atual gestor do Recife. Compreender o momento político, onde o Estado já não acompanha a velocidade das mídias sociais e abrir o diálogo com segmentos com os quais as plataformas de centro-esquerda já não conseguem interagir, como os segmentos do agronegócio, dos neopentecostais, do novo mundo do trabalho. Realmente é preciso compreender essa nova realidade social, cultural, política e econômica. Uma das grandes críticas que se faz ao PT é exatamente o fato de ter perdido este bonde da História. É um receituário antigo, já superado pelos novos tempos. A plataforma de alguns candidatos à Presidência Nacional do PT poderia ser resumida no Manifesto Comunista, de 1848. O Governo Lula "trisca" e pouco tempo depois aparece nas redes sociais um novo vídeo do Nikolas Ferreira com a capacidade de atingir 200 milhões de visualizações em poucas horas.
João vem cumprindo um figurino previsto. Tão previsível que se tem como certa sua candidatura ao Governo do Estado de Pernambuco em 2026, onde deverá bater chapa com a atual governadora do estado, Raquel Lyra. Arrancado às pressas dos bancos universitários para manter o legado da família na política pernambucana, João Campos segue a mesma trajetória do pai, o ex-governador Eduardo Campos. A Presidência da República está nos seus planos, assim como esteve nos planos do seu pai. Por enquanto, no campo de centro-esquerda, apoiando um eventual projeto de reeleição de Lula em 2026, tendo, preferencialmente, o nome de Geraldo Alckmin como vice.
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