pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O "controle" da CPMI do INSS.
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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Editorial: O "controle" da CPMI do INSS.


CPMI's são importantes em quaisquer circunstâncias, independentemente dos seus resultados. Há uma grita enorme acerca dos últimos relatórios produzidas por duas delas, a da Covid-19 e a do MST. Concluído os trabalhos, relatórios lidos e encaminhados aos órgãos responsáveis da Republica, é aqui que se esbarra numa espécie de leniência, traduzida no engavetamento pura e simples desses relatórios. Acompanhamos essas duas últimas e confesso que aprendemos bastante, uma vez que não se trata apenas de se saber como agiram os gatunos do erário nessas ocasiões. E, ainda assim, essas CPMI's se tornam importantes, uma vez que ficamos atualizados acerca das "inovações" utilizados por essas gangues para desviar recursos públicos. No caso da CPMI do INSS, que hoje parece-nos inevitável, já se sabe, por exemplo, que havia uma engenharia abominável de expedientes para roubarem os pobres velhinhos aposentados e pensionistas. 

Ontem, 18,  surgiu a informação de um servidor do órgão com poderes paranormais, capaz de ressuscitar velhinhos, ou seja, o pobre aposentando morria e continuava ativo no sistema, beneficiando malfeitores. No caso da CPI do MST gente muita boa foi convidada, tanto pelo Governo quanto pela Oposição, que trouxeram informações importantíssimas sobre a dinâmica dessa questão no país, um drama que se arrasta a centenas de anos sem que se apresente uma solução concreta. Na verdade a elite agrária do pais não permite que este problema seja resolvido, desde a época das sesmarias. Esta questão está na raiz das tessituras entre militares e tais elites, que culminou no golpe civil-militar de 1964. É curioso que, mesmo ao seu "modo", a questão da reforma agrária foi uma das mais urgentes preocupações dos militares quando no poder. Até o sociólogo Gilberto Freyre deu sua contribuição nessa discussão, produzindo um prospecto a este respeito, a pedido de Marco Maciel.  

Correndo atrás do prejuízo, o Governo agora se movimenta para ter um controle sobre os trabalhos da CPMI do INSS, talvez destinando a ela o mesmo destinos das anteriores. Neste caso, no entanto, o ônus político do roubo no INSS será pesadíssimo. As narrativas criadas com o intuito de livrar-se desse ônus estão se tornando ridículas. As pessoas que lidam com comunicação deveriam saber disso. 

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