pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: A "fábrica" de velhinhos para fraudar o INSS.
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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Editorial: A "fábrica" de velhinhos para fraudar o INSS.



Muita chuva em toda a faixa litorânea do Nordeste, mas, nem assim, a Polícia Federal deixou de cumprir suas funções de polícia de Estado, desencadeando hoje, 15, mais uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra mais uma quadrilha de fraudadores do INSS, desta vez nas cidades de Mata Grande(AL) e Tupanatinga(PE). No curso das investigações sobre a grande fraude do INSS, este expediente já teria sido aventado pela PF. Neste caso, trata-se de uma verdadeira "fábrica" de velhinhos inexistentes, habilitados fraudulentamente para receberem benefícios. A cada nova operação da PF percebe-se a dimensão do problema das fraudes no órgão, suscitando todos os esforços no sentido de se aprofundar sobre o assunto, recorrendo-se a todos os expedientes possíveis, inclusive uma CPMI. 

Não dá para dizer que esta crise foi encerrada com o afastamento do Ministro Carlos Lupi, tampouco com a nomeação de um outro presidente do INSS. E, por falar em INSS, quem esteve hoje no Senado Federal, para ser ouvido em comissão, foi o atual Ministro Wolney Queiroz. Não tivemos a oportunidade de acompanhar, em virtude de problemas com sinal da internet. Mas já está agendado. Comenta-se que houve um ligeiro desentendimento entre ele e o senador Sérgio Moro, que, quando ocupava a pasta da Justiça, ainda no Governo Bolsonaro, teria recebido informe de um servidor de carreira do órgão (salve os servidores de carreira) sobre eventuais irregularidades na concessão dos descontos. 

O fato de se mostrar reticente quanto a abertura de uma CPMI será um fardo muito pesado para o Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre carregar. 51% das assinaturas são de parlamentares da base aliada do Governo Lula 3. Existe aquelas situações de fraudes "orgânicas" ou inevitáveis em qualquer sistema. Sabe-se, por exemplo, que em 2023 teria sido constatado o número de 1.400 aposentadorias que estariam sendo pagas, mesmo quando os beneficiários já teriam morrido. Estaria dentro da margem de erro num sistema gigantesco como o do INSS, que movimenta bilhões. Desta vez, no entanto, os fraudadores fizeram a festa. 

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