pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Crime Organizado
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terça-feira, 4 de novembro de 2025

Editorial: Fabiano Contarato presidirá CPI do Crime Organizado.



A presidência desta CPI poderia ter caído nas mãos da Oposição, com a indicação do general Hamilton Mourão para condução dos trabalhos no Senado Federal. Numa votação apertada, o senador Fabiano Contarato, foi indicado para a sua presidência, tendo como relator o senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe. Um governista na presidência e um moderado na relatoria, o que pode ser considerado uma vitória do Governo. Preocupa bastante o Governo Lula 3, esta agenda de segurança pública discutida pela Oposição no Legislativo, sobretudo pelo precedente perigoso de se classificar as ações do crime organizado como atos terroristas, o que facultaria intervenções indesejadas dos Estados Unidos em nossos assuntos internos. Os Estados Unidos já pediram, inclusive, que o Governo Lula classifique o CV e o PCC como grupos terroristas. 

Agindo numa direção oposta ao Governo, é exatamente isso o que está motivando o Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, a estabelecer contatos com os Estados Unidos no sentido de identificar o Comando Vermelho como uma facção terrorista. Na outra margem do rio, Lula acaba de declarar que pretende que a Polícia Federal tenha acesso às perícias realizadas, concluindo que o que houve recentemente no Rio de Janeiro, mais precisamente no complexo de favelas do Alemão e da Penha, foi uma matança. Gostamos bastante do resultado dos trabalho da manhã de hoje no Senado Federal, onde foi instaurada a CPI do Crime Organizado. Há uma série de requerimentos já aprovados, prevendo audiências, com especialistas no assunto, repórteres investigativos, gente da área de segurança pública e autoridades de estado. 

1\4 da população do país já vive sob o domínio do crime organizado. Na esteira dessas duas grandes facções, com atuação internacional, já surgiram outras tantas por todo o país, que agem articuladas ou independentemente, travando guerras sangrentas por territórios. Não faz muito tempo, no badalado balneário de Pipa, no Rio Grande do Norte, na rua Enseada dos Golfinhos, a principal do lugarejo, três pessoas foram assassinadas em plena luz do dia. Briga de facções, segundo apurou a polícia. 

domingo, 28 de abril de 2024

Editorial: Quais são os entraves do SUS da Segurança Pública?



Certamente um dos maiores problemas do SUS - Sistema Único de Saúde - são as longas filas de espera para o agendamento de atendimentos diversos, algo que está se tentando corrigir pela gestão atual.  Fora esses problemas pontuais, o país pode orgulhar-se de ter o melhor sistema de saúde pública do mundo. Quisera que algum dia a gente pudesse dizer o mesmo do SUSP - Sistema Único de Segurança Pública - também conhecido como o SUS da Segurança Pública. 

Tem sido difícil, se não impossível, construir algum consenso entre Governo e Oposição no tocante à segurança pública, mesmo com a disposição e a humildade do atual gestor da pasta, o ex-Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que afirmou, ao chegar na Câmara dos Deputados, atendendo ao convite formulado pela Comissão de Segurança Pública e Comtate ao Crime Organizado, que estava ali para aprender, para colher sugestões que pudessem contriubur para um melhor desempenho das funções do ministério a ele subordinado. Melhor disposição para o diállogo impossível. 

Do outro lado, no entanto, e estamos falando aqui da Bancada da Bala e dos governadores ligados ao bolsonarismo, nenhum gesto mais civilizado neste sentido. A questão do veto mínimo da PEC da Saidinha, colocando os dois lados em clima de guerra, por exemplo, evidencia que não teremos avanços significativos por aqui. A obrigatoriedade do uso de câmaras nos uniformes dos policiais - que alguns governadores resistem em adotar - é um outro bom exemplo. 

Um dos problemas do SUSP, neste momento político conturbado que o país atravessa, será, certamente, um problema de colisão de agendas. O Governo tem uma genda humanitária, anticarcerária, enquanto o outro lado acha que "bandido bom é bandido morto.", pois, segundo eles, o Governo se recusa a enfrentar o crime organizado, num momento em que, praticamente todos os dias, as PRF e a PF, em conjunto com forças policais estaduais, estão inflingindo perdas significativas a essas organizações. Como se observa, será difícil construir alguma linha de convergência por aqui.   

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Editorial: O "lazer' do crime organizado no Complexo do Alemão.

 


Depois da suspetia do Ministério Público sobre a existência de uma eventual "sala de extorsão' dentro de uma delegacia de polícia no interior paulista, assim como igual suspeita de que um secretário de segurança pública que poderia ter planejado um homicídio contra uma vereadora, não há mais como o cidadão comum esboçar alguma surpresa ao tratar do crime organizado ou como ele já se inseriu perigosamente no aparelho de Estado. Os caras estão em todas, participando oficialmente de licitações, atuando no transporte regular e clandestino de passageiros, abrindo igrejas e pregando o evangelho, utilizando-se dos dízimos como mecanismo de lavagem de dinheiro. Está tudo dominado. 

Todos os dias, rigorosamente todos os dias, são denunciados agentes públicos em envolvimentos com milicianos. Ontem, um soldado e um cabo da Polícia Militar, em São Paulo, se faziam passar por agentes da Polícia Civil para extorquirem comerciantes. Foram presos. Repercutiu bastante uma outra incursão do BOPE no Complexo do Alemão, onde foi encontrado um centro de treinamento de traficantes. Na incursão de hoje, também no Complexo do Alemão e da Penha, os policiais encontraram uma casa de luxo destinado ao lazer dos traficantes. 

No Complexo de Favelas da Maré os traficantes locais ampliarem seu mix de serviços oferecendo guarida ou proteção aos encrencados procurados pela polícia. Eles pagariam uma espécie de pedágio pela segurança no local. Naturalmente que, em tais territórios, completamente controlados pelo crime organizado, não seria surpresa tais espaços físicos destinados a essas finalidades.