No início, como diriam os poetas, tudo são flores. Assim, quando anunciou os seus auxiliares, o morubixaba petista fez questão de enfatizar a necessidade de compor um ministério com uma efetiva participação de mulheres. Ao longo do tempo, passada essa fase de lua-de-mel, as cabeças que rolaram em seu ministério teve um efetivo peso de representação feminina. Difícil fazer alguma previsão sobre o que pode ocorrer daqui para a frente, mas, a julgar pela última reunião ministerial, não seria improvável que mais mulheres possam deixar o Governo.
Existem alguns problemas estruturais, de variáveis incontroláveis, como no caso do Ministério da Saúde, onde o maior problema é a cobiça do Centrão pelos bilhões do orçamento do órgão. Sobre esse aspecto, a guerreira Nísia Trindade pouco pode fazer para se contrapor, exceto resistir em suas trincheiras, como, aliás, vem fazendo. Existem alguns problemas pontuais, como a assistência aos povos indígenas, a epidemia da dengue e o recrudescimento da Covid-19, que voltou a matar muito gente, embora esses números não sejam divulgados. O assédio do Centrão ao ministério é tão grotesco que eles já afirmaram que, se o problema for de representação feminina, eles também têm nomes de mulheres para ocupar a pasta.
No Ministério da Ciência e Tecnologia, ocupado pela comunista Luciana Santos(PCdoB-PE), o que se comenta é que ela poderia se candidatar à Prefeitura da Cidade de Olinda, nas próximas eleições municipais, deixando a vaga aberta. Quando ainda havia alguma chance, o Governo pensou em oferecê-la a Deputada Federal Tabata Amaral(PSB-SP), com o propósito de tirá-la da disputa em São Paulo. A essa altura do campeonato político, é pouco provável que a socialista abra mão de sua candidatura.
Luciana, por sua vez, já afirmou que gostaria de indicar o seu sucessor naquele ministério, tradicionalmente ocupado por pernambucanos. Uma coisa curiosa aqui é que a comunista não teria grandes interesses em voltar a disputar a prefeiuta da cidade, que já ocupou por dois mandatos. O Planalto também demonstra uma certa insatisfação em relação ao nome da ministra Anielle Franco, que não estaria entregando muita coisa. Uma saída honrada para a Ministra da Igualdade Racial seria indicá-la para concorrer à vice na chapa encabeçada por Eduardo Paes(PSD-RJ), no Rio de Janeiro, apoiado pelo PT.
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