Há quem assegure que o jovem prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), esteja trabalhando um nome do seu staff político mais próximo para indicá-la a vice na chapa de seu projeto de reeleição. Isso mesmo. Trata-se de uma mulher que vem das bandas da Zona da Mata Norte do Estado, berço das Heroínas de Tejucupapo. A auxiliar se filiaria ao PSB e seria ungida como vice, permitindo ao atual gestor a tranquilidade necessária em seu projeto de tornar-se governador do Estado, reproduzindo a trajetória política do pai, o ex-governador Eduardo Campos, tudo dentro de um script traçado pelos herdeiros do espólio político\eleitoral das famílias Campos\Arraes.
O PT, no entanto, enfrenta grandes dificuldades nas principais capitais do país, tendo que se contentar em trabalhar pela indicação de uma candidatura a vice, dada a inviabilidade do cabeça de chapa. Isso ocorre no Recife, assim como em São Paulo e Rio de Janeiro, onde Lula acaba de descartar a indicação da sua Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. No Recife, porém, apesar de suas boas relações com o PT, há um compenente que o prefeito considera fundamental entre as lições aprendidas com o pai. Precisa ter a certeza de contar com o eleitorado recifense em seu projeto de conquistar o Estado, variável que ele precisa ter sob controle absoluto.
Assim, mesmo diante de suas cordiais relações com o Governo Lula e com o PT, é muito pouco provável - se não impossível, conforme acreditamos - que ele abra mão dessa prerrogativa, atendendo aos apelos do morubixaba petista. Política é um troço complicado, envolvendo inúmeras variáveis em jogo, como, por exemplo, as relações institucionais do Governo Municipal com o Governo Federal, onde existe a liberação de montante de recursos importantes para os projetos em andamento na prefeitura. É aqui que o PT joga suas fichas.
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