pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial:Não aceitamos PIX.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Editorial:Não aceitamos PIX.



Tomou posse na Secom, no dia de ontem, 14, o marqueteiro baiano, Sidônio Palmeira, em substituição ao antigo titular da pasta, Paulo Pimenta. Sidônio é um engenheiro que resolveu enveredar pelo marketing político. Coordenou a última campanha vitoriosa de Lula, em 2022. O baiano chega à Esplanada dos Ministérios num momento bastante delicado, quando os problemas de comunicação do Governo Lula3 atingiram o seu ápice. Seu discurso de posse no novo cargo foi marcado pelo viés ideológico, sugerindo que o Governo não tem problemas, é um Governo de avanços sociais expressivos e só precisa comunicar-se melhor com a população sobre tais realizações.  

Salvo melhor juízo, Sidônio não é filiado ao PT, mas seu discurso enquadra-se perfeitamente, em termos de sintonia,  à ala mais ideologicamente orientada da legenda, aquela que compõe o núcleo duro do partido. Trata-se de um grupo que não consegue exercitar a autocrítica, posto que encapsulado pela mania de perseguição: Perseguição do mercado, perseguição da grande mídia - ou parte dela, uma vez que somente R$300 milhões foram repassados, em termos de verbas publicitárias, à emissora do plim plim - perseguição da extrema direita, das big techs, entre outros. Pelo andar da carruagem política, o Governo Lula3 irá continuar tropeçando nas palavras. 

A última é essa da suposta taxação do PIX, que se espalhou como rastro de pólvora junto à população, uma narrativa negativa, possivelmente inverídica, mas que talvez não tenha mais como ser revertida. Já existe uma tendência em rejeitar as operações com o PIX entre inúmeros pequenos comércios em todo o país. Uma medida infeliz, anunciada no pior momento, com a popularidade em baixa, que foi magistralmente explorada pela oposição, que criou uma narrativa sobre o assunto, conforme já afirmamos, difícil de ser revertida. Se diz que cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça, acrescentaríamos que, principalmente, se essa linguiça for comprada por PIX. 

O Governo já deveria saber que o expediente de disseminação de fake news é utilizado pelo oposição já faz algum tempo. Tais narrativas se disseminam entre uma população, simples, humilde, de pouca formação, daqui a pouco o estrago está feito. Não adiante autoridade monetária X ou Y fazer suas declarações, uma vez que os formadores de opinião dessa gente é o vizinho, o verdureiro, o pipoqueiro, o vendedor de doce japonês, a menina da banca de jogo de bicho, o encanador, o pedreiro.  Só tem uma solução: É engavetar a proposta. Aqui em Pernambuco, salvo melhor juízo na década de 80\90, um jornalista, que não tinha pauta para entrar no ar, espalhou uma notícia mentirosa de que havia uma perna cabeluda atacando as pessoas numa cidade da Região Metropolitana do Recife. No dia seguinte, uma multidão de gente já havia visto essa tal perna cabeluda e outras tantas apanhado dela. 

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