Numa entrevista recente, o deputado estadual João Paulo(PT-PE) afirmou que está muito bem na Assembleia Legislativa do Estado, cumprindo seu papel de parlamentar. Não temos razões para duvidar de suas palavras, uma vez que, a partir de um determinado momento da vida, os embates e desgastes passam a ser evitados pelos mais prudentes. Seu nome foi sondado para assumir a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. A Secretaria possui um orçamento robusto e, principalmente uma grande capilaridade política, tornando-se estratégica do ponto de vista eleitoral. Até recentemente, aventou-se a possibilidade de a governadora Raquel Lyra estabelecer uma aliança estreita com o PT, talvez até mesmo filiando-se à legenda, dado seu trânsito junto ao Planalto, aliada às relações amistosas com os parlamentares do partido no estado.
A articulação neste sentido viria da própria Casa Civil da Presidência da República, através do Ministro Rui Costa, que comanda aquela pasta. Tal aliança precisa ser combinada com muitos atores e ajustada, milimetricamente, consoante a acomodação dos interesses do partido no estado, hoje traduzidos, prioritariamente, na eleição do senador Humberto Costa. Sabe-se que a batalha mais renhida das eleições de 2026 se dará pela ocupação das cadeiras da Câmara Alta. O controle ou hegemonia naquela Casa é fundamentalmente importante para a oposição, que aposta todas as suas fichas neste projeto, onde pretende reequilibrar a correlação de forças entre os Três Poderes, assim como viabilizar a vergonhosa anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado do 08 de janeiro.
Logo saberemos a quantas andam as negociações entre a governadora e o PT. Se ela entregar a estratégica Secretaria de Educação ao Partido, consolida-se a aliança, uma vez que o nome escolhido terá a chance de adubar as bases para a eleição do senador Humberto Costa, que deverá, igualmente, compor a chapa de reeleição da governadora, ocupando uma das vagas. É uma jogada que envolve muitos lances, alguns de difícil equacionamento. Especula-se também o nome do ex-Ministro da Educação do Governo Michel Temer, Mendonça Filho, filiado ao União Brasil. Se a governadora optar pelo PT, o azeite do Grupo da Educação, certamente, dará uma força para viabilizar a eleição do senador Humberto Costa.
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