Depois do tsunami produzido pelas fake news disseminadas sobre a taxação do Pix, que deu uma dor de cabeça danada ao Governo, no dia de hoje, 16, a notícia que mais repercutiu foi a negação do passaporte do ex-presidente Bolsonaro, que pretendia comparecer à posse do amigo Trump, que ocorre no próximo dia 20. Bolsonaro alegou que se sentiu muito feliz com o convite, rejuvenescido. Tão bem que talvez nem precisasse mais tomar Viagra. Antes que nos condenem por aqui, foram palavras do próprio ex-presidente, que, no passado também já havia afirmado ser imbrochável. A decisão da Suprema Corte caiu como uma ducha de água fria no seu entusiasmo. O ex-mandatário do país alegou que estava sendo perseguido, assim como ocorrera com o amigo americano. Sua esposa, Michelle Bolsonaro, irá representá-lo no evento.
E, por falar em tsunamis, voltaram a circular as tristes imagens dos estragos produzidos pelas chuvas em Balneário Camboriú, quando as lagoas, formadas depois do processo de engorda da praia, contaminadas por coliformes fecais, invadem as ruas principais dos condomínios, tornando um inferno a vida dos ricaços que moram por lá. Nesses momentos, os comerciantes e o trade turístico assumem a batalha das redes sociais, defendendo o Balneário dos ataques dos internautas. Mas, se, por um lado, as fake news são abomináveis, neste caso em particular, verdades não se combatem com mentiras. Estamos, na realidade, diante de uma tragédia ambiental.
Até bem pouco tempo, a praia de Ponta Negra, em Natal, passou por um processo semelhante. Tudo ia muito bem, espetáculos foram ali realizados, com grande afluência de público nos festejos de final de ano. Tudo ia bem, registre-se, até a primeira chuva mais forte, que formaram inúmeras lagoas nas áreas de engorda. Há alguma coisa de errado com essas intervenções. Até recentemente, o poder público chegou a propor um projeto semelhante para a praia de Manaíra, em João Pessoa. O projeto seria executado pela mesmo empresa que ficou encarregada da engorda do Balneário Camboriú. Ainda bem que voltaram atrás logo em seguida.
Vocês precisam acompanhar o que está acontecendo aqui em Jampa. Hoje, por exemplo, é dia de um daqueles luais concorridíssimo, com cantores, artistas de ruas, música ao vivo e muita gente. Gente de todas as idades, de todas as tribos. Papeando, tomando suas cervejinhas, jogando uma partida de dominó. Definitivamente, aqui a engorda é outra. Começa logo cedinho, no Mercado Público de Tambaú, com suas frutas de época, como as mangas espadas de Santa Rita, os abacaxis de vermelhos de Sapé, castanhas de caju assadas no tacho - hoje isso faz uma diferença enorme, numa época em que os asiáticos resolveram fabricar castanhas - doces, mel de engenho, queijos, carne de sol de Picuí. Na peixaria, sururus frescos, camarões e aquelas postas de pescada amarela, que se comem fritas, acompanhadas de arroz soltinho e um suco de araçá bem geladinho. Alguém já experimentou essa iguaria? Quem foi que disse mesmo que João pessoa iria se transformar no curral de Natal?
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