pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Plano Estratégico de Fronteiras apreende 62 toneladas de drogas em quatro meses.


O Plano Estratégico de Fronteiras resultou na apreensão, nos últimos quatro meses, de 62 toneladas de drogas, 650 quilos de explosivos, além de armas e munições. Os números foram apresentados pela presidenta Dilma Rousseff hoje (10/10) no programa Café com a Presidenta, em que ela destacou os resultados das operações Ágata e Sentinela e comentou sua visita à Europa na semana passada.
Ela explicou que o Plano Estratégico de Fronteiras é uma experiência inédita no país, coordenada pelo vice-presidente Michel Temer junto com os ministérios da Defesa e da Justiça. O plano é executado por meio das duas operações: a Operação Sentinela, liderada pela Polícia Federal, e a Operação Ágata, pelas Forças Armadas, que foram responsáveis pela destruição de três pistas de pouso clandestinas usadas por traficantes e pela desativação de um garimpo ilegal escondido em uma área indígena.
“O interessante é que uma operação complementa a outra. Enquanto a Operação Ágata mostra a força de um Estado atento, a Operação Sentinela faz o trabalho cotidiano, permanente, de investigação e informação”, disse.
Durante o programa que foi ao ar esta manhã, Dilma Rousseff fez ainda um balanço de sua viagem de oito dias à Bélgica, Bulgária e Turquia. Ela participou da V Cúpula Brasil-União Europeia, manteve encontros com governos e empresários, e fechou acordos de cooperação em inovação e tecnologia e de ampliação do comércio e de investimentos entre os países. A viagem à Europa foi também, segundo a presidenta, oportunidade para tratar da crise financeira internacional e dos preparativos para a Cúpula do G-20, em Cannes.
“Eu disse, Luciano [Seixas, apresentador], aos nossos parceiros da União Europeia, que a saída para vencer a crise não deve passar por mais e mais medidas recessivas, que vão exigir grandes cortes nos investimentos, provocar profunda queda no emprego, no crescimento das economias e, portanto, gerar recessão. É claro que os países desenvolvidos têm de parar com a especulação e o descontrole de suas finanças e bancos, mas também é imprescindível que voltem a crescer (…). Os países emergentes, que estão em muito melhor situação, querem debater as decisões dos países mais ricos, uma vez que elas podem afetar suas economias (…). Tenho certeza que essa viagem vai trazer resultados muito positivos para o Brasil.”

Charge!Nani!

Charge!Amarildo! "Fina Espanca"!

No ninho da oposição: Exemplo da má gestão no Governo do PT, Correios vivem crise sem fim.



Nove de outubro, Dia Mundial dos Correios. A data é motivo de festa para milhares de trabalhadores que atuam nesta área tão estratégica para qualquer nação. No caso brasileiro, não há razões para comemorar. Ao longo do governo do PT, a reputação e a qualidade dos serviços da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos vêm sendo minadas pela má gestão, fruto de um aparelhamento partidário que traz consequências nocivas para os 107 mil funcionários da ECT e para a população. A greve que há mais de 20 dias impede a entrega de mais de 150 milhões de cartas e encomendas apenas reforça a crise sem fim na estatal.
baixe aqui
Menos investimentos, mais gastos – Números oficiais do Ministério do Planejamento atualizados pela Assessoria Técnica da Liderança do PSDB na Câmara ajudam a explicar o processo de sucateamento da ECT. Na comparação entre 2005 e 2010, os investimentos despencaram 31,7%, passando de R$ 374 milhões para R$ 255,8 milhões. Já os gastos correntes aumentaram 27,2%, saindo de R$ 9,2 bilhões para R$ 11,7 bilhões em números corrigidos pelo IPCA – indicador oficial da inflação. Nesta equação, o incremento das despesas não trouxe qualquer reflexo na melhoria dos serviços, enquanto a queda nos investimentos explica a crescente perda de qualidade.
Para o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), o governo do PT prejudicou muito os Correios, uma instituição que era extremamente respeitada pela sociedade. “Além da baixa de investimentos e do aumento das despesas, ou seja, uma inversão total da boa aplicação dos recursos do contribuinte, ainda temos uma greve paralisando vários serviços primordiais, prejudicando ainda mais a população”, criticou. “O PT, que tanto usou os Correios e outras estatais como bandeira supostamente na defesa dessas instituições, é o que mais mal causou a elas todas”, completou o líder tucano.
No vácuo da ineficiência e das falhas administrativas de uma empresa disputada nos últimos anos por legendas como PT, PMDB e PTB, o mercado privado tem investido pesado e tirado milhares de clientes dos Correios, até porque o consumidor teme que sua encomenda nunca chegue ao destino.
Auditoria do Tribunal de Contas da União concluída no final de 2010, por exemplo, mostrou que o percentual de cartas não entregues desde 2009 quase dobrou. Conforme o tipo de produto, os atrasos quintuplicaram. As sucessivas demoras e extravios provocaram uma explosão de queixas e indenizações. A situação chegou a tal ponto que houve um forte temor de apagão postal no país, situação agora vivenciada pelos brasileiros em virtude da greve.
Como comprova a série de reportagens especiais publicadas nesta sexta-feira, a decadência dos Correios é apenas um símbolo da herança nefasta deixada pelo PT à frente do país.

(Reportagem: Marcos Côrtes e Alessandra Galvão/ Foto: Ag. Brasil/Áudio: Elyvio Blower)

domingo, 9 de outubro de 2011

The Economist: A nomeação republicana. À espera de superman.

 

NO cavernoso Omni Sheraton em Washington, digerindo discurso de Mitt Romney aqui para Cúpula dos eleitores Valores ". Ele foi respeitosamente ouvido, e tenho uma boa quantidade de risos, gritos e aplausos. Nada como Herman Cain na tarde de sexta-feira, é claro, que é claramente o queridinho da conferência, mas muito melhor do que eu esperava, apesar do fato de que seu discurso era muito plana. Ele marcou um monte de caixas, e prometeu, se eleito para obter Roe v Wade atingido por nomeação apenas juízes conservadores para a Suprema Corte. O próximo mandato presidencial é provável que assistamos a um par de demissões do banco, de modo que é perfeitamente possível. Mas ele falou principalmente sobre a economia que é obviamente o seu ponto forte.
Romney nunca iria batê-lo fora da terra aqui, mas é claro que ele não precisava, o que não é sua torcida. Mas o que eu suspeito que está acontecendo é que a base do partido, que realmente não gosto muito dele, está gradualmente chegando ao ver que eles vão acabar segurando seus narizes e tê-lo depois de esgotar todas as alternativas. Esse processo já está bem encaminhada. Primeiro foi a Michele Bachmann boom, rapidamente extinto após um par de gaffes. Em seguida, o Rick Perry mania; seus índices estão agora a mergulhar de novo após suas performances debate lamentável superou, também nesta sexta-feira, por um discurso de woodenness espetacular entregue por um candidato que parecia estranhamente desconfortável na plataforma por tanto tempero um político.
Depois, houve Chris Christie, ea bolha que inflou por alguns dias antes de desmaiar uma vez que o homem que sempre disse que não estava indo para executar confirmou que ele não iria correr. A mais recente paixão da multidão ninguém-mas-Romney é Herman Cain, que fez um discurso de inteligência, poder e calor que eles tinham de pé em seus lugares e filas fora do lobby para comprar seu livro e apertar sua mão depois. Uma série de pesquisas, nosso único YouGov próprio incluído, agora tê-lo conduzindo o Sr. Romney, assim como o Sr. Perry fez uma vez.
Mas vai durar? Eu tendo a duvidar dela. A idéia de transformar o governo a um homem sem experiência de governo em todos é atraente para um certo tipo de pequena governo fundamentalista, mas, certamente, não isenta de riscos. Uma vez que o Sr. Cain vem sob o exame minucioso que se revelou tão difícil para a senhora Bachmann e Perry, a bolha Cain muito provavelmente irá estourar. No final, maçante, mas utilizável Romney ainda se parece com os republicanos "melhor aposta.

(Crédito da foto: AFP)

Steve Jobs deixou planos para os próximos 4 anos, afirma Jornal.

 
Steve Jobs teria passado o último ano envolvido com os projetos futuros da Apple. Foto: AP Steve Jobs teria passado o último ano envolvido com os projetos futuros da Apple
Foto: AP
O co-fundador da Apple Steve Jobs morreu na última quarta-feira aos 56 anos, mas seu trabalho continuará sendo visto em produtos que a empresa lançará nos próximos quatro anos. Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, Jobs deixou planos para pelo menos quatro novas gerações de iPads, iPhones, iPods e Macbooks.
Com o objetivo de proteger o futuro da empresa que fundou em 1976, Jobs dedicou o último ano para preparar os planos para as próximas quatro gerações dos produtos, informou o Daily Mail.
Apesar de estar com a saúde deteriorada, Jobs também lutou junto aos acionistas da empresa para a aprovação da construção de uma nova sede, cujo projeto ficou conhecido como "Nave Espacial", em Cupertino, no Estado americano da Califórnia, próximo à sede atual da Apple. Em junho, Jobs teria ido pessoalmente à prefeitura da cidade para apresentar os planos de construção da estrutura de 3,1 milhões de m².
Além disso, Jobs estava supervisionando o desenvolvimento do iCloud, sistema de armazenamento online da empresa, segundo o jornal.
Steve Jobs morre aos 56 anos
O cofundador e ex-presidente do conselho de administração da Apple morreu nesta quarta-feira aos 56 anos, vítima de um câncer no pâncreas que vinha tratando desde 2003. Perfeccionista, criativo, inovador e ousado, ele ajudou a tornar os computadores mais amigáveis e revolucionou a animação, a música digital e o telefone celular. Jobs marcou o mundo da tecnologia ao apresentar produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad. Afastado da empresa desde 17 de janeiro para cuidar da saúde e sem prazo para voltar, o executivo renunciou ao cargo em 24 de agosto. "Sempre disse que, se chegasse o dia que eu não pudesse mais cumprir minhas funções e expectativas como CEO da Apple, seria o primeiro a informar. Infelizmente, esse dia chegou", dizia a nota à época.
A saúde de Jobs virou notícia em 2004, quando ele anunciou que passara por uma cirurgia para remover um tipo raro de câncer pancreático, diagnosticado em 2003, e que a operação fora bem-sucedida. Depois, em 2009, Jobs fez um transplante de fígado e ficou afastado da companhia que fundou ao lado do engenheiro Steve Wozniak por vários meses. Mesmo com as licenças, Jobs continuou ativo na tomada de decisões da empresa, chegando se reunir a portas fechadas com o presidente americano, Barack Obama, em fevereiro, e lançar o iPad 2, em março, surpreendendo ao subir ao palco para apresentar o produto.
Detalhes do estado de saúde de Jobs sempre foram um mistério. Uma fotografia que mostrava o executivo muito magro e com aparência debilitada (sobre a qual recaíram suspeitas de manipulação) foi publicada pelo site americano de celebridades TMZ dois dias após ele ter deixado o cargo de presidente-executivo da Apple. Em fevereiro, Jobs foi fotografado pelo jornal americano The National Enquirer na mesma clínica onde o ator Patrick Swayze, morto em setembro de 2009, recebeu tratamento para câncer de pâncreas.
Se você quiser falar sobre a importância de Steve Jobs e dos produtos da Apple clique aqui e envie textos, fotos ou vídeos para o Terra.

Charge!Paixão!

Paixão

Morte anunciada: grupo de extermínio executa mais um em Pedras de Fogo; ainda faltam dois

Mais uma execução foi registrada na madrugada deste domingo, 9, no município de Pedra de Fogo. O crime havia sido previsto, uma vez que a vítima, conhecida como Louro da Mangueira, constava numa lista de cinco pessoas marcadas para serem executadas por um grupo de extermínio que atua na região de Pedra de Fogo, Juripiranga, Pilar e Itambé, na fronteira entre Paraíba e Pernambuco.
Na sexta-feira, 7, Abson Alves de Matos, principal testemunha do Caso Manuel Matos (veja detalhes no final desta matéria) em entrevista exclusiva à repórter do Portal Correio, Pollyana Sorrentino, informou sobre a existência da lista de pessoas marcadas para serem executadas e disse que, de acordo com a tal lista, a próxima vítima seria Louro da Mangueira.
Louro da Mangueira era assaltante foragido da Justiça desde maio deste ano, quando foi beneficiado com o Indulto do Dia das Mães e não retornou ao presídio. Ele é a quarta vítima do grupo de extermínio que atua naquela região. Ele foi “convidado” pelos companheiros de crime para participar de um assalto e não sabia que, na verdade, ele seria vítima de assassinato.
Segundo Abson, a relação dos homens marcados para morrer chegou a ele por meio de um policial militar que está sendo forçado a participar do grupo de extermínio, formado por colegas policiais.
Ele informou também que a lista foi acrescida de mais um nome: o delegado de Juripiranga, que está investigando as ações do grupo. “Eles pretendem matar o delegado para que as investigações sejam interrompidas”, afirmou Abson.
De acordo com Abson, os crimes estão ocorrendo sempre nos finais de semana, quando o efetivo policial diminui, facilitando a atuação do grupo de extermínio. “Se ninguém tomar nenhuma providência, até o final de semana a lista de mortes será concluída”, prevê.
Relembre o Caso Manuel Matos
O advogado e defensor de direitos humanos Manoel Bezerra de Mattos foi morto no dia 24 de janeiro de 2009, depois de ter denunciado a existência de um grupo de extermínio atuando na divisa entre Pernambuco e Paraíba.
Nascido em Pernambuco, na cidade de Itambé, vizinha de Pedras de Fogo, na Paraíba, Mattos passou a trabalhar com direitos humanos na década de 1990, quando autoridades da divisa montaram um grupo de extermínio para matar suspeitos de roubos e furtos na região - incluindo crianças e adolescentes.
Em 2002, Mattos passou a ser ameaçado de morte, juntamente com outras quatro pessoas. Depois de ser procurada por ONGs, a Organização dos Estados Americanos (OEA) determinou que fossem tomadas medidas para proteger as testemunhas. Pouco foi feito e o advogado acabou assassinado sete anos depois.
De acordo com levantamento da promotora de Justiça Rosemary Souto Maior, da Comarca de Itambé, que atua na cidade desde 1994, ocorreram mais de 200 assassinatos só no lado pernambucano. O grupo de extermínio continua atuante na fronteira.
Audiência
Abson Matos, que é primo de Manuel Matos, disse que está marcada para a próxima terça-feira, 11, a partir das 9 horas, uma audiência no Fórum de Itambé, quando serão ouvidos Manuel do Maracatu, que está preso e é acusado de participação no crime, e ele próprio, como testemunha chave do caso.
Abson Matos vem dando continuidade ao trabalho de seu primo na luta pelos direitos humanos, denunciando a atuação de grupos de extermínio, formados por policiais militares, inclusive do serviço de inteligência, a P2. Abson também vem sofrendo sucessivas ameaças de morte.
Wanja Nobrega, Correio da Paraíba.

Nota do Editor do Blog: O advogado Manuel Matos e o deputado Luiz Couto se notabilizaram pelas denúncias de crimes de extemínio ocorridas nessas cidades, localizadas na fronteira entre os dois Estados. Manuel Matos foi assassinado enquanto descansava com a família, na praia de Pitimbu. Luiz Couto, apesar de já ter recebido inúmeras ameaças, continua firme na denúncia dos grupos de extermínio que atuam naquela região. Um trabalho corajoso e notável, por vezes elogiado pelo Blog.

Portal do Jornal Tribuna do Norte entrevista o escritor Affonso Romano de Santanna.

Passos tranquilos, voz pausada. Horário marcado e logo ele se apresenta.
Mostra-se empolgado com os projetos de incentivo a leitura e durante
toda essa entrevista cita por diversas vezes a palavra metamorfose. O
escritor Affonso Romano de Santanna, autor consagrado, acredita que o
momento vivido hoje é de transformação. A dúvida é saber se será para
corrigir os erros ou enveredar na somatização deles.

Ele aposta, claro, na correção dos erros e em um novo e promissor
momento, mas chama atenção para a importância de "ler o mundo". "Minha
preocupação enquanto escritor, enquanto intelectual é que esses 30
milhões de brasileiros (que passaram a integrar a classe média) não
sejam consumidos pela sociedade de consumo, não sejam simplesmente
consumidores, que eles passem a ser cidadãos. Você só passa a ser
indivíduo se você souber ler", destaca o escritor que esteve em Natal a
convite do Instituo de Desenvolvimento da Educação para o Seminário
Prazer em Ler. O escritor cita que há no Brasil hoje 12 mil programas de
incentivo a leitura e avalia como um saudável movimento da própria
sociedade civil. "É uma resposta que a sociedade civil está dando da
urgência de se estabelecer o trabalho. Na favela do Alemão tem um menino
favelado que construiu uma biblioteca", ressalta.

Na análise do escritor, a metamorfose é conseqüência de uma grande
crise, que atinge todos os envolvidos com a escrita. Ele observa que as
transformações atingiram a língua, mas alerta que é preciso ter regras,
caso contrário as pessoas serão vítimas da incompreensão. "A língua está
em metamorfose, por outro lado é patrimônio comum e precisa ter regras.
Um dos equívocos é achar que cada um faz a sua língua. Se cada um fizer
sua língua ninguém mais vai se comunicar, daí a necessidade da
organização social. É função do professor, do escritor, do jornalista,
eles são mediadores", destaca. O convidado de hoje do 3 por 4 é um
intelectual reconhecido internacionalmente, um homem de grandes
reflexões, um cidadão que enaltece e se preocupa com a me-tamorfose do
mundo da escrita.

Com vocês, Affonso Romano de Santanna.
Aldair DantasAffonso não se furta a comentar o momento de mudanças pela qual o mundo está passandoAffonso não se furta a comentar o momento de mudanças pela qual o mundo está passando


O senhor chegou a dizer em um dos seus
artigos que a escrita é a mesma de 4 mil anos atrás. O que o senhor quis
afirmar com essa constatação?


O que eu quis dizer foi que a escrita tem uns 4 mil anos. As leis da
biblioteconomia que havia na Babi-lônia continuam as mesmas da
Bi-blioteconomia hoje. Ou seja, as bi-bliotecas de tabuinhas, que foram
encontradas na cidade história chamada Ebla, a maneira de localizar os
livros nas estantes é mais ou menos a mesma. O que está havendo é uma
diversificação no modo de ler. Costumo dizer que é uma metamorfose. A
escrita nasceu visual; a escrita nas grutas onde o homem primitivo
desenhava figuras. O avançar para o alfabeto levou tempo. O alfabeto só
foi descoberto pelos fenícios 1.500 anos Antes de Cristo. Agora do
visual passou para o abstrato da letra e a nossa sociedade atual está
voltando para o visual.

Em que o senhor baseia esse "re-torno da sociedade para o visual"?

Veja a publicidade. Uma cidade como Natal e o tempo todo você é chamado
para ver anúncios, ver imagens nas bancas de jornal, na internet, na
televisão. Ao contrário do jornal tradicional que é estático, a internet
joga cinemas, anúncios que mexem, dá uma dinâmica visual que é a
recuperação da imagem. E o grande problema hoje é exatamente esse: como
essa recuperação da imagem vai andar junto com o texto escrito?

O retorno para o visual aliado a
metamorfose que o senhor observa e ainda destacando o baixo índice de
leitura, não é motivo de preocupação ?


O que me preocupa hoje é o que tenho discutido muito, é que por causa da
globalização o Brasil está sendo invadido por um tipo de progresso e
por uma sociedade global que tem consequencias. 30 milhões de pessoas
saíram do inexistente para classe C. Minha preocupação enquanto
escritor, enquanto intelectual é que esses 30 milhões não sejam
consumidos pela sociedade de consumo, não sejam simplesmente
consumidores, que eles passem a ser cidadãos. Você só passa a ser
indivíduo se você souber ler. Ler no sentido de ler e interpretar.
Lancei o livro "Ler o mundo" e a coisa central é essa. Nós temos que
aprender a ler o mundo, a resignificar as coisas, resignificar a
sociedade visual, resignificar a escrita. No mundo onde todos estão em
crise, o editor está em crise, o dono do jornal está em crise, o dono de
televisão está em crise, o veículo de publicidade está em crise,
livraria está em crise, escritor está em crise. Todas as pessoas ligadas
à escrita estão em crise no sentido que acho positivo, o sentido de
metamorfose. O livro está virando uma outra coisa, vai continuar o livro
escrito sempre, mas tem o ipad, tem o ebook. As livrarias passam por
modificação, as editoras estão passando. Todo o mundo está em processo
de metamorfose. Isso é maravilhoso e, ao mesmo tempo, é assustador
porque podemos tomar um caminho desastroso ou fazer certas correções.
Vou lhe dar um exemplo simples: o Brasil não conseguiu em 500 anos e só
agora com esse governo está conseguindo colocar uma biblioteca em cada
município. Quando qualquer país civilizado tem uma biblioteca não só em
cada cidade, como em cada quarteirão. Minha pergunta é: o que o tablet,
telefone celular e computador podem fazer para compensar 500 anos de
atraso? Ou seja, qualquer indivíduo no interior do Rio Grande do Norte,
na Amazônia ou no Nepal pode baixar do seu celular, do seu computador,
os clássicos do pensamento ocidental e oriental de graça na hora que ele
quiser, de Dostoievski a Machado de Assis, a Adam Smith, está tudo de
graça na internet. É necessário que surja o personagem, que está
surgindo, que é o chamado mediador de leitura, que é o sujeito que vai
ensinar as pessoas a lerem de novo. O governo tem uma série de projetos
nessa área que estão dando certo.

O senhor disse que a metamorfose pode ser desastrosa ou corrigir erros. O senhor aposta que ela fará qual dos dois efeitos?

Estou torcendo para corrigir os erros. Quando assumi a Biblioteca
Nacional em 1990 dos 6 mil municípios brasileiros só 3 mil tinham
biblioteca. Começamos a campanha uma biblioteca em cada município e só
agora se conseguiu. Como o Brasil está sendo obrigado a virar um país de
primeiro mundo, sendo obrigado a crescer, a tomar um lugar
internacional, isso significa ser adulto econômica e politicamente,
exige uma contraparte. Você só vira um país adulto política, econômica e
socialmente se produzir uma sociedade de leitores. Não é alfabetizado.
Alfabetizado é para começar, o que estou falando é leitor. Toda vez que
chego numa cidade pergunto quantas livrarias há, quantas bibliotecas.
Perguntei aqui em Natal. Me disseram que tem livraria que funciona. Mas
estive em Maceió e me disseram "livraria aqui nunca deu certo". Como uma
cidade de 1 milhão de habitantes, capital de um Estado, livraria nunca
deu certo? Outro detalhe, como pode um país como esse ter só 2.900
livrarias? Como podem as livrarias estarem todas concentradas na zona
Sul? Por isso que eu quero que o ipad, o computador, a revolução
eletrônica compense no Brasil o fracasso da revolução industrial e o
fracasso da corrida do ouro.

O senhor disse, logo no início dessa
entrevista, que as pessoas precisam "saber ler o mundo". O que é preciso
para "ler o mundo"?


Primeiro a ideia de que a leitura é uma tecnologia. Ao contrário do que
dizem que você tem que ler por prazer, isso acontece as vezes, mas nem
sempre é um prazer. Você precisa estudar, por isso que chama deveres
para casa. Ginástica é prazerosa quando você começa a fazer e gosta
daquilo, mas no princípio é duro. A leitura é a mesma coisa. As pessoas
que começam a ler e precisam da leitura para desenvolver suas
habilidades estão desenvolvendo tecnologia. Os países desenvolvidos
trouxeram a tecnologia de ler. Vou lhe dar um exemplo, quando fui
presidente da Biblioteca Nacional fui a um congresso na Índia. Em um
jantar na casa do embaixador americano me disseram que os EUA mantinham
na Índia 110 funcionários para recolherem material escrito nas 25
línguas que existem na Índia. Recolher material e mandar para a
biblioteca de Washington. Isso explica porque os Estados Unidos é dono
do mundo. Isso é informação, informação é dinheiro. Outro exemplo,
quando dirigi a Biblio-teca Nacional um dia me disseram que a Embaixada
americana havia enviado dezenas de caixotes e perguntava se a biblioteca
aceitava a doação. Quando fui ver o que tinha dentro estavam todos os
folhetos que o serviços de Inteligência da Embaixada americana
recolheram nos anos 50 e 60 no Brasil.Todos os manifestos de estudante,
qualquer bobagem ou qualquer coisa séria, eles haviam recolhido e levado
para os EUA, fotografaram e estavam devolvendo o original Isso
significa ler o mundo e colher informação.

Em um artigo o senhor afirmou que
"escrever dezenas de livros não quer dizer nada, porque Cristo e
Sócrates não escreveram nada e mudaram o mundo". Então o que é preciso
para mudar o mundo?


Acho que as grandes mudanças vieram da palavra. Um discurso do Hitler
mudou a história, um discurso do Churchil mudou a história. Sou a favor
da valorização da palavra. Tanto oral quanto escrita. Uma das perdas da
atual geração, no mundo inteiro, não só no Brasil, é a perda do
discurso. Os jovens não sabem falar, é uma geração desarticulada, não
conseguem fazer uma frase com sujeito, predicado e complemento. Isso diz
respeito a competência discursiva. Ela (a competência discursiva) é
proporcional ao seu êxito de vida, que o digam os camelôs, pastores que
criam igrejas, publicitários.

Por outro lado vemos a internet que parece democratizar a escrita com espaços individuais de blogs. Qual o perigo disso?

A democratização da palavra e da escrita é desejável. A internet
democratizou tudo. Mas aí entra o papel do escritor, o papel dele é
depurar a linguagem. É pegar a linguagem da tribo e retrabalhar a
linguagem. O português é um e depois de Guimarães Rosa. Essa é uma
função do escritor.

Qual a solução para os jovens que não sabem escrever e falam mal?

A língua está em metamorfose, por outro lado é patrimônio comum, mas não
significa que não tenha regras. Um dos equívocos é achar que cada um
faz a sua língua. Se cada um fizer sua língua ninguém mais vai se
comunicar, daí a necessidade da organização social. É função do
professor, do escritor, do jornalista, eles são mediadores.

sábado, 8 de outubro de 2011

Domingueira do Jolugue: Minha nova namorada, uma crônica de Fernando Sabino

Fernando Sabino


Tenho a informar que arquivarei a partir de hoje, espero que para todo o sempre, esta máquina de escrever na qual venho juntando palavras como Deus é servido, desde que me entendo por gente.

Não a mesma, evidentemente. Ao longo de todos estes anos, da velha Remington Rand no escritório de meu pai, passei pela Underwood, a Olympia, a Hermes Baby, a Hermes 3.000, a Smith Corona, a Olivetti, a IBM de bolinha, algumas de mesa, outras portáteis ou semi-portáteis. Todas mecânicas, com exceção desta última, que é elétrica.

Pois agora aqui estou, pronto a me passar para algo mais sério, iniciar uma nova aventura amorosa. Sim, porque segundo me ensinou minha filha, que entende de ambos os assuntos, os computadores e as mulheres têm uma lógica que lhes é própria e que devemos respeitar. Pois vamos ver como esta computa - e nem o palavrão contido em seu nome sugere-me outra coisa senão que se trata de minha nova e casta namorada.

Assim como para o homem tudo se ilumina na presença da mulher amada, para o escritor este invento é uma forma igualmente luminosa de realizar a sua paixão pela palavra escrita. Não é uma simples máquina de escrever, que funciona como intermediária entre o escritor e a escrita, às vezes se tornando um obstáculo para a criação literária. Ao contrário, o computador estabelece uma surpreendente intimidade com o texto do momento mesmo de sua elaboração. Permite emendas, acréscimos, supressões, transposições de frases e parágrafos com uma velocidade milagrosa. Deve ter alguém lá dentro comandando tudo, provavelmente uma mulher, uma japonesinha, na certa. Ela dá instruções, chama nossa atenção se esquecemos de ligar a impressora, conversa com a gente: "Operação incorreta. Tente de novo". E quando dá certo: "Operação executada com êxito". Só falta acrescentar: "Meus parabéns. Eu te amo!"

Escrever, que durante tantos anos constituiu um tormento para mim, passará a ser um caso de amor. Nunca mais olharei sequer para a máquina de escrever. Serei radical: ou entregar-me a este conúbio com o computador, no suave embalo de suas teclas e no luzente sortilégio de suas letras, ou regredir à solidão do celibato, em companhia da austera e rascante pena de pato.

Imagino só a felicidade de Tolstoi, se pudesse ter escrito todo a "Guerra e Paz" com a mesma facilidade com que passei a escrever esta crônica no computador.

Pois então lá vai:

O melhor de um computador está nisso: poder

torocar uma palavra a vo tade, mudar de idéia sem mudar o papel

Sem usar o papel. Uma das vantagens do

computador é poder corrigir tuDO o fimmmm. Nã precisa de-

caneta

Máquina de escrever e canheta já eram. Num com puta dor o

sonho de um escritor se realiza: o da perfeição absoluta de uma

semntença, graças à facilidade em, mudar palavras, cortar, acrescen

tar. O sonho do escritor e de toda a humanidade

O SONHO DA HUMANIDADE DE ATINGIR A PERFEIÇÃO

atingir a perfeição

A perfeição que a humanidade sonha em atingir Sonha atingir

Que o homem sonha alcançar conseguir realizar

Muita gentye fica admirada ao percebner a facilidade com que

Muita gente se admira com a facilidade

Muitos leitores se admirão com a aparente facilidade com que

escreverei fraes quae perfeitas escrevo sentenças textos quase per-

feitos depois que abandonei troquei a máquina de escrever esta sim

uma engenhoca de tração animal por esta fabulosa invençção

esta prodigiosa admirável estupenda assombrosa espanto-

sa m,iraculosa, extraordinária maravilhosa até pa-

rece que os sinônimos fabulosa ocorrem com mais faci-

lidade sem precisar consultar dicionários d sinônimos,

Desde que é mais fácil revisar e editar um texto computado? Compu-

torizado computadorizado do que escrito a mÁQUINA OU A MÂO

torna muito

extremamente difícil impossível parar de revisae-

editarosuficiente para resultar çuma frase

legível

quanto mais uma crônica sobre a nova namoraddaPOISStãa pois

então vai assim meso!!!#@@@***boa x.sorte procês...

Domingueira do Jolugue: Flor D'água, Banda de Pau e Corda.



POLITICAL CHESS 2012 MUNICIPAL ELECTIONS IN RECIFE - "All that is solid melts into air" - The episode "Amorim Odacy" gives guidelines for the inevitable implosion of the Popular Front of Pernambuco.
José Luiz Gomes writes

Promoted at a barbecue in the Hacienda San Jose, owned by the family Mendonça, in Belo Jardim, Wasteland of the state, formed a political coalition that would be called by Pernambuco Union, led by the then mayor of Recife, Jarbas Vasconcelos, and the seal of a great political leadership of the State, the late Joseph Mendonca Mendonção or, as he was known. The project was ambitious. There was talk of 20 years of power, divided among the groups that made up the alliance, with names now properly scaled to occupy the Palace Farias and Antonio Campo das Princesas Palace. Shortly after some actors demonstrate their dissatisfaction with the conduct of the process, culminating in the defeat of Roberto Magalhaes for the City of Recife. The episode caused a disruption in the plans of the Union, anticipating their breakup.
Although in very specific political circumstances, it seems inevitable that the Popular Front will have the same symptoms and possibly heading for the same diagnosis: the implosion. As incredible as it may seem, the factor "John", many years later, even indirectly, also becomes a relevant fact in this outcome, although in the case, the Popular Front, this time, present a picture of who was being eroded by their own entrails. At best, an H-pylori to accelerate the process. State Representative Odacy Amorim looks like a H-pylori?
Petrolina is a city emblematic. This was one of the expressions used by commentators to describe the political schism that was installed in the main party of the Popular Front that supports the government policy Eduardo Campos. In fact, Petrolina is a city in many ways emblematic. Organized social movements in that city had a very close relation with the Workers Party, still in the 80s, when the party was founded. Some of these leaders, like Isabel Cristina combative state representative, act in public life today.
In the 2008 elections, particularly by the absence of a consensus among parties in the front, Petrolina breached a group defeat by Governor Eduardo Campos. There, in the municipality of São Francisco Valley, several political leaders linked to the PSB, making it difficult to build party unity around one or another name that can qualify for the contest by the executive. With the departure of Fernando Bezerra Coelho, took office today Odacy Amorim state representative. I thought I could go to the polls in those elections and renewed its management, but the previous name indicated the Gonzaga Patriota. Odacy felt betrayed, hurt by getting enough fellow Socialists, which explains his departure from the party.
Divided, as already stated, the Popular Front would lose that election for the physician Julius Lossie, the PMDB. The victory in a major city such as Petrolina, Julius gave the star status of the national club, making the city strategic plans of the bosses of legend. On the other hand, break the hegemony of the PMDB possibly that city became a target among policymakers the Palácio do Campo das Princesas. City called "Bermuda Triangle", Petrolina radiates its influence and indicates trends among the cities of the Valley, hence its political and economic importance.
Maintained the integrity of the front, the leadership of Governor would be sufficient for adjustment or storage of egos in line. Split - with the migration of the Member State, Odacy Amorim, the PSB to the PT - opens up the possibilities for a reprise of the film of the last elections, maintaining the hegemony of the PMDB in the burrow of rabbits. This membership, as all the newspapers followed, caused a shudder among the parties of the Popular Front, taking leadership of the PSB - not necessarily linked to that city - the threat of retaliation for maneuver of the Workers Party. The elections of 2012 in Recife, then entered on the agenda, suggesting that the PSB, due to the broken agreements in Petrolina, only separated geographically by more than 700 km from Recife, feel free to throw a own candidature in Recife, as has long been speculated.
Some more moderate leaders of the guild, if Senator Humberto Costa and Pedro Eugenio, just tried to put on warm cloths Odacy affair, stating that the PT in no time, invited him to join the party. Pedro Eugenio - known in his conciliatory tone - that the result of some political leaders have joined the party does not necessarily mean that they will be candidates in the 2012 elections. Odacy then would have been in PT stimulated by the exercise of democracy within the legend. Soon he seems to have with previous trauma. Try to understand the ruling. The most exalted, as Jorge Perez, poured more fuel on the fire by Twitter microblogging, advocating the autonomy of the party in this matter.
The first fellow elected to public office by the PT - whether in the legislature or the executive - were feted by the very party. The editor of the blog remember a meeting of the party, which participated, occurred in a public school in Park May 13, where Nelson Pereira, the first mayor of the Workers Party in the state, was received enthusiastically by the membership. So this militancy to be disappointed because they wanted these simple municipal executives transform the world, deploying on earth a society full of social justice. The clash between those who graduated the first militants and praised the party's executives earned master's thesis - such as the political scientist Claudio Goncalves Couto, FGV - and also some administrative disasters.
Some trends have cost the party understand that when you enter the game of bourgeois representative democracy, an artful job of Articulation / Unity in Fight - the party is committed to respect some rules, that is, in short, heed the devices themselves political / legal inherent in the scheme. In interviews with Cláudio Gonçalves Couto, Luiza Erundina stated that they do not bore projects that the Executive had to be negotiated in some cases demanded - with political opponents, in certain arenas, and the legislature. Nor could rule "only" for the poorest, although the manager could focus their priorities in this social segment.
Diadema and Sao Paulo are two cases that are emblematic of the gap formed between the first managers and activists of the legend. Without public responsibilities inherent to the mayors, the militants put all your eggs in the defense of "theses" revolutionary, the first elected mayors torturing the legend. Just to clarify, Diadema is always presented as the first city run by PT. However, in conversations with the editor of the blog, when he was the PT, Paul Reuben insists that Santa Quiteria, in Ceara, was, strictly, the first city run by PT.
After Nelson Pereira, who reportedly would have been more a case of affiliation after being elected to the legend, the PT in the State would not present a significant growth since then, leading some members of the legend, as Oscar Barreto, weaving hard against the leaders of party, or properly to control the hegemonic tendencies of the party machine in the state, as the CNB. Based on this self-criticism and an attempt to adapt to national guidelines, the PT candidate should throw in some strategic cities of the metropolitan centers of cities and regions of the State. No consolidated leadership in these cities, the party climbed a team of more urban profile, although some with minor insertions in some of these cities. Pedro Eugenio Fernando Ferro, Teresa Leitão, Sérgio Leite.
In the scope of the Popular Front, there are some understandings, providing inviolable strongholds among the parties that make up the front, such as Olinda, Caruaru, Cape Recife, Petrolina, Serra Talhada. Failure to observe these rules is what is causing some tremors in the relationship between the parties of the Popular Front. Governor Eduardo Campos is keeping a fairly balanced in the process, always seeking to respect these boundaries. The dynamics of the political process, however, it seems is escaping its control, such as Olinda, Cable, even the Petrolina and Recife, where he sees the possibility of spray applications inside and outside the allied base.
Although the case of Petrolina indicate weaknesses in the front, providing clear evidence about the anticipation of its validity, often voiced by the editor of the blog, we believe that everything can be solved with a good barbecue in Bodódromo goat, accompanied by a beer ice, taking care to after a few sips, do not drink the cup of the neighbor to prevent the spread of H-pylori. The episode, however, is politically illuminating about the next chapters of the Popular Front.
 

Dicionário

Fernando Bezerra Coelho no Recife. Numa jogada de mestre, o PSB empareda o PT.



A troca de domicílio eleitoral do Ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, de Petrolina para o Recife, provocou uma reunião de emergência entre os principais caciques da legenda petista no Estado. Até certo ponto o limite desses amuos pode ser entendido como uma manobra do PSB de preservar seus espaços no Sertão do Francisco, sobretudo os redutos de FBC, que deseja fazer do filho o prefeito de Petrolina. Por outro lado, pode servir a outros propósitos, fragilizando, de imediato, as margens de manobra do Partido dos Trabalhadores.  A manobra empareda o PT em três situações: a) Leva o partido a reavaliar a possibilidade de uma candidatura própria no reduto dos Coelhos socialistas, Petrolina. Odacy Amorim inviabilizou-se; b) Impõe ao partido rearranjos políticos no Recife, agora trabalhando com a hipótese de uma possível candidatura forte do PSB, com o apoio do governador Eduardo Campos. A simples hipótese, é suficiente para provocar mudanças no quadro local, aumentando as chances de João Paulo; c) Em qualquer circunstância, o PSB se mexeu bem no tabuleiro, colocando no jogo um quadro experiente, prestigiado e, portanto, com grande potencial; d) Em última análise, agora condiciona o apoio do governador a uma candidatura do PT no Recife, atrelada a abdicação da postulação para 2014. É no que dá jogadas mal calculadas, Pedro Eugênio. Fiquem de olho na aventura de Teresa em Olinda, tradicional reduto do PCdoB.   

Fernando Bezerra Coelho transfere domicílio eleitoral para o Recife. Retalição ao affair Odacy Amorim.


Ontem, publicamos um artigo no http://blogdojolugue.blogspot.com sobre os desdobramentos da mudança de partido do deputado estadual Odacy Amorim. Filiado ao PSB de Petrolina, Odacy transferiu-se para o PT, criando um embaraço tremendo na composição política da Frente Popular naquela cidade do Sertão do São Francisco, com reflexos nas eleições do Recife, apesar de separada da capital por mais de 700 km. Mas, em política, a geografia que conta é a dos votos. Quem leu o artigo, certamente entendeu as razões do deputado Odacy em deixar a legenda socialista. Ocorre, entretanto, que nos arranjos políticos da Frente, a possibilidade de o PT lançar o nome de Oday como candidato a prefeito naquela cidade foi encarada como uma traição aos acordos celebrados na aliança, facultando ao PSB total liberdade para retaliações. Metropolitanizar FBC – gostei do termo de Raul Jungmann – independentemente se ele será ou não candidato a prefeito do Recife nas próximas eleições, é a materialização do  “troco”, uma resposta conduntente do partido do governador Eduardo Campos ao Partido dos Trabalhadores. Se ele não for candidato nas eleições de 2012, fortalece seu nome para 2014 e a nossa tese, tantas vezes defendida, que apenas em circunstâncias políticas bastante especiais – acordos nacionais, por exemplo – permitiriam a Eduardo Campos abrir as portas do Palácio do Campos das Princesas para ao PT na condição de anfitriões. Ali, se depender de Eduardo Campos,  eles só entram como convidados, para saborear uma pescada amarela, com arroz branco e suco de araçar silvestre.  Um outro dado curioso é que essas movimentações aproximam o prazo de validade da Frente Popular.
o, pleiteando da direçharminho com essa novela de se desligar da agremiaç uma vez, o partido deve caminhar cindido para aquele

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ministro da Justiça diz que crime organizado traz consigo o vírus da corrupção.

O ministro José Eduardo Martins Cardozo, da Justiça, disse nesta sexta feira, 7, em São Paulo que “o crime organizado traz consigo o vírus da corrupção”. Ao analisar a operação da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta simultaneamente em 15 Estados – 13 pessoas foram presas acusadas de integrarem rede de contrabando liderada pelo israelense Yoram El Al –, o ministro foi enfático. “Corromper autoridades é uma forma de fazer com que o crime organizado não seja atacado e floresça.” Leia abaixo a íntegra da entrevista do ministro ao Estado.
Estado: A operação desta sexta-feira da Polícia Federal é uma resposta ao crime organizado?
José Eduardo Martins Cardozo: Não diria que é uma resposta, é uma ação permanente da Polícia Federal no combate ao crime organizado. É mais uma operação que se realiza, que nós pretendemos ampliar nesse leque de atuação, particularmente na questão do narcotráfico. Estamos finalizando um plano de combate ao uso de drogas, onde teremos uma forte ação de segurança no combate às organizações criminosas. Este plano também é em conjunto com o Ministério da Saúde, na prevenção, no tratamento e na reinserção social dos dependentes. No plano da segurança pública vamos reforçar cada vez mais a atuação da Polícia Federal para que estas organizações sejam atingidas.


Estado: No caso de hoje, qual é a preocupação da Polícia Federal?
Cardozo: Nestas situações existem organizações que atuam muito pesadamente. Após uma apuração cuidadosa e meticulosa, era necessário aqui tomar medidas cabíveis para que situações como esta não continuem a incidir na realidade do País. Essa operação teve essa característica, e muitas outras virão.
Estado: Por que o crime organizado chegou a esse ponto de ousadia?
Cardozo: O crime organizado não é uma característica exclusiva brasileira, é uma característica internacional. Nós vivemos uma forte intensificação do processo de globalização, o crime também passa por essa questão. Quando falamos em crime organizado, temos de pensar dentro das nossas fronteiras e fora delas. Temos de pensar na integração dos nossos policiais com os policiais de outros países. Temos tido uma forte política de colocar adidos da PF em embaixadas estrangeiras porque isso permite um maior nível de colaboração. Recentemente vi o relatório sobre drogas em que se registrava o número de apreensões em solo estrangeiro (vindos do Brasil). Esse grande número de apreensões foram a partir de investigações e informações da Polícia brasileira passadas para autoridades estrangeiras. Muitas vezes o país não tem nenhuma apreensão de policiais estrangeiros lá, o que passa a falsa impressão que ali não existe esse tipo de atividade. No Brasil, esse nível elevado de apreensão se dá pela estrita colaboração da PF. Portanto a PF funciona e funciona bem. Acho, porém, que o crime organizado só floresce quando há corrupção no segmento da máquina pública. Uma característica central do fortalecimento do crime organizado é a existência de infraestruturas atingidas pela corrupção no Estado, em seus diversos segmentos. Ou seja, o crime organizado traz consigo o vírus da corrupção. Corromper autoridades é uma forma de fazer com que o crime organizado não seja atacado e floresça.
Estado: O que está faltando para que outros países colaborem?
Cardozo: Eles também colaboram, por exemplo, temos tipo colaboração forte de outros países como o Peru, onde a Polícia Federal conseguiu fazer uma erradicação de plantação de coca em solo peruano com o apoio da polícia peruana. O mesmo posso dizer do Paraguai, que erradicou plantações de maconha. Recentemente em reunião com o G-8 na França, com ministros da Justiça de todo o mundo, ressaltaram que hoje não se diferenciam mais países produtores de países de trânsito e consumidores de drogas para efeitos de ação policial, as quais devem ser compactuadas. Por isso se fortalece a idéia de mecanismos internacionais de polícia atuando de forma integrada.
Estado: O vírus da corrupção em sua larga escala é preocupante?
Cardozo: A corrupção por si só é sempre preocupante, especialmente quando ela atinge camadas do Estado que deveriam ser impermeáveis a ela, por exemplo as forças policiais, a máquina judiciária, o universo político… A essa preocupação se soma a questão do crime organizado, ou seja, quando o crime organizado captura setores do Estado, nós temos a grande dificuldade no enfrentamento da situação. Esse é o pior dos mundos, ou seja, para que possamos combater mais o crime organizado, precisamos combater fortemente a corrupção, e digo que, por excelência, se deve combater a corrupção nos organismos. Não podemos permitir a corrupção em nenhum órgão no Estado.

O Estado de São Paulo.

Meirelles sai do PMDB e vai para o PSD de olho na Prefeitura de São Paulo.

João Domingos, de O Estado de S.Paulo
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles está se filiando ao PSD em São Paulo, para onde transferiu seu domicílio eleitoral. A desfiliação do PMDB de Goiás foi pedida nesta quinta-feira, 6, por Meirelles, segundo fontes. O ex-presidente do BC fica, assim, pronto para disputar a prefeitura de São Paulo, caso o tucano José Serra não se lance candidato nas próximas eleições.
O convite para Meirelles ir para o PSD foi feito pelo próprio presidente do novo partido e prefeito atual de São Paulo, Gilberto Kassab. Em março, Kassab já havia sinalizado interesse em se aproximar do economista já com foco na disputa eleitoral de 2012, conforme revelou o Estado. Em busca de novos nomes, Kassab consideraria o economista uma boa aposta em razão do perfil de administrador de Meirelles e por ser novidade eleitoral na cidade. “Eu tenho muito respeito pelo Meirelles, não descartaria apoiá-lo”, disse o prefeito em abril.
Dentro do PSD, alguns nomes aparecem como possíveis candidatos. Em primeiro está o vice-governador Guilherme Afif e, com menos apoio, o recém-filiado secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider. Publicamente, Kassab disse que apoiaria a candidatura de secretário do Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV).
O convite para que Meirelles deixasse o PMDB e se filiasse ao PSD foi feito por Kassab há cerca de um mês e ganhou força depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garantiu a legenda para o partido, na semana passada. Meirelles, no entanto, só se decidiu a trocar de legenda e de domicílio eleitoral em cima da hora. Na quinta-feira ele pediu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás a desfiliação do PMDB. No mesmo dia Meirelles comunicou a seu antigo partido que estava saindo.
“Henrique Meirelles terá o tratamento que merece no PSD”, disse o secretário-geral do partido, Saulo Queiroz. “Ele é uma figura de destaque, uma das mais importantes aquisições do PSD”. Queiroz afirmou que a eventual candidatura de Meirelles a prefeito de São Paulo representa um nocaute nas pretensões do ministro Fernando Haddad (Educação), o preferido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a sucessão do prefeito Gilberto Kassab.
Henrique Meirelles busca a alternativa de se candidatar a um cargo majoritário desde 2002. Na época, no PSDB, ele tentou um lugar na chapa para senador pelo Estado de Goiás, mas foi preterido pelo partido e teve de disputar uma vaga de deputado federal. Foi o mais votado. Não chegou a assumir a cadeira. Assim que foi eleito, Lula o convidou para ser presidente do Banco Central no governo petista. Meirelles teve de renunciar ao mandato de deputado federal e se desfiliar do PSDB.
Em 2009 ele foi convidado pelo PMDB, sob o argumento de que poderia concorrer ao governo do Estado. Mas as disputas internas no partido levaram à candidatura do então prefeito de Goiânia, Iris Rezende. O vencedor, no entanto, foi o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), um antigo aliado de Meirelles, que ainda tinha esperanças de ser convidado para a vice-presidência, mas foi preterido. Agora, enfim, poderá ser candidato a um cargo eletivo, embora não por seu Estado natal, mas por São Paulo.
Meirelles é hoje presidente do Conselho Público Olímpico, órgão criado pela presidente Dilma Rousseff para coordenar as obras previstas para a realização da Olimpíada em 2016, no Brasil. Ele também foi sondado para assumir um cargo na Fifa para coordenar a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 2014.

Armando Monteiro comemora ampliação do Simples, mas pede avanços.


 Na noite desta quarta-feira (05), o senado federal aprovou no plenário, por unanimidade, o projeto de lei (PLC 77/11) que reajusta em 50% as tabelas de enquadramento das micro e pequenas empresas no Simples Nacional. Na opinião dos senadores, a aprovação deste projeto permitirá o aumento da formalização das micro e pequenas empresas do País, além de estimular a economia brasileira.
O senador Armando Monteiro (PTB), que também é membro da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, comemorou a aprovação do projeto, referindo-se como “uma grande conquista ao País”. Segundo ele, “o Brasil tem uma imensa energia empreendedora oriunda da contribuição do setor dos pequenos negócios”, lembrou.
Na oportunidade, Armando Monteiro frisou a necessidade de avançar mais neste tema. “O relator, José Pimentel, produziu um relatório equilibrado e deu uma contribuição importante à discussão do projeto. Porém, não pôde acolher algumas emendas porque o processo teria que voltar à Câmara dos Deputados. Mas temos, sim, a possibilidade de trabalhar para avançarmos mais. Há pontos muito importantes que não foram contemplados, como a ampliação de outras categorias no Simples, em especial, o setor de serviços”.
O parlamentar lembrou também, da questão da substituição tributária e da vedação às empresas inscritas no Simples possam fruir de incentivos fiscais, o que em sua opinião “penaliza absurdamente o setor” e, portanto, precisa ser amplamente discutido. Ele concluiu enfatizando que “ao mesmo tempo em que registramos a conquista, temos de renovar o compromisso de avançar mais para criarmos um ambiente mais favorável aos pequenos negócios no Brasil”.
Mais benefícios
O projeto também autoriza o parcelamento dos débitos tributários dos optantes do Simples Nacional, com prazo de até 60 meses A medida se aplica aos tributos federais, municipais e estaduais sujeitos a alíquota única do Simples Nacional.
O texto aprovado nada muda em relação ao enquadramento dos estados no que se refere ao recolhimento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pela tabela do Simples Nacional. Segundo o relator José Pimentel, esse foi um ponto de dúvida e diálogo com senadores nos últimos dias. Vão permanecer, portanto, os subtetos aprovados com a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.
Para os estados que respondem por até 1% do Produto Interno Bruto (PIB) - ao todo 11 unidades federativas -, o subteto continua sendo de R$ 1,2 milhão de faturamento anual. Para aqueles que vão de 1% a 5% do PIB, o valor permanece em R$ 1,8 milhão de faturamento. Um dos pontos que devem ser discutidos no debate do projeto de lei (PLS 467/08) é a reivindicação do movimento da micro e pequena empresa pelo fim da substituição tributária sobre os dois segmentos.
Utilizada com regularidade pelos fiscos estaduais, a substituição é adotada para permitir que uma empresa do início de uma cadeia de vendas - uma cervejaria, por exemplo - faça a cobrança e o recolhimento ao estado do imposto devido pelo cliente. As micro e pequenas empresas se queixam da incidência da substituição porque terão de pagar novamente o tributo, da segunda vez, como uma fração da alíquota única da tributação pelo Simples Nacional. Assim, o mecanismo que representa uma facilidade para a fiscalização e a cobrança do tributo acaba sendo um duplo tributo e um desestímulo à adesão ao Simples Nacional.
O Simples Nacional é o regime diferenciado de tributação que possibilita o pagamento de diversos tributos por meio de alíquota única. Pelo texto, que agora vai ao Plenário com pedido de urgênciaO regime de urgência é utilizado para apressar a tramitação e a votação das matérias legislativas. A urgência dispensa interstícios, prazos e formalidades regimentais, e pode ser requerida nos seguintes casos: quando se trata de matéria que envolva perigo para a segurança nacional ou providência para atender calamidade pública; para apreciar a matéria na segunda sessão deliberativa ordinária subsequente à aprovação do requerimento; para incluir matéria pendente de parecer na Ordem do Dia. A urgência pode ser solicitada pelos senadores, por comissões técnicas e pelo presidente da República. para exame, o reajuste deve valer a partir de 1º de janeiro de 2012.
Assessoria de imprensa.