Jornalista do jornal Folha de São Paulo percorreu os corredores do poder para entender melhor a dimensão da desarticulação política do Governo Dilma Rousseff. O quadro é realmente preocupante e agora até se entende porque, mais uma vez, a própria Dilma optou por delegar essas funções à senadora Ideli Salvatti, quando todos preconizavam que ela mesma deveria assumir a tarefa de coordenação política do seu Governo. Ela conhece suas limitações para as funções. Anda brigada – imaginem – com o companheiro Marco Maia, Presidente da Câmara dos Deputados. Agora se explica o silêncio de Marco Maia durante a “Crise Palocci”, que abalou os alicerces da República. Dilma não atende aos telefonemas dos aliados e muito menos os seus pleitos, represando uma penca de nomeações do segundo escalão. Luiz Sérgio, o ex-ministro das Relações Institucionais, sequer tinha um canal direto de comunicação com a presidente. Foi morto por inanição de poder, patrocinada pela cozinha do Planalto. Aconselhada por políticos mais experientes neste traquejo, Dilma até vem tentando convidar a turma para as pajelanças palacianas – regadas à pescada amarela, arroz branco e um genuíno suco de araçá silvestre -, mas muita gente não acredita que ela mude o temperamento depois dos 40.
Nenhum comentário:
Postar um comentário