Politicamente, a situação do Ministro-Chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, continuava muito fragilizada, apesar das “fuerzas” desejadas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ontem, em sua visita ao Palácio do Planalto. O impasse continuava, apesar do parecer do Procurador-Geral da República, arquivando o pedido de investigações sobre a evolução do seu patrimônio. Entre outros fatores, em função da Crise Palocci ter sido muito mal gerenciada pela presidente Dilma Rousseff. Dilma, com a popularidade em alta e recebendo elogios até mesmo da oposição em função de sua autonomia e independência, repentinamente, sentiu-se acuada e desprotegida, pedindo apoio ao ex-presidente Lula, que chegou a Brasília como um general de infantaria, dando ordens e tentando arrumar a Casa. Pegou muito mal para a presidente, que até então vinha enfrentando a turma do PT com bastante altivez. Diante do exposto, para usar um jargão dos advogados, parecia inevitável a demissão de Palocci e ela ocorreu. Para assumir o cargo, Dilma convidou a senadora Gleisi Hoffmann, esposa de Paulo Bernardo, com a tarefa de imprimir uma orientação mais técnica ao cargo, deixando as atribuições políticas ao Ministério das Relações Institucionais, o que significa, necessariamente, a demissão do seu atual ocupante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário