O jornalista Josias de Sousa, da Folha de São Paulo, criou um neologismo interessante para caracterizar a atitude das Forças Armadas brasileira em relação ao documentos relativos ao período da repressão: historicídio. Comenta o jornalista que o Ministro da Defesa, Nelson Jobim,teria procurado Dilma para informá-la que, para os militares, era irrelevante essa polêmica do prazo de liberação de documentos sigilosos ou secretos. Não haveria mais nada a revelar. Os documentos teriam sumidos.Trata-se de uma questão das mais delicadas e o neologismo criado pelo jornalista ajusta-se prefeitamente à situação. Numa série de matérias publicadas sobre a guerrilha do Araguaia, o jornal teria enviado ao Ministério solicitção de informações sobre alguns assuntos delicados, tendo recebido como resposta um nada consta nos arquivos pesquisados. Respondia pela pasta da defesa José Viegas, portanto ainda no Governo Lula. Jobim precisa dar uma explicação convincente a Dilma Rousseff sobre como se deu o processo que decidiu sobre a possível incineração desses documentos, identificando os autores desse historicídio. Que coisa desagradável para a nossa história, Jobim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário