Fernando Henrique Cardoso recebeu homenagem dos correligionários do seu partido, o PSDB, no Senado Federal. Presidente de honra da agremiação, Fernando Henrique Cardoso completa 80 anos de vida dedicados à academia e à vida pública. Abandonado pelo partido durante as últimas campanhas presidenciais, FHC ficou bastante magoado. Diante dos avanços sociais e da popularidade conquistada pelo Governo Lula, o PSDB optou por escondê-lo da campanha. Estratégia equivocada, de acordo com avaliações mais recentes. Ainda detentor de um grande capital político, coube a FHC encontrar uma saída minimamente honrada para José Serra, que insistia na tese de uma terceira candidatura presidencial pelo partido. A estabilidade econômica obtida em seu governo permitiram a Lula implementar amplos programas de inclusão social, mas alguns setores do governo insistem em não reconhecer esses avanços. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, parece não endossar essa tese. Aproveitou alguns compromissos importantes agendados em Brasília para dar uma passadinha no Senado para parabenizá-lo. Eduardo era o único governador presente que não pertencia aos quadros do PSDB. Já faz algum tempo que Eduardo Campos anda lendo com muito carinho os textos do ex-presidente, bebendo na fonte de sua apurada acuidade política. Enquanto muitos opositores ou simplesmente ignoraram o que ele havia escrito sobre as estratégias da oposição ou o acusavam de ter atacado os pobres, Eduardo lia nas “entrelinhas” uma das análises, segundo ele, mais consistente do atual dilema vivido pela oposição no Brasil. Eduardo tem projetos presidenciais e precisa conhecer, com precisão, - conforme ensina Maquiavel-, o que a planície está pensando sobre o Planalto. Sobretudo quando essa planície já ocupou o Planalto. Eduardo parece ter os textos do mestre florentino na cabeceira.
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