José Luiz Gomes da Silva
Cientista Político
O governador Paulo Câmara(PSB), a rigor, fazia parte de uma estratégia política montada pelo ex-governador Eduardo Campos. Possivelmente com o objetivo de não atrapalhar os planos sucessórios da nucleação familiar dos Campos, assim como constituir-se uma peça importante em seu projeto de torna-se presidente da República. Uma escolha que se constituiu, logo depois, num problema, em razão da morte do ex-governador. Em alguns momentos, o próprio Paulo Câmara admitiu que gostaria de governar com "ele", certamente ouvindo-o em relação à gestão do Estado, e, principalmente, nas decisões políticas a serem tomadas. A morte de Eduardo Campos criou um imbróglio político de difícil solução para o grupo socialista, seja do ponto de vista interno, seja no contexto da correlação de forças políticas do Estado. Como disse antes, a movimentação do grupo oposicionista coloca os socialistas na retranca, acossados, na defensiva, acuados diante das circunstâncias políticas, hoje marcadamente adversas.
É neste contexto político que faz sentido as especulações que circulam em torno de uma possível substituição do nome de Paulo Câmara como candidato do PSB nas próximas eleições estaduais. Na boca do palco, ele reafirma a disposição de ser candidato à reeleição. Nas coxias, no entanto, o que se comenta são as especulações em torno de uma candidatura mais competitiva, patrocinada pela família Campos, em face das dificuldades associadas ao governador, que conta com um alto índice de desaprovação de sua gestão. O "apetite" político da chamada "Conspiração Macambirense" pode indicar que os políticos profissionais já farejaram a excelente oportunidade de reconquistar o Palácio do Campo das Princesas. Em artigo publicado aqui no blog, o cientista político Michel Zaidan, baseado num blog local, informa que a chapa que estaria sendo pensada seria encabeçada pelo secretário Felipe Carreras, tendo como puxador de votos o filho do ex-governador, João Campos, que seria candidato à Câmara Federal.
No artigo em lide, o professor Michel Zaidan invoca os problemas inerentes a este projeto de sucessão familiar no Estado, muito pouco compatível com aquilo que se espera de um ambiente político de corte republicano. Estamos num período fértil de especulações. Neste caso, os filtros tornam-se absolutamente necessários. As especulações em torno da substituição do nome do governador como candidato do PSB, no entanto, merecem a necessária atenção, se considerarmos as circunstâncias políticas adversas de mantê-lo como inquilino do Campo das Princesas, assim como o interesse da oligarquia em manter-se hegemônica no Estado. Se eles perceberam que essa hegemonia pode ser comprometida com o projeto de reeleição de Paulo Câmara, não tenham dúvida, poderão procurar alternativas com melhores perspectivas de êxito.
Pelo lado da oposição, o discurso indica que eles resolverem esconder o jogo sobre o nome de consenso entre eles. O senador Fernando Bezerra Coelho(PMDB)já fala nas potencialidades e qualidades do rebento, o ministro das Minas e Energias, Fernando Filho(PMDB), ao passo que este, por sua vez, observa a potencialidade de outros atores políticos que integram a aliança de oposição ao governador Paulo Câmara, deixando alguma margem, ainda, ao senador Armando Monteiro(PTB), relativamente ofuscado pela ascendência de Fernando Bezerra Coelho(PMDB-PE). Este último, aliás, reafirmou a sua disposição de conversar com o Deputado Federal Jarbas Vasconcelos(PMDB), acerca do imbróglio criado em torno da intervenção da Direção Nacional do PMDB na regional peemedebista. O cenário indica que será um diálogo difícil, uma vez que o Deputado Federal Raul Henry, legitimamente eleito para a direção do diretório estadual, já disse que tentará a revogação da decisão nacional em todas as instâncias possíveis.
Como dizem os evangélicos, a oposição conseguiu plantar a semente da discórdia no ninho socialista. Eles, por sua vez, continuam firmes naquele propósito já explicitado por aqui. Na semana passada, em Brasília, segundo comenta-se, estiveram reunidos o ministro da Educação, Mendonça Filho(DEM), o ministro das Cidades, Bruno Araújo(PSDB-PE), e o senador Armando Monteiro(PTB). No cardápio, certamente, a sucessão estadual de 2018. Já esta semana, por sua vez, na missa do Vaqueiro, realizada na cidade de Canhotinho, estiveram presentes a Deputada Estadual Priscila Krause, do DEM, o senador Armando Monteiro e o ministro das Minas e Energias, Fernando Filho(PMDB-PE). Antes de marcar presença no evento, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, assinou convênios de repasses da ordem de R$ 88 milhões para a cidade de Petrolina,reduto político da família Coelho. Segundo fomos informados, da conversa em Brasília, resultou uma certeza. Nem o DEM, tampouco o PSDB farão o caminho de volta ao palanque situacionista.
Como dizem os evangélicos, a oposição conseguiu plantar a semente da discórdia no ninho socialista. Eles, por sua vez, continuam firmes naquele propósito já explicitado por aqui. Na semana passada, em Brasília, segundo comenta-se, estiveram reunidos o ministro da Educação, Mendonça Filho(DEM), o ministro das Cidades, Bruno Araújo(PSDB-PE), e o senador Armando Monteiro(PTB). No cardápio, certamente, a sucessão estadual de 2018. Já esta semana, por sua vez, na missa do Vaqueiro, realizada na cidade de Canhotinho, estiveram presentes a Deputada Estadual Priscila Krause, do DEM, o senador Armando Monteiro e o ministro das Minas e Energias, Fernando Filho(PMDB-PE). Antes de marcar presença no evento, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, assinou convênios de repasses da ordem de R$ 88 milhões para a cidade de Petrolina,reduto político da família Coelho. Segundo fomos informados, da conversa em Brasília, resultou uma certeza. Nem o DEM, tampouco o PSDB farão o caminho de volta ao palanque situacionista.
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