pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Tucanos afinam o bico, de olho em 2018
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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Editorial: Tucanos afinam o bico, de olho em 2018


Resultado de imagem para Geraldo Alckmin e Tasso Jereissati

Diante desta grave crise institucional em que o país está mergulhado, conciliações, diálogos e "pontes" são sempre bem-vindas. Ampliar as animosidades entre as partes em confronto, certamente, não será o caminho para se encontrar alguma saída. Não conheço o novo Secretário de Desenvolvimento Social de Pernambuco, Clovis Benevides, mas elogiamos sua postura distencionista ao assumir o cargo, depois de uma saraivada de críticas de movimentos sociais - notadamente a comunidade LGBTI - em razão de sua indicação estar patrocinada por um partido com forte presença de evangélicos, o PP. Seria este o momento de construirmos consensos e não ampliarmos os muros, o que é uma constante num país com as nossas características históricas, marcadas por profundas desigualdades. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso(PSDB) também vem cumprindo o papel de bombeiro no ninho tucano, procurando separar a briga entre as lideranças que disputam a hegemonia do comando da agremiação. Candidatíssimo às eleições presidenciais de 2018, o governador Geraldo Alckmin parece ter assumido o papel do homem de consenso, tendo mantido conversas com Tasso Jereissati e Marconi Perillo, no sentido de eles renunciem à disputa em favor dele. Com Tasso, as coisas estão bem encaminhadas.

 
Numa entrevista, o ex-governador do Ceará e também candidato às próximas eleições presidenciais, Ciro Gomes, já andou afirmando que o PSDB é pior do que Jair Bolsonaro. Quem sabe ele não tem razão! O problema é que a nossa quadra política entrou numa espiral perigosa, onde adicionar combustível à fogueira pode trazer resultados ainda piores do que este que já enfrentamos. Não se enganem. Pior pode ficar sim. Certas posturas, nesses momentos bicudos e delicados, podem fornecer as "justificativas" que os golpistas precisam para recrudescer essa ruptura institucional, agravando-se ainda mais o retorno à normalidade democrática. O quadro é tão caótico que a nossa sociedade entrou numa espécie de "transe" - ou paz de cemitério, como afirmou um colega de trabalho outro dia - fazendo de conta de que está tudo bem, quando nada está tudo bem. Dispositivos autocráticos são fermentados quase todos os dias, através de medidas aparentemente sem maiores consequências, que passam despercebidas pela maioria da população. 

Tucano não é urubu, mas parece gostar dos podres poderes. Não fosse assim, já teria desembarcado desde governo há algum tempo. Este é um ônus que, provavelmente, eles terão que arcar nas próximas eleições. Seguraram o osso até quando puderam , mesmo quando havia posicionamento de desembarque de integrantes da legenda, inclusive suas aves mais emplumadas. Jogaram tão mal que permitiram que um defunto político ressuscitasse, provocando um estrago ainda maior na integridade do grupo. Agiu como um trator, tudo na contingência de saldar suas dívidas de eterna gratidão com o Palácio do Planalto. Depois do imbróglio criado, agora parece não haver outra alternativa que não uma saída das hostes governistas. As margens de manobras do mineiro, no entanto, parecem que não minguaram definitivamente, embora já tenham sido mais robustas. O partido joga suas filhas nas eleições de 2018, enquanto os arquitetos políticos do Planalto preocupam-se em sanar o apetite fisiológico de sua base de sustentação, de olho em votações importantes - como a da reforma da precvidência, por exemplo. Afinal, se nada for feito, o país quebra de vez em 2019, de acordo com o oráculo Rodrigo Maia(DEM). 

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