Pelo andar da carruagem política, as turbulências institucionais devem perdurar ainda por um bom tempo. Um longo e tenebroso inverno nos aguardam pela frente. os blefes, as cortinas de fumaça, as escaramuças entre atores relevantes dos Três Poderes da República estão na ordem do dia. É necessária muita astúcia para sobreviver neste pântano político em que se transformou a nossa vida cotidiana, vivendo sob a égide de um país conflagrado, irremediavelmente atingido pela institucionalização da das notícias falsas, das fake news, do emprego deliberado de expedientes torpes para se atingir os adversários ou desafetos. É o porão miliciano - da mais alta bandidagem - que ainda mantém seus canais de atuação intactos. Fragilizados, é verdade, mas ativos.
O núcleo duríssimo do Estado foi atingido pelo bolsonarismo e suas práticas nefastas, corruptas, anticivilizadas e antirrepublicanas. Não é este humilde editor que constata isso, mas relatórios como o da FUNAI, que corrobora com o que estamos afirmado. Um bom exemplo disso é a confusão criada por este senador Marcos do Val, que agora, com seus arroubos, acabou arrastando para as suas artimanhas até os bem intencionados canais de comunicação, que deram ouvidos às suas falas. Vai aqui um conselho deste simples observador de nossa cena política: Desconfiem das falas dos bolsonaristas. Geralmente são falsas ou plantadas com objetivos vis. Sobretudo para eles, vale a máxima do filósofo Nietzsche, numa referência às narrativas discursivas: Todo discurso é uma fraude, toda palavra é uma farsa.
Acabo de ler, num dos perfis daquele pastor bolsonarista roxo, que vem uma bomba por aí. Já posso até imaginar o que seja. Alguém sugeriu que o tal senador, numa dessas entrevistas, dava a impressão de falar em línguas estranhas. Quem sabe o pastor tenha conseguido traduzir essas falas. Vamos aguardar, uma vez que ele estava em trânsito, mas prometeu que solta a bomba ainda hoje. Talvez seja o caso de o nosso judiciário começar a pensar na possibilidade de contratar alguém especialista em línguas estranhas. Nesses tempos bicudos, os intérpretes de Libras já não seriam suficientes.
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