Os refelxos nefastos do bolsonarismo na sociedade brasileira ainda estão muito presente, em alguns casos, ainda produzindo suas consequências. O PL - ou mais precisamente o seu presidente, Valdemar da Costa Neto - não mede esforços no sentido de alçar uma eventual carreira política para Michelle Bolsonaro, que voltou dos Estados Unidos recentemente. Parece não haver unanimidade na família quanto a este projeto, mas a ex-primeira dama parece animada com os apelos. Numa entrevista recente, o presidente da legenta liberal foi infeliz no tocante às já famosas "minutas golpistas" e está sendo intimado a dar explicações sobre o assunto. Como diria os nossos avós, em boca fechado não entra mosquito. Vale a lição, sobretudo para alguém com tanta espertise na vida pública.
O ex-ministro de Bolsonaro, Rogério Marinho, disputa a cadeira de Presidente do Senado Federal e não esconde sua profunda identidade com o bolsonarismo, afirmando que o seu projeto seria o de preservar este legado. A eleição possivelmente será vencida - que o ventos democráticos e republicanos não nos deixem enganar - pelo atual presidente, Rodrigo Pacheco, mas não se pode minimizar os estragos dos arranjos já produzidos, que terão reflexos na condução dos trabalhos daquela Casa.
O senador Rogério Marinho faz bem o jogo dos escaninhos da política e estaremos diante de uma votação secreta. Em sua eleição para o Senado Federal, pelo Rio Grande do Norte, os institutos de pesquisa erraram feio sobre seus escores. Ele, então, para se contrapor a tal onda, passou a noite toda ao telefone, ligando para os correligionários, argumentando tratar-se de um equívoco, que acabou se confirmando, com ele sendo eleito folgadamente. Quanto aos estragos políticos, sociais e institucionais produzidos pelo bolsonarismo, ainda teremos um longo e tenebroso inverno pela frente. Leva algum tempo para a sua superação e não podemos, em nunhum momento, vacilar.
É coisa para acertamos diversas pauladas e sempre em locais específicos. Ainda encontramos pessoas de projeção pública, ligadas ao bolsonarismo, ridicularizando a situação de penúria humanitária vivida pelo povo Yanomami ou mesmo sugerindo a morte do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No caso dos Yanomamis, fica patenteado que o Governo Bolsonaro abandonou os indígenas e fez o jogo do garimpo ilegal, o que deve ter estimulado um juiz da Suprema Corte a solicitar uma investigação mais apurada sobre o assunto. Corroborando com tais afirmações, passou a circular nas redes sociais um suposto relatório da FIOCRUZ dando conta de que as vacinas contra a malária na região tinha como prioridade os garimpeiros e não a etnia Yanomami. Isso é muito grave. Gravíssimo.
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