A cada dia surgem mais informações desabonadoras sobre o uso indevido, irregular - ou até imoral - dos chamados cartões corporativos. Há o que o jornalista Josias de Souza, do UOL, chama de perda do recato de integrantes do governo anterior em relaçaõ ao uso desses cartões. Ele foi transformado numa espécie de "rachadinha", segundo observa o jornalista. Vamos poupar os leitores dos inúmeros casos onde se vem verificando irregularidades com o uso desses cartões corporativos, indicativos de um absoluto despudor na sua utilização. Como já disse em outros momentos, sobretudo para os cronistas do cotidiano ou para os folcloristas, não deixa de ser interessante observar o "cardápio" ou os "hábitos" de consumo dos nossos gestores, onde surgem fatos curiosíssimos.
Ao trazermos a questão para o plano do interesse público, a coisa muda completamente de figura, pois fica patente que o dinheiro dos nossos impostos foram emopregados de forma indevida, implicando numa necessária punição aos agentes públicos que fizeram uso irregular desses cartões corporativos. Embora o governo atual não possa ser responsabilizado por tais desmandos, convém, urgentemente, que seja retomada uma campanha disciplinar sobre o uso correto desses cartões, que se assuma uma postura ética e republicana no uso desse instrumento, evitando, assim, maiores consequências futuras.
Pelo andar da carruagem política, o ambiente anterior é de absoluto "descontrole", para usarmos aqui um termo eufemístico. Isso contribui para produzir uma espécie de cultura do "tudo pode", "usa o cartão", sem que se fique atento aos constrangimentos republicanos impostos ao uso desse instrumento de trabalho, criado com boas intenções, mas eivado de vários incentivos às maracutais. Há alguns anos atrás, se fez um alarde danado em torno de uma tapioca, comprada por ministro do Governo da Coalizão Petista, com o cartão corportativo. Uma tapioca, aqui no Alto da Sé, com recheio de camarão e tudo, não fica acima de R$ 20,00 reais. Ficamos aqui imaginando o que o ex-minsitro não deve estar pensando ao ver essas notícias dos jornais.
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