O Planalto acusou profundamente essa queda de popularidade do Governo Lula, sobretudo num período pré-eleitoral. Trataram de reorientar sua estratégia de comunicação,a partir da contratação de um novo marqueteiro, segundo dizem, Sidônio Palmeira, que já teria prestado alguns serviços de publicidade ao PT. Essas mudanças começaram a ser observadas a partir de um cooper matinal do presidente Lula no entorno do Palácio do Planalto. Mais recentemente, as prováveis digitais dessas mudanças na estratégia de comunicação do presidente passaram a ser mais evidentes.
Lula passou a orientar sua fala pelos discursos previamente escritos, o que não é muito habitual ao morubixaba petista. Nem sempre isso dá muito resultado, quando se percebe mais uma derrapada verbal, ao se referir às crianças mortas na Faixa de Gaza, mencionando algo em torno de 12 milhões de crianças, um número bem superior à população total do local, sendo corrigido publicamente por autoridade do Governo de Israel. Curioso que Lula fez questão de conferir esses números ao observar o papel escrito que o orientava. É bem provável que sobre para o ghost writer.
O jornal Folha de São Paulo teve a curiosidade de contar o número de vezes em que o presidente Lula menciona a palavra "Deus" ou "milagre" durante uma fala, desta vez de improviso, proferido por ocasião da inauguração da obras da Adutora do Agreste, na região Nordeste, tradicional reduto do petismo. A tríade milagre, fé e Deus passaram a fazer parte do vocabulário do presidente de forma mais enfática, a partir de orientação que tenta imprmir uma nova estratégia de comunição do Planalto, com o objetivo de construir pontes com o eleitoroado evangélico, procurando conter a sangria nos seus índices de popularidade.
Conforme enfatizamos por aqui, o eleitorado evangélico tem sido uma grande dor de cabeça para o PT. Isso vem de longas datas, antes mesmo da última campanha presidencial. Trata-se de um problema complexo, impossível de ser revertido unicamente através de uma nova estratégia de comunicação. São agendas díspares, magistralmente explorada pela oposição bolsonarista, e o pragmatismo eleitoral da legenda cortou seus vínculos orgânicos com diversos grupos sociais, os evangélicos aqui inclusos.
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