Possivelmente, este é um assunto que deve render muita discussões ainda, sobretudo no ambiente institucional em que o país está mergulhado, de conflito aberto e escancarado entre os Três Poderes da República. Neste clima, as escaramuças serão inevitáveis e recorrentes. Apesar da vitória de Lula em 2022, a ultra-direita não abandonou o projeto de tornar o país um laboratório para seus experimentos macabros. Vez por outra eles atiram um petardo para examinar a capacidade de resiliência e reação das forças do campo democrático e republicano. Não vamos aqui entrar nos detalhes, mas os leitores minimamente bem-informados sabem o que está em jogo na realidade.
Nossas instituições democráticas precisam resistir aos seus inimigos, mesmo que entrincheiradas. São curiosas essas narrativas, mas o cidadão ameaçou deixar de atuar no país, pois, mais do que dinheiro, importam os príncípos. Ora, dinheiro sempre foi o princípio, meio e fim do sul-africano. Ridículo ele vir falar em princípios, depois do golpe que ocorreu na Bolívia, onde deixou claro, através de postagem posteriormente apagada, quais são os princípios que movem o seu comportamento.
Depois dos últimos "impulsos', na Argentina e em Portugal, algo sugere que eles estão lubrificados para tentarem fomentar o ambiente ideal para uma retomada do poder nos Estados Unidos e no Brasil. Premonitoriamente, o socíólogo Boaventura de Souza Santos advertia que eles estavam preparando o terreno para desembarcarem em sua terra natal, Portugal. Já desembarcaram na terra de Cabral, a julgar pelo resultado do último pleito. O torniquete de direita é apertado nas ruas e no Legislativo. Já anda em curso uma nova coovocação da horda, desta vez para a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
O testa de ferro da ultra-direita vai continuar o seu papel, fustigando as instituições democráticas pelo mundo, em todos oa quadrantes onde o seu capital possa ser reproduzido, em casos como o nosso, deliberadamente, negando-se a submeter-se à legislação do país e desrespeitando as instituições. É neste sentido que a Polícia Federal informa que está adotando os procedimentos cabíveis para ouvir seus representantes no país.
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