pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Eleições: Cid defende permanência do PT na Prefeitura de Fortaleza.
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domingo, 28 de agosto de 2011

Eleições: Cid defende permanência do PT na Prefeitura de Fortaleza.

O governador Cid Gomes (PSB) disse ontem, durante entrevista ao programa “Poder e Política”, em Brasília, que fará tudo para manter a aliança política construída no estado do Ceará, e defendeu a permanência do PT à frente da Prefeitura de Fortaleza. Para o governador, a permanência do PT é um “processo natural”, todavia, Cid salientou que a aliança dependerá do poder de diálogo do PT com os demais partidos. O governador, que preside o PSB estadual, disse que o PT terá de encontrar, em primeiro lugar, um candidato que ofereça à população de Fortaleza as expectativas de que haverá algo novo, e que, se o fizer, o partido poderá aglutinar forças com as demais legendas.
“Temos eleição já no ano que vem para prefeito. Tudo o que eu puder fazer para preservar uma aliança no Ceará, que vem conquistando vitórias, eu farei. Essa aliança inclui o PT, PMDB, PDT, PP, enfim, são 15 partidos que compõem uma ampla aliança, e o emblema maior disto certamente será Fortaleza”, ressaltou.
PMDB
Embora também faça parte da base de apoio do governo federal, Cid alfinetou os peemedebistas. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff “fica na mão” de decisões tomadas pelo PT e pelo PMDB no Congresso. “Ela está absolutamente condicionada a decisões que PT e PMDB tomem”, afirmou. Cid disse ainda que Dilma somente resolverá este problema se estabelecer “contrapontos” e colocar o PMDB “no seu devido lugar”. O governador sugeriu que a presidente fortaleça a relação com o PSB, PDT e PCdoB, partidos que vêm crescendo no que diz respeito ao número de representantes eleitos no Congresso. Ele classificou essas legendas como uma “terceira força”.
CIRO GOMES
Questionado sobre o futuro político do ex-deputado federal, Ciro Gomes (PSB), o governador voltou a defender a candidatura do irmão ao Senado Federal em 2014. Cid afastou qualquer possibilidade de Ciro filiar-se ao PSD (Partido Social Democrata), legenda fundada pelo governador de São Paulo, Gilberto Kassab. Rumores na imprensa já sugeriram diversas vezes que Ciro poderia estar indo para o partido, que vem recebendo um número crescente de adesões Brasil afora.
Cid explicou que, atualmente, o ex-deputado está sintonizado na estruturação e montagem do PSB com vistas às eleições municipais. O governador revelou ainda que tem ajudado na montagem do PSD no Ceará, e disse que esteve com o prefeito Kassab e que “estamos de alguma forma sintonizados, fazendo, ajudando a formar o novo partido”. Cid disse que tem sido muito procurado por lideranças de outros partidos que desejam sair do PSB, “muitos deles estão inclusive ameaçados de expulsão dos partidos em que estão e querem um partido novo”.
Ainda sobre o PDS, Cid disse não acreditar na futura fusão do PSD com o PSB, já que o partido fundado por Kassab “se ficar com essa faixa aí de 40 deputados como se está falando, vai estar equivalente ao PSB. Vai fundir por que, pra dividir o espaço?”.
Sobre as aspirações políticas futuras do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, que estaria pleiteando a Presidência da República em 2014, Cid disse que essas e outras questões serão levadas em conta apenas durante o contexto da sucessão presidencial. “A conjuntura da época é quem vai dizer se o PSB vai ter um candidato, e se esse candidato é o Eduardo Campos”. Todavia, Cid ressaltou que “Campos é certamente um nome credenciado para a disputa”.
Futuro
Sobre o seu futuro político, Cid disse que “em 2014, eu quero ajudar no processo de sucessão, da minha sucessão, que já não será mais minha. Quero ajudar na campanha do governador, do senador, quero ajudar a fazer uma bancada de deputados federais. E depois de 2014, eu quero ir para onde já estive, que é o Banco Interamericano [de Desenvolvimento]. Eu estive lá. Eu fui oito anos prefeito e fiquei dois anos sem mandato. Isso não mata ninguém. Você ficar dois anos sem mandato, ou quatro anos sem mandato, é até bom para arejar, para você sair um pouco. Às vezes você fica muito enfronhado nisso e perde um pouco a referência do olhar comum da vida pública”.
Conflitos
Já sobre os conflitos entre a família Gomes e a atual cúpula atual do PSB, Cid explicou que “nós tivemos momentos de tensão, principalmente nesse processo de composição do Ministério da Dilma. Mas eu acho que é uma coisa superada”. Cid disse que ele e o irmão mantêm contato constante com Eduardo Campos. “A gente tem discordância em relação a algumas coisas. Eu acho, por exemplo, e defendi muito isso, que a gente valorizasse o [deputado federal Gabriel] Chalita, que era um quadro, em meu juízo, em melhores condições competitivas para o principal mandato que vai ser disputado no ano que vem, que é a Prefeitura de São Paulo. E o partido, por cartorialismo, acabou deixando que o Chalita saísse do partido. Então, eu contestei muito isso. Essa coisa da unanimidade tranquila demais não é bom não. A gente deve ter aqui e acolá umas divergências para maturar”.
Em relação à recente polêmica envolvendo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que viajou em um avião particular de um empresário que tinha interesseS na Pasta da Agricultura, Cid falou que “não se vende por uma viagem nem por nada”. Para o governador, “se você for ver a relação do Estado com empresários que têm incentivos, é uma relação absolutamente transparente, enfim, sinceramente, não vejo problema nisso aí”. Cid foi criticado, no começo deste ano, por ter viajado em um avião particular do empresário Alexandre Grendene.

(Jornal O Estado)


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