Diferentemente de Lula, que não gostava de ler, Dilma Rousseff costuma acompanhar com atenção o noticiário. Na Carta Capital desta semana há uma entrevista com a presidente, onde, ao abordar a questão da corrupção na máquina pública, Dilma foge dos clichês mais comuns e foca a questão na eficiência, admitindo que age não apenas em função de princípios morais, mas, sobretudo, movida pelo entendimento de que um Estado corrupto é, igualmente, ineficiente e ineficaz. As observações de Dilma são evidentes. Num outro momento, postamos um comentário sobre uma tese de doutoramento onde o autor conseguiu estabelecer uma nexo causal entre corrupção e qualidade de ensino, ou seja, nas cidades onde ocorriam desvio de recursos destinados à educação, o aproveitamento do alunado era sensivelmente prejudicado em sala de aula. Como gostar de ler, a revista Veja deve estar em seu gabinete. Traz uma longa matéria, onde aponta o Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, como um corrupto contumaz. Vamos ver agora se Dilma terá coragem de pedir sua cabeça ao vice-presidente, Michel Temer. Ele não reúne a menor condição de continuar como ministro. Justamente agora, quando o Planalto começava a acenar com afagos à base aliada, numa tentativa de melhorar sua relação com o Congresso.
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