pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho do Jolugue: Luciana Genro: com todo o respeito, uma ova, senador!
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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Luciana Genro: com todo o respeito, uma ova, senador!


Foto: Pobre Aécio II, no Brasil Econômico... ;-)


Em nenhuma hipótese utilizaria os termos usados pelo senador Aécio Neves em relação ao PSOL. Sarcástico, num debate recente entre os presidenciáveis, o candidato tucano referiu-se ao partido como uma linha auxiliar do Partido dos Trabalhadores. Tomou um tranco pesado de Luciana Genro, a candidata do partido à Presidência da República. Não se pode negar o que há de comum entre as duas agremiações, sobretudo se considerarmos aquele PT romântico da década de 80, fundado por uma intelectualidade comprometida com as mudanças sociais da sociedade brasileira, os novos sindicalistas, movimentos sociais e setores progressistas da Igreja. O que deixou Luciana profundamente magoada foram as insinuações feitas pelo tucano no que concerne à expressão "linha auxiliar". Antes, porém, Luciana deixou de responder a uma determinada questão formulada sobre educação para tratar do assunto corrupção. Deu uma verdadeira aula sobre o problema da corrupção endêmica do país, enumerando os escândalos aos quais os tucanos estiveram envolvidos na história republicana recente, alguns dos quais, envolvendo a própria figura do senador, caso do aeroporto de Cláudio. De arremate, informou que o partido não era uma linha auxiliar do PT por uma questão bem simples. O PT, infelizmente, também havia enveredado pelo mesmo caminho ao chegar ao poder, chafurdando-se na lamaceira da capital federal. Num debate organizado por uma rede ligada à Igreja, sapecou: "linha auxiliar uma ova". Já comentamos isso aqui noutro momento. Luciana fala para um grupo de eleitores politicamente orientados. Um estrato específico dos eleitorado, de convicções firmes, opiniões muito bem formadas. Para esses eleitores, ela fala, eles escutam e creditam o voto na candidata. Sua desenvoltura está muito relacionada a esse perfil do partido. Nenhum dos postulantes com chances reais de ocupar o Planalto, por exemplo, assume a criminalização da homofobia. Tenho alguns colegas que já assumiram que vão votar na candidata para ajudar o partido a continuar participando do debate republicano, contribuindo com suas proposições importantes para pensarmos o país. Gradativamente, a centrífuga da realpolitik, lamentavelmente, vai desconstruindo essas utopias. Como diria Wanderley Guilherme dos Santos, é apenas uma questão de tempo. O jogo bruto da competição eleitoral irá constrangê-los a negociar com o establishment e acenar para um grupo maior de eleitores. É aqui que a porca torce o rabo. 

(A charge é de Renato Aroeira)

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