terça-feira, 23 de setembro de 2014
Tijolinho do Jolugue: O Brasil, de fato, não é um país sério.
O Brasil, realmente, não é um país para amadores. No Estado da Paraíba corre uma grande polêmica em torno do salário de um candidato ao Governo do Estado, hoje superior a 51 mil reais, bem acima, portanto, do que recebe um ministro do STF, um pouco mais de 29 mil reais. O candidato acumula o salário de senador da República com a pensão relativa ao período em que ocupou o Palácio Redenção, sede do Governo do Estado. A pensão é legal, constitucional. O problema não é este. Ele apenas não poderia acumular as duas remunerações, elevando seu salário para um teto superior ao permitido. A grande questão seria saber como ele se comportaria diante dessas denúncias apresentadas, sobretudo na condição de candidato que lidera todas as pesquisas até o momento. No mínimo deveria prevalecer o bom-senso ou uma certa preocupação sobre os efeitos disso em relação à sua campanha. Parece-nos que nem uma coisa nem outra. Durante um debate recente, quando questionado sobre o assunto, ele informou que deixou um apartamento e a tal pensão para sua ex-esposa. Na concepção dele, muito justo.Justíssimo. Afinal, ele não poderia deixar aquela mulher "desamparada". Percebe-se que, além de não tomar uma atitude republicana, condizente com a situação, o que candidato, na realidade, deseja é sair-se de "bonzinho", com cara de bom marido, aquele não deixa suas ex-esposas ao relento. Uma jogada astuciosa, sobretudo quando se considera o nível de sensibilidade do eleitorado feminino, possivelmente susceptível a esse tipo de apelo.
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