pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho do Jolugue: Moniz Bandeira dá bronca em Roberto Amaral, Presidente Nacional do PSB.
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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Moniz Bandeira dá bronca em Roberto Amaral, Presidente Nacional do PSB.




Moniz Bandeira é um dos mais respeitados cientistas políticos do país. Alguns dos seus livros tornaram-se clássicos, como um que analisa o golpe Civil-Militar de 1964, leitura obrigatória dos cursos de Ciência Política. Ontem o nosso blog publicou uma carta que ele enviou para Roberto Amaral, Presidente Nacional do PSB, onde lamenta o processo de decomposição programática e histórica do partido, sobretudo em decorrência da capitulação da legenda em torno das injunções exercidas pelo grupo político ligada à candidata à Presidência da República, Marina Silva.De fato, as coisas não vão bem entre o PSB e a Rede. Aliás, nunca estiveram bem, mas a liderança do ex-governador Eduardo Campos - por imposição ou por negociação - mantinha a pressão sob controle. Seu estilo de liderança(?), centralizador e autoritário, galvanizava o grupo, aparando as arestas - aqui e ali - por vezes, de forma arbitrária. No contexto da aliança, exercia o papel de articulador político com outras forças, visando viabilizar-se como então candidato presidencial às eleições de 2014. Sua morte provocou uma espécie de "desarranjo político" dentro do próprio partido, na relação do partido com a Rede e, também, na correlação de forças neo-socialistas no Estado de Pernambuco, onde grupos se digladiam pela liderança do espólio do ex-governador. Na realidade, está em jogo um processo bastante complicado, de auto-fagia. Não vejo ninguém se propor a "apaziguar", "aglutinar", "recompor". No momento, nos parece, a intenção de um grupo é "engolir" ou "destruir" o outro. Roberto Amaral é um remanescente dos autênticos socialistas. Está entre aqueles que compunha o grupo ligado ao ex-governador Miguel Arraes. Mesmo com a liderança de Eduardo Campos, neto de Arraes, o partido já caminhava celeremente para uma decomposição programática, abraçando uma agenda que não tinha nada a ver com o ideário socialista. Uma agenda de corte neo-liberal, muito próximo à agenda tucana, daí a boa relação entre as duas legendas. Raposa velha na política, Roberto percebeu as manobras dos integrantes da Rede no sentido de tomar de assalto o comando neo-socialista. Convocou reuniões partidárias para antes mesmo das eleições de Outubro, suscitando um verdadeiro rebuliço entre os neo-socialistas tupiniquins, que também se sentiram ameaçados com a manobra. Quando vivo, Eduardo Campos mantinha o controle da legenda - exercendo sua liderança - além de colocar em postos chaves homens de sua estrita confiança. O que ocorre com os neo-socialistas pernambucanos é que eles se sentem na obrigação de continuarem com esse mesmo espaço de poder na legenda. Há quem informe que eles, inclusive, desejam que neo-socialistas do Estado possam apresentar candidatura para presidir a legenda. O nome mais cotado é o do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, arestado com as lideranças nacionais da legenda desde o momento da escolha de Marina como cabeça de chapa. Como se vê, é briga de cachorro grande. Sinceramente, não vejo como esses ânimos possam ser apaziguados. Nos parece mesmo uma luta fratricida entre grupos, algo que não indica a construção de capilaridade coletiva.

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