Está é uma das chamadas principais do jornal Folha de São Paulo, hoje, dia 24. A Ministra da Articulação Política, Gleisi Hoffmann, teria comunicado ao Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que o Governo vai reter um bilhão em emendas parlamentares, em razão de problemas junto ao Tribunal de Contas da União. Numa outra frente, tomamos conhecimento de que o Governo está recorrendo a um antigo aliado, o ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, para tentar minimizar o desgaste junto ao Legislativo. Nesta barganha, estaria em jogo os cargos que o alagoano mantém no Governo, assim como o seu projeto político na terra das marechais.
Isso dá bem a dimensão sobre o enrosco em que o Governo se encontra, ainda não totalmente refeito das últimas derrotas. No plano internacional, enquanto mantém uma narrativa de contraposição aos Estados Unidos, prospectando possíveis mercados para os produtos de exportação brasileiros, Lula deverá se encontrar com o presidente Donald Trump. O enrosco é interno e no plano internacional, agravado pela guerra psicológica encetada pelos Estados Unidos contra a Venezuela, com a presença, inclusive, das tropas especiais que foram buscar Bin Laden no Paquistão. Essas tropas da Marinha dos Estados Unidos foram vistas recentemente nas imediações do país, sempre sob o argumento de que estão combatendo o narcotráfico.
A química, que eventualmente teria rolado entre os dois governantes, hoje está por um fio, com o agravamento da situação no continente. Não há química que resista a tantas intempéries. Os Estados Unidos estão realmente decididos a enfrentar os cartéis de drogas que atuam na região, em alguns casos sob a leniência dos governantes de turno. Aliás, esses governos são impotentes para combater o narcotráfico. Sempre solicitaram a ajuda do Governo dos Estados Unidos, que antes mandava apenas os agentes da DEA, num trabalho em conjunto com as forças policiais locais. Hoje o cenário mudou completamente.

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