pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O encontro entre Rubio e Vieira.
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sábado, 18 de outubro de 2025

Editorial: O encontro entre Rubio e Vieira.



O que foi divulgado até este momento sobre o encontro entre o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o Secretário de Estado Norte-Americano, Marco Rubio, não nos permitem avaliar que se tratou de um encontro produtivo, embora tenha sido este o termo utilizado por Vieira para se referir ao assunto. Há muitas arestas na relação entre os dois países que ainda precisam ser aparadas. Como se tratou de um encontro fechado, onde os repórteres sequer puderam formular perguntas, há todo tipo de especulação em torno do assunto, como uma eventual tentativa atribuída a Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que teriam supostamente agido para evitar o encontro. Naquilo que é provável, enfatiza-se que Rubio teria reafirmado que a normalização da relação entre os dois países passa pela questão política. 

O encontro, que já havia sido agendado antes, ocorreu em meio ao recrudescimento da beligerância entre o Governo dos Estados Unidos e o Governo da Venezuela, com a possibilidade, inclusive, do emprego de tropas americanas em solo venezuelano. Em nota oficial, como seria esperado, Vieira comemorou bastante o encontro, dentro da praxe diplomática, mas não há elementos para sermos otimistas em torno do assunto, principalmente num momento em que se espera algum pronunciamento do Governo brasileiro em relação ao que vem ocorrendo com a Venezuela. É uma questão bem mais profunda, algo que não se resolveria num encontro de apenas 15 minutos, como se especula que durou a conversa entre Rubio e Vieira. 

Internamente, permanecem as faíscas ou labaredas da relação entre os Três Poderes da República, principalmente depois dessas últimas declarações de Lula. Hugo Motta foi vaiado num encontro da esquerda, algo que poderia se repetir, igualmente, se estivesse no encontro da Oposição. Eleito com um maciço apoio da direita, Hugo Motta optou por evitar maiores atritos com o Executivo. Tendo optado por indicar Jorge Messias para o STF, Lula agora enfrenta os amuos de Davi Alcolumbre, que fazia gestões pela indicação de Rodrigo Pacheco ao cargo deixado por Luís Roberto Barroso. 

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