pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Editorial: Dr. Luizinho. Futuro Ministro da Saúde do Centrão?



É o que se especula nas coxias das negociações entre Governo e oposição, diante das turbulências criadas pelas refregas sofridas por Lula durante as últimas votações na Câmara dos Deputados. Os problemas de relacionamento entre Executivo e Legislativo vão muito além da entrega da cabeça da Ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Desde algum tempo que o Ministério da Saúde está sendo posto nessas negociações entre Governo e oposição. Trata-se de um dos minitérios com um dos orçamentos mais robustos, com grande capilaridade política, o qque atiça a cobiça desse grupo. 

Se Lula entregar tal ministério, seu Governo acaba. Desde as eleições que não temos um governo genuinamente petista, mas algumas trinchieras foram preservadas. A saúde é uma delas. Meio Ambiente também está por um fio. A resistênfia de Marina Silva aos investimentos de exploração de petróleo na foz da Rio Amazonas é motivo de chacota nas corredores da capital federal. Entramos numa esperal política complicada. O filósofo francês Pierre Dardod usa muito a imagem do pêndulo para definir essas situações. O pêndulo do ancien régime, de perfil, neoliberal, autoritário e fascista, está voltando. E, no caso do Brasil, parece-nos que sequer completou o ângulo exato. Está voltando do meio do caminho. Ficaram dois torniquetes que estão dando problemas. O Banco Central e o Centrão. 

Não somos nenhum pouco otimista acerca do que pode vir pela frente. O cacique do grupo já informou que não há negociação possível sem entrega da pasta da Saúde. Se Lula entregar, seu Governo acaba, desmontando as expectativas de sua base aliada, de seus apoiadores. Quanto mais se cede, eles avançam, segundo adverte o filósofo frânces. A direita nunca está satisfeita. 

Editorial: Notícia que cai como uma bomba na CPMI dos Atos Golpista.


Circula nas redes sociais - convém sempre tomar os cuidados necessários com a circulação de notícias por ambientes assim - que um ex-ministro do GSI, já sob o Governo Lula, teria pedido a ABIN para adulterar os informes sobre os polêmicos acontecimentos do dia 08 de janeiro, quando hordas bolsonaristas enfurecidas, suficientemente insufladas pelas redes sociais, invadiram a capital federal para perpetrarem um Golpe de Estado, algo que já estava sendo urdido desde algum tempo. 

Curiosa a narrativa de deputados bolsonaristas, durante so trabalhos da CPIM do Atos Golpistas, de que se tratavam apenas de velhinhas indefesas, portando bandeirinhas verde e amarela. Não é verdade. Estamos convencidos de que houve, na realidade, uma tentativa de golpe muito bem urdida, com planejamento, logística e todos os figurinos de um golpe tradicional. Até bombas foram armadas, o que poderia produzir uma grande tragédia. Felizmente, foram desarmadas a tempo. 

A oposição bate sempre na tecla de que o Governo Lula sabia desses fatos e omitiu-se para prejudicar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A julgar que tal premissa seja verdadeira, houve aqui um cálculo de risco bastante preciso, evitando que tal desfecho chegasse a bom termo. Como isso poderia estar sendo previsto? qual a bala de prata do governo para estancar a sangria do golpe em tempo hábil? Trata-se de uma tese que não se sustenta. A notícia acima, foi veiculada em jornais e sites confiáveis, por isso estamos divulgando por aqui. O informe cai como uma bomba na CPMI dos Atos Golpistas do dia 08 de janeiro.   

Editorial: Lula pode confiar num acordo com o União Brasil?



Nossa resposta é não. Lula não pode confiar num acordo celebrado com o União Brasil, consoante o apoio da legenda no tocante às próximas votações de interesse do Governo no Legislativo. No dia de ontem, Lula teve um encontro com a ainda Ministra do Turismo, Daniela Carneiro, onde teria ficado acordado que ela não deixaria o cargo antes de uma audiência na Câmara dos Deputados, previamente agendada. Lula está numa enrascada dos diabos, pois a cabeça da ministra já estaria em negociações com os caciques do União Brasil, que não celebrariam um pacto com o Governo sem o atendimento dessa demanda. 

Por outro lado, as bases sobre as quais estão sendo costurados esse acordo são sensivelmente frágeis e preocupantes. E pouco confiáveis, acrescentemos, a julgar até mesmo pelos pronunciamentos de lideranças da legenda, fazendo questão de deixar claro que eles só acompanhariam o governo em situações especificas, pontuais, e não entrariam de sola na base governista, dispostos a acompanhar o Governo em todas as votações de interesse do Planalto. Já discutimos por aqui, em vários momentos, o que está por trás dessa pressão sobre o Governo, que já sofreu alguns reveses recentes no Legislativo. 

Isso não tem solução, uma vez que, quanto mais Lula ceder, mas eles avançam. Na mesma encruzilhada entontra-se o Governo de Gabriel Boric, no Chile. Possivelmente, eles negociam um ministério de porteira fechada, com verbas poupudas asseguradas, e com diretrizes ditadas por eles e não pelo Governo, o que significa que eles querem governar. Além do União Brasil, Progressistas e Republicanos já se preparam para negociar nacos de poder no Governo Lula.     

Publisher: The miserable life in agrarian reform settlements



Debates are always very heated during the sessions of the MST's CPI. The opposition has become hegemonic in conducting the work and there is an inherent predisposition to create embarrassment for the Government, based on the conclusions of the reports, which, according to the government supporters, would already be ready. In yesterday's session, which we had the opportunity to follow, however, there was a moment, let's say, "didactic". The hearings have already begun and this time Francisco Graziano Neto was present, a specialist in agrarian rule, with a doctorate completed by the Getúlio Vargas Foundation and extensive experience in the subject, including as a former manager of INCRA, save for better judgment, in the Government of Fernando Henrique Cardoso .

Francisco Neto gave a real lesson on the subject, dispelling doubts and, more importantly, showing the various problems related to this issue in the country. Problems that, by the way, go far beyond ideologies, which do indeed contribute to clouding these discussions. The bottlenecks are immense. It begins with the absence of reliable data and information, produced by official censuses, on the numbers of agrarian reform in Brazil. The available data are obtained in a timely manner, through academic research. This information is reliable to a certain extent, but, as we stated before, it is not aggregated data.

Then, concretely, according to the researcher, we are facing a series of problems, which make the life of the settlers a "miserable" life. Let's go to some of them: a) There is a significant number of frauds in the acquisition of these lots, that is, people are contemplated who, in theory, would not meet the desirable profile. There are even a large number of civil servants; b) Sometimes, such settlements are established in areas with no agricultural vocation, with lots distributed to non-farmers, which explains the failure of these projects; c) The settlers do not receive any type of advice or training to carry out agricultural activities in the area; d) "Grileiros" appear within the settlements themselves, buying other people's lots, which contingency the need for the Government, first, to put ordem in the house before acquiring new land for agrarian reform.

Editorial: Zanin em campanha para a Sabatina no Senado Federal.


No próximo dia 21 de junho o ex-advogado de Lula, Cristiano Zanin, será sabatinado pelo Senado Federal, depois de indicado pelo presidente Lula para ocupar uma das vagas no Supremo Tribunal Federal. Como o debate no país está bastante polarizado, a indicação de Zanin ao cargo, conforme já se previa, produziu um barulho enorme em alguns setores da sociedade, notadamente junto a uma mídia conservadora, que alegou quebra de alguns princípios que devem reger a gestão pública, como o da impessoalidade, por exemplo. 

Curioso que o critério só serviu de parâmetro para avaliar e criticar a indicação feita pelo presidente Lula, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou dois nomes muito próximo a ele e não ocorreu essa grita. Aqui, o pau que bate em Chico não é o mesmo que bate em Francisco. Vencida tais resistências, o advogado Cristiano Zanin está em plena campanha para angariar votos na sabatina do Senado Federal, consolidando a sua indicação à Suprema Corte, em encontros com evangélicos, percorrendo os corredores do Congresso Nacional, sempre em busca de apoios. 

Segundo informações dos escaninhos da política, a base aliada mais próxima ao morubixaba petista aprovou, por unanimidade, o nome de Zanin. Ele também alcançou uma excelente impressão nas hostes evangélicas, arrancando elogios até de um bolsonarista roxo, como o pastor Silas Malafaia. Em tempos normais, a sabatina do Senado Federal seria apenas uma formalidade. Como não estamos em "tempos normais", o debate promete esquentar, uma vez que a oposição não precisa de grandes motivos para criar embaraços para o Governo Lula.    

Editorial: A vida miserável nos assentamentos de reforma agrária



Os debates são sempre muito acirrados durante as sessões da CPI do MST. A oposição tornou-se hegemônica na condução dos trabalhos e há uma predisposição inerente em criar embaraços para o Governo, a partir das conclusões dos relatórios, que, segundo os governistas, já estaria pronto. Na sessão de ontem, que tivemos a oportunidade de acompanhar, no entanto, ocorreu um momento, digamos assim, "didático". As oitivas já começaram e desta vez esteve presente Francisco Graziano Neto, um especialista em regorma agrária, com doutorado concluído pea Fundação Getúlio Vargas e larga experiência no assunto, inclusive como ex-gestor do INCRA, salvo melhor juízo, no Governo de Fernando Henrique Cardoso.  

Francisco Neto deu uma verdadeira aula sobre o tema, dissipando dúvidas e, mais importante, mostrando os vários problemas relativos a essa questão no país. Problemas que, aliás, vão muito além das ideologias, que contribuem, isso sim, para turvar essas discussões. Os gargalos são imensos. Começa pela ausência de dados e informações confiáveis, produzidas por censos oficiais, sobre os números da reforma agrária no Brasil. Os dados disponíveis são obtidos através de forma pontual, através da realização de pesqusias acadêmicas. São informações até certo ponto confiáveis, mas, como afirmamos antes, não são dados agregados. 

Depois, concretamente, segundo o pesquisador, estamos diante de um rosário de problemas, que tornam a vida dos assentados em uma vida "miserável". Vamos a alguns deles: a)Há um número expressivo de fraudes na aquisição desses lotes, ou seja, são contempladas pessoas que, em tese, não atenderiam ao perfil desejável. Há, inclusive, um grande número de funcionários públicos; b)Por vezes, tais assentamentos são estabelecidos em zonas sem nenhuma vocação agrícola, com lotes distribuídos a não agricultores, o que explica o malogro desses projetos; c) Os assentados não recebem qualquer tipo de assessoramento ou treinamento para tocaram as atividades agrícolas no local; d) Surgem "grileiros" dentro dos próprios assentamentos, comprando os lotes alheios, o que contingencia a necessidade de o Governo, primeiro, colocar ordem na casa antes de adquirir novas terras para reforma agrária.          

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


terça-feira, 13 de junho de 2023

Editorial: CPMI dos Atos Golpistas confirma lista de convocados.

 


Esta é uma CPIM onde o Governo ainda mantém um certo controle da situação. Há uma grita generalizada da oposição, mas isso faz parte do jogo. Trata-se da questão da correlação de forças. Por outro lado, a CPI do MST, por exemplo, é flagosamente controlada pela oposição, o que deve representar muitas dores de cabeça para o Governo. As Bancadas do Agro, da Bala e da Bíblia dão as cartas naquela comissão, onde o Governo é minoritário. Na CPMI dos Atos Golpistas, estão convocados os generais Braga Netto, Augusto Heleno, o ex-Ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ajudande de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. 

Não sabemos como será o comportamento do general Augusto Heleno na CPMI, mas chegamos a acompanhar o seu depoimento na CPI distrital, tratando do mesmo assunto, comandada pelo Deputado Chico Vigilante. Não ficamos satisfeitos. Ora ele minimizou alguns atos e falas, ora foi evasivo. O único momento positivo foi quando ele se referiu à estrutura e atribuições do Gabinete de Segurança Institucional, gigantismo que  surpreendeu a este editor.

Daí se entender porque seria tão complicada a sua extinção pura e simples. O general Augusto Heleno estava acompanhado de um advogado que fez pouca ou nenhuma intervenção durante a sessão. Certamente fez bem o dever de casa, orientando corretamente o seu cliente, sobre como se sair das perguntas embaraçosas.   

Publisher: Hot weather at the cpmi session of the coup acts



Hot weather at today's session, the 13th, of the CPMI on Coup Acts on January 8th. The arm wrestling between Government and opposition takes place around the work plan presented by the rapporteur, senator Eliziane Gama, from PSD of Maranhão. It is possible that, after today's vote, we will be able to follow the first hearings. It was leaking through social networks that the first to be heard would be the former assistant of former President Jair Bolsonaro, Colonel Mauro Cid.

This fact would have already been discarded by the President of the Commission, Arthur Maia. There is, so far, no name defined for the first hearing, which recommends us to be even more careful in relation to this fake news. The other day, there was information involving the Minister of Justice and Public Security, Flávio Dino, in the sense that censorship was expected and even an eventual arrest of the singer Roger Wagers, during his tour in Brazil. The minister immediately tried to deny it, but the damage was already done and very well exploited by the Bolsonarist hordes.

There is even a hypothesis that they have "planted" such information, which would not be improbable. It is part of this vile and abject game that the country has come to face in these bitter times, where the lie has come to be used as a political expedient, with the purpose of provoking the social deaths of the disaffected, opening the way for the authoritarian and fascist carriage to transit without obstacles .

Editorial: Clima quente na sessão da CPMI dos Atos Golpistas.



Clima quente na sessão de hoje, dia 13,da CPMI dos Atos Golpistas do dia 08 de janeiro. A queda de braço entre Governo e oposição se dá em torno do plano de trabalho apresentado pela relatora, a senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão. É possível que, após a votação do dia de hoje, possamos acompanhar as primeiras oitivas. Andou vazando pelas redes sociais que o primeiro a ser ouvido seria o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o coronel Mauro Cid. 

Este fato já teria sido descartado pelo Presidente da Comissão, Arthur Maia. Não existe, até o momento, nenhum nome definido para a primeira oitiva, o que nos recomenda acercar-se, ainda mais, de cuidados em relação a essas fake news. Outro dia, foi a informação envolvendo o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, no sentido de que se previa uma censura e até uma eventual prisão do cantor Roger Wagers, quando de sua turnê no Brasil. O ministro tratou, de imediato, de fazer o desmentido, mas o estrago já estava feito e muito bem explorado pelas hordas bolsonaristas. 

Existe, até mesmo, a hipótese de eles terem "plantado" tal informação, o que não seria improvável. Faz parte desse jogo torpe e abjeto que o país passou a enfrentar nesses tempos bicudos, onde a mentira passou a ser utlizada como expediente político, com o propósito de provocar as mortes sociais dos desafetos, abrindo caminho para a carruagem autoritária e fascista transitar sem obstáculos.   

Charge! Quinho via Twitter

 


Publisher: Luiza Trajano: There will be a lot of broken people



In the past, the objective of the socialists was the storming of the Bastille. In current times, without a doubt, the objective would be to take the Central Bank by storm, although it was not known very well what they would do once they were inside. The central banks function, today, as an impregnable fortress of the interests of capital, hence the symbolism proposed by the English Marxist geographer, David Harvey, when discussing the changes in the capitalist mode of production in the present day.

Pedagogical and consistent, Harvey warns about what it would be like, nowadays, to build an alternative to capitalism. If we remove the iPhone and computers, for example, it would not be surprising if people asked for the regime to return. In fact, the interest charged by the Central Bank strangles some sectors of the economy, as suggested by businesswoman Luíza Trajano, in a recent event, in the presence of the Central Bank of Brazil, Campos Neto: "There will be a lot of people broke".

As the Bank has autonomy, the Lula Government's negotiations in the sense of proposing the fall of these interest rates, which favor, above all, speculative capital, became useless. At an average of over 13%, the Central Bank's interest rates are one of the highest in the world, creating problems for some sectors of the economy. In this sense, proceeds the warning of businesswoman Luíza Trajano.

Editorial: Luíza Trajano: "Vai ter muita gente quebrada".

 


No passado, o objetivo dos socialistas já foi a tomada da Bastilha. Nos tempos atuais, sem dúvida, o objetivo seria tomar de assalto o Banco Central, embora não se soubesse muito bem o que eles fariam quando estivessem lá dentro. Os bancos cetrais, funcionam, hoje, como uma fortaleza inexpugnável dos interesses do capital, daí o simbolismo proposto pelo geógrafo marxista inglês, David Harvey, ao discutir as mudanças no modo de produção capitalista nos dias atuais. 

Pedagógico e consequente, Harvey adverte sobre como seria, nos dias atuais, uma eventual construção de uma alternativa ao capitalismo. Se tirarmos os Iphone e os computadores, por exemplo, não surpreenderia se as pessoas pedissem a volta do regime. De fato, os juros praticados pelo Banco Central estrangula alguns setores da economia, como sugeriu a empresária Luiza Trajano, em evento recente, na presença do Banco Central do Brasil, Campos Neto: "Vai ter muita gente quebrada". 

Como o Banco possui autonomia, tornaram-se inúteis as negociações do Governo Lula no sentido de propor a queda dessas taxas de juros que, favorecem, sobretudo o capital especulativo. Numa média acima de 13%, as taxas de juros do Banco Central configura-se como uma das maiores do mundo, criando problemas para alguns setores da economia. Neste sentido, procede a advertência da empresária Luíza Trajano.      

Editorial: Segundo Lira, indefinição de Lula sobre reeleição atrapalha o Governo.


Embora as eleições presidenciais ainda estejam distantes, não há duvidas de que já existem muitas movimentações políticas em torno do assunto, inclusive entre naquela nucleação política que transita em torno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alguém já sugeriu que, se Lula anunciasse que seria candidato à reeleição - mesmo em se tratando de um blefe - poderia serenar tais aspirações no contexto de sua base e, com isso, minimizar os níveis de escaramuças já existente em seu núcleo duro, proporcionando maior fluidez ao seu Governo. 

Curiosamente, hoje um dos nomes mais desgastados da constelação lulista é o um dos principais competidores pela disputa da unção do morubixaba petista. O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fez um comentário tratando deste assunto, seguindo a mesma linha de raciocício, mas, certamente, movido por interesses distintos. Não acreditamos que ele esteja preocupado com o êxito do Governo Lula. É mais sensato acreditar que tal informação seja muito útil,sim, para os planos da oposição para as próximas eleições presidenciais.Uma coisa seria concorrer com Lula. Outra, bem diferente, seria concorrer com um preposto indicado por ele. 

Num clima muito tenso, Lula precisa tomar algums decisões sobre mudanças em seu ministério, antes de votações importantes, onde o Governo precisa contar com os votos do União Brasil. Os problemas de articulação se avolumam e não estão relacionados unicamente a tal indefinição de Lula, embora ela pudesse ajudar, como sugere Arthur Lira. O Presidente Nacional do União Brasil, Luciano Bivar, terá uma conversa com Lula para a definição de nomes - e principalmente conduta - do partido durante essas próximas votações. Na realidade, eles colocaram uma faca no pescoço de Lula.   

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 12 de junho de 2023

Editorial: O impasse da demissão de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo.


A cabeça de Daniela Carneiro, Ministra do Turismo, já foi solicitada a Lula pelos caciques do União Brasil. A indisposição do partido com ela, em alguns sentidos, parece ser ainda maior do que com o maranhense Juscelino Filho, Ministro das Comunicações outro ministro lastreado pela legenda. Lastreado em termos, uma vez que ele não exerce a menor influência sobre o comportamento dos parlamentares da legenda durante as votações no Congresso. Daniela Carneiro sugere que pretende mudar de partido, mas isso ainda não se materializou. 

Tampouco se sabe se os caciques dessa nova legenda bancariam sua permanência do cargo, uma vez que, provavelmente, eles teriam outros nomes a indicar para compor o Governo.  Lula terá um encontro com o esposo de Daniela Carneiro, Waguinho, prefeito de Belford Roxo, município da baixada fluminense, um dos poucos onde o petista encontrou apoio político nas últimas eleições. Um apoio que ficou muito caro a Waguinho, segundo ele confidenciou em entrevista à bancada da Globo News, em entrevista recente. 

Segundo comenta-se nos escaninhos, Lula está disposto a oferecer algumas compensações a Waguinho, mas daí a ele ficar satisfeito é outra conversa. Os caciques nacionais da legenda desejam o afastamento de Daniela da Esplanada dos Ministérios, mas o PT do Rio de Janeiro acaba de emitir uma nota sugerindo que ela permaneça no cargo, abrindo mais uma frente de dificuldades na definição desse impasse.  

Editorial: Nesta semana, as CPI's retomam os trabalhos.



O empresário Tony Garcia já andou sugerindo a criação de uma CPI sobre a Operação Lava Jato. Os fatos que vieram a público sobre os estertores da República de Curitiba sugerem,sim, uma CPI. O problema é que já estamos numa inflação de CPI's, algumas delas até menos relevantes do que uma eventual CPI sobre a Lava Jato, mas já foram devidamente homologadas. Fica a dica e a sugestão do ex-delator, que trouxe informações importantes sobre a sua trágica experiência com os artífices daquela operação. Como se sabe, existem outras denúncias bombásticas, conforme observação do próprio Ministro dos Direitos Humanos do Governo Lula, que seria bom que fossem passadas a limpo. 

Por enquanto, as CPI's mais quentes são a do MST e a dos atos golpistas do dia 08 de janeiro. A do MST está hegemonizada pela bancada ruralista e da bala ou segurança pública. Delegados, generais, tenentes-coronéis, capitães são comuns no recinto. Não à toa, brincamos sempre por aqui que convém, além da pipoca, reservar um colete à prova de balas, pois as discussões são acirradas. Não perderia por nada a presença do líder dos sem-terra, João Pedro Stédile nessa comissão. A defesa do ex-Ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, pediu adiamento de sua presença em audiência na comissão dos atos golpistas. Ele ainda não se encontra em condições psicológicas adequadas para se apresentar na comissão.

Uma minirreforma no ministério, como se imagina que o Governo Lula irá proceder, talvez não seja suficiente para apagar o incêndio e o ímpeto da oposição. Eles estão aplicando um torniquete político no Governo, de consequências preocupantes. Não é apenas um morde e afaga. É, tão somente, um morde.   

Publisher: Sílvio Almeida: Lava Jato as judicial corruption



Operation Lava Jato's degree of disrepute has reached a stage where it is suggested that there is no going back. Even the actors who are being chosen to carry on with such an operation, today, observe the need to proceed with a reorientation of course, correcting the mistakes of the past. The indispositions with Judge Eduardo Appio, appointed to this thorny mission, may have their origin in his intention to correct them. A STF minister has already carried out an X-ray of what actually happened in the so-called Republic of Curitiba, praying that such episodes do not occur again in the country.

Putting together all the pieces of this perverse gear, the Minister of Human Rights, of the Lula Government, Sílvio Almeida, spoke out on the subject, pointing out a case of judicial corruption, indicating the need to punish those responsible. As we have stated here on other occasions, the plot of Lava Jato is worthy of the best crime novels by the Belgian writer, Georges Simenon. He, who wrote a novel in 13 days, would find there the necessary ingredients for another production. It has everything.

We'll leave the details to Tonis and Taclas, who are being summoned to public hearings in the Legislative, where they should have a space to speak to Brazilian society about the death throes of the Republic of Curitiba, which was presented, in principle, as an operation which, finally, would put big fish, involved in maracatais with public resources in the country, in jail. In a country with high levels of corruption like ours, such a narrative naturally excited a significant number of Brazilian men and women. Someone has already proposed a CPI on the case. It would be reasonable and welcome if we weren't faced with so many political pineapples to peel already in transit. Congratulations to Minister Sílvio Almeida. Such a placement is in good time, mainly due to the place of speech he occupies.

Editorial: A minirreforma ministerial de Lula

crédito da foto: Divulgação


Depois de passar o feriado de Corpus Christi na Base Naval de Aratu, na Bahia, o presidente Lula está de volta à capital federal, presume-se, disposto a descascar o abacaxi político de uma minirreforma ministerial, provocada, sobretudo, pela necessidade de acomodação de alguns atores políticos na máquina, o que, em tese, poderá proporcionar uma paz momentânea aos seus problemas de articulação política com o Poder Legislativo, leia-se, Arthur Lira. Tais problemas chegaram a um nível de tamanha complexidade que, segundo alguns analistas, muito dificilmente, essa minirreforma ministerial poderá trazer um momento de trégua duradoura entre Executivo e Legislativo. 

Não seria improvável que esses pessimistas estejam fazendo uma previsão acertada. O ponto mais nevrálgico são os nomes indicados pelo União Brasil ao Governo. Em tese, não são nomes que contam com o aval do partido. Por outro, numa primeira conversa, Lula teria poupado um deles exatamente para evitar rusgas com a agremiação. O caboclo é quantomais (assim mesmo). Continuou com os mesmos procedimentos incoerentes com as boas práticas que devem reger a administração pública. 

Segundo comenta-se nos escaninhos de Brasília, Lira pretende indicar nomes de partidos como o Progressistas e o Republicanos. Na realidade, não são nomes de partidos, mas nomes de Lira, ou seja, atores estratégicos para os seus objetivos de manter o controle sobre a Presidência da Câmara dos Deputados, nas eleições de 2025, quando deverá deixar a presidência da Casa. Em meio a esse imbróglio, hoje o jornal Estado de São Paulo traz um editoral elogiando um aceno que Lula teria feito ao agro. Pelo menos uma notícia boa para o Planalto iniciar a semana.   

Charge! Zé da Silva via Twitter

 


Editorial: Sílvio Almeida: A Lava Jato como corrupção judicial.



O grau de descrédito da Operação Lava Jato chegou a um estágio onde sugere-se que não tem mais volta. Até os atores que estão sendo escalados para dar prosseguimento a tal operação, hoje, observam a necessidade de se proceder uma reorientação de rumo, corrigindo os equívocos do passado. As indisposições com o juiz Eduardo Appio, indicado para esta espinhosa missão, pode ter origem em sua intenção de corrigi-los. Um ministro do STF já procedeu uma radiografia do que ocorreu, de fato, na chamada República de Curitiba, rogando para que tais episódios não voltem a ocorrer no país. 

Juntando todas a peças dessa engrenagem perversa, o Minitro dos Direitos Humanos, do Governo Lula, Sílvio Almeida, se manifestou sobre o assunto, apontando ali um caso de corrupção judicial, indicando a necessidade de punição aos responsáveis. Como já afirmamos por aqui em outras ocasiões, o enredo da Lava Jato é digno dos melhores romances policiais do escritor Belga, Georges Simenon. Ele, que escrevia um romance em 13 dias, encontraria ali os ingredientes necessários para mais uma produção. Tem de tudo.   

Vamos deixar os detalhes para os Tonis e Taclas, que estãos sendo convocados para audiências públicas no Legislativo, onde deverão ter um espaço para se pronunciarem para a sociedade brasilera sobre os estertores da República de Curitiba, que foi apresentada, em princípio, como uma operação que, finalmente, iria colocar peixes graúdos, envolvidos em maracutais com recursos públicos no país, na cadeia. Num país com altos níveis de corrupção como o nosso, tal narrativa, naturalmente, empolgou um expressivo contingente de brasileiros e brasileiras. Alguém já propôs uma CPI sobre o caso. Seria razoável e bem-vinda, não estivéssemos diante de tantos abacaxis políticos para descascar já em trânsito. Parabéns ao ministro Sílvio Almeida. Em boa hora tal colocação, principalmente pelo lugar de fala que ele ocupa.   

Charge! João Montanaro Via Folha de São Paulo

 


domingo, 11 de junho de 2023

Charge! Via Twitter

 


Publisher: Minister Flávio Dino's overexposure



If it depends on the will of the opposition, the Minister of Justice and Public Security, Flávio Dino, will continue with high exposure rates, something that has been causing some discomfort in the Lula government. And such exposure is not restricted to the Legislature. In fact, Flávio Dino is the most exposed minister in the Lula government, including through social networks. Since yesterday, he occupies the first place in Trending Topic's Twitter Brazil, after the controversy generated around fake news published about singer Roger Waters. Grinding opponents in the hearings in the Legislative and taking correct measures in the portfolio he commands, Flávio Dino took on a leading role that greatly pleased President Lula, who presented him as a model to be followed by other ministers.

Of democratic and republican convictions, with a wide experience in public life, Flávio Dino has already informed that he is willing to attend all calls of the Legislative Power, with the purpose of explaining the actions of his portfolio. He will go as many times as he is summoned. What happens, in reality, is that Flávio Dino commands a neuralgic portfolio, strategic in the scope of Bolsonarist intentions in the past (and in the future as well), such as measures related to access to carrying weapons and the regulation of social media, for example. 

We are achieving some civilizing advances in these areas, but the fact deeply displeases Bolsonaristas, who are now very well represented in the Legislature. It is no wonder that this editor prepares, in addition to popcorn, the vest to accompany the MST CPI hearings. That same Bolsonarist parliamentary base systematically puts pressure on the Lula government. They are extrapolating their role of legislating and wish to assume some functions inherent to the Executive Branch, weakening some ministries, as is already the case with the Environment and with that of Native Peoples. This arm wrestling with Minister Flávio Dino is not strange.

Editorial: Um alerta sobre a popularidade de Lula



A pergunta que deveria ser respondida pelo Governo Lula é se seria possível retomar o diálogo com os evangélicos e com os ruralistas em termos minimamente razoáveis, evitando desgastes polítcos desnecessários. Há quem informe que estaria faltando habilidade em Lula para retormar esse diálogo, com setotes estratégico do eleitorado e da economia, como o agro. Em razão do grau de acirramento dessas relações, não acreditamos ser possível a retomada desse diálogo em condições razoáveis. Eles não querem conversar com Lula. Eles desejam, na realidade, derrubar Lula. Em tempos idos, a qeustão se resumia em saber se Lula era ou não ateu. Em tempos atuais, o Governo precisa saber como lidar com o fenômeno do narcopentecostalismo.  

Como adverte o filósofo francês Pierre Dardod, na medida em que os setores progressitas cedem para a direita, eles sempre vão querer mais. Essas teses de conciliação e concertação não se efetivam sem prejuízos para os avanços do campo progressista. No Chile, chegará um momento em que Boric não terá mais para onde recuar. A indisposição do agro e dos evangélicos com o Governo Lula, hoje, se dá em bases muito mais complexas. 

Mesmo em redutos petistas tradicionais, como o Nordeste, Lula tem sido vaiado em encontros com esses setores, como ocorreu recentemente na Bahia. E, por falar em Nordeste, a pesquisa recente de popularidade divulgada pelo IPEC, aponta que Lula perdeu popularidade neste região do país,o que deve acender a luz amarela no Palácio do Planalto.  

Editorial: A superexposição do ministro Flávio Dino



Se depender da vontade da oposição, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, continuará com altas taxas de exposição, algo que vem provocando alguns desconfortos no Governo Lula. E tal exposição não se restringe ao Legislativo. Na realidade, Flávio Dino é o ministro mais exposto do Governo Lula, inclusive pelas redes socais. Desde de ontem que ele ocupa o primeiro lugar no Trending Topic's Twitter Brasil, depois da polêmica gerada em torno de uma fake news divulgada sobre o cantot Roger Waters. Moendo opositores nas audiências no Legislativo e tomando medidas acertadas na pasta que comanda, Flávio Dino assumiu um protagonismo que agradou bastante ao presidente Lula, que o apresentou como um modelo a ser seguido pelos demais ministros. 

De convicções democráticas e republicanas, com uma larga experiência na vida pública, Flávio Dino já informou que se dispõe a comparecer a todas as convocações do Poder Legislativo, com o propósito de explicar as ações de sua pasta. Irá quantas vezes vier a ser convocado. O que acontece, na realidade, é que Flávio Dino comanda uma pasta nevrálgica, estratégica no escopo das pretenções bolsonaristas no passado ( e no futuro também), como as medidas relativas ao acesso ao porte de armas e a regulação das mídias sociais, por exemplo. 

Estamos conquistando alguns avanços civilizatórios nessas áreas, mas o fato desagrada profundamente os bolsonaristas, hoje muito bem representados no Legislativo. Não é à toa que este editor prepara, além da pipoca, o colete para acompanhar as audiências da CPI do MST. Essa mesma base parlamentar bolsonarista faz pressão sistemática contra o Governo Lula. Estão extrapolando o seu papel de legislar e desejam assumir algumas funções inerentes ao Poder Executivo, fragilizando alguns ministérios, como já ocorre com o Meio Ambiente e com o de Povos Originários. Não estranha essa queda de braço com o ministro Flávio Dino.  

sábado, 10 de junho de 2023

Editorial: A polêmica em torno da fake news sobre a censura ou prisão de Roger Waters



No Brasil, as possoas estão fazendo questão de polemizarem em torno de praticamente todos os temas. São os chamados binômios, que produzem sempre raciocínios toscos, orientados ideologicamente por paixões, sem qualquer fundamentação mais consistente, não raro descolados da realidade. Assim tem sido em relação à apresentação do artista Roger Waters no Brasil. O cara é conhecido internacionalmente por combater patologias políticas em seus shows, a exemplo do Nazismo. O artista usa uniformes estravagantes, como aliás, em geral todos os artistas, inclusive um símbolo que se assemelha a uma eventual suástica. Apenas na forma. Não há nada a ver com o símbolo usado pelos Nazistas. 

Por isso estranhamos ao ler uma nota na coluna do jornalista Lauro Jardim, sugerindo que o Ministro da Justiça, Flávio Dino, havia comunidado a um ministro do STF que, se houvesse apologia do artista ao Nazismo no país ele poderia ser preso. Se trata de uma fake news, conforme nota posterior, do próprio Ministério da Justiça, desmentindo a informação. Lauro Jardim, naturalmente, num climão como este que estamos vivendo, está sendo massacrado pelas redes sociais, com ilações sobre os seus propósitos. Realmente, no contexto político atual, é preciso tomar todos os cuidados possíveis antes de divulgar qualquer informação. Até alguns temas estamos evitando abordar por aqui, com o propósito de não "melindrar" ou "soltar" a boiada.  

Hoje, as famosas "barrigas" de antigamente, podem ter várias implicações. O Lauro Jardim é um profissional sério. É preciso que sua credibilidade não seja abalada pela divulgação de uma informação que não procede, possivelmente induzido por alguma fonte que se equivocou, sem maiores consequências, sem que possamos concluir por algum complô da imprensa burguesa contra o Governo do PT.     

Editorial: O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Amanhã pode chover, João.



Recentemente, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), reuniu-se com os seus assessores mais próximos para comemorar os indicadores de uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, apontando uma excelente avaliação da população recifense à sua gestão. Com escore de 66,3% de bom é ótimo, João aparece como terceiro colocado neste ranking, abaixo apenas dos prefeitos de Salvador, Bruno Reis, com 68%, e do prefeito de Manaus, David Almeida, com 67,3%, mesmo assim, dentro da margem de erro do Instituto. Se as eleições para a Prefeitura do Recife fossem hoje, era dada como certa sua reeleição. As eleições serão em outubro de 2024 e há uma intensa movimentação no campo conservador em torno dessas eleições, com nomes já postos, dentro de uma estratégia de fortalecimento para as eleições presidenciais de 2026. 

Política, como ensinava a raposa mineira Magalhães Pinto, é como as nuvens. Até outubro muito coisa pode ocorrer, mas parece que o jovem prefeito vem adotando uma boa estratégia de "manejo político" da situação, colocando-o como uma ator competitivo em qualquer circunstância. João abriu um diálogo com amplos segmentos políticos do estado, afagando até mesmo a oposição, o que facilita bastante o seu trânsito, de um espectro a outro deste campo, habilitando-o a azeitar a sua gestão e estabelecer as mais distintas possibilidades de negociações e costuras aliancistas para 2024.   

Ns eleições municipais de 2020, João abriu uma rota de colisão com o PT, chegando a afirmar que o partido não participaria de sua gestão. Rusgas perfeitamente superadas, a julgar pelas articulações em torno da indicação de alguns nomes socialistas para ocuparem cargos na máquina federal, como Danilo Cabral, com o aval do morubixaba local da legenda petista. Neste arranjo, duas secretarias foram entregues ao PT. Danilo chegou a ser alertado, com uma nota da legenda socialista, sobre o envolvimento do prefeito do Recife no seu apadrinhamento. 

Amanhã pode chover e João Campos se deu conta de que é preciso se preparar para as chuvas e tempestades, sejam elas naturais ou produzidas pelas nuvens cinzentas da política. Seu trabalho junto aos canais, morros e encostas da periferia do Recife, com obras para evitar eventuais danos durante as chuvas, vem sendo muito elogiado. No caso do Recife, reside aqui um dos maiores desafios de qualquer gestão da cidade. Com a morte prematura do pai, o ex-governador Eduardo Campos, João foi pinçado, acidentalmente, para o campo da política. Não acreditamos que fossem esses os seus planos.

Quando decidiu que concorreria à Presidência da República, um sonho que acalentava desde os tempos de estudante universitário, o ex-governador Eduardo Campos promoveu uma verdadeira conciliação política no estado, criando uma espécie de eduardolização da política local. Conforme afirmamos em artigos escritos à epoca, Eduardo desejava um céu de brigadeiro quando partisse do Aeroporto Internacional dos Guararapes para Brasília, num comparativo entre o estado e a capital federal. Eduardo estabeleceu diálogo com os mais ferrenhos adversários do avô, Dr. Miguel Arraes, a exemplo do hoje senador licenciado Jarbas Vasconcelos. Como seu maior projeto político no momento é tornar-se governador nas eleições de 2026, o filho parace ter aprendido a lição deixada pelo pai. Amanhã pode chover, mas ele vem se preparando para enfrentar as tormentas. Inclusive a política.  


Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


Publisher: Memory of the future


This term, apparently contradictory, was used as the motto of the Feminist Movement in the so-called Chilean rebellion, bringing, in essence, two meanings. The expansion of a strictly feminist agenda to a transversal agenda of the Feminist Movement in that Latin American country, as well as building the proposal of a political agenda for the coming decades, preferably surpassing the scope of neoliberalism. Three major social movements stood out during that rebellion, among them the Feminist Movement, one of the most active.

From one of them, including the Student Movement, emerged the current President Gabriel Boric. As in Brazil, in Chile the political rope is very tight between conservative forces and progressive sectors of society. The French philosopher, Pierre Dardot, who closely followed those popular mobilizations, as he was teaching classes at Chilean universities during those episodes, today makes some critical considerations of the current president's stance, accusing him of systematic retreats in these clashes.

The professor's premise is that the more you give in to the right, they advance, never being satisfied. Brazil faces a very similar situation, with agribusiness grinding its gear against the Government of President Luiz Inácio Lula da Silva, sometimes infringing on defeats in important agendas in the Legislative, sometimes making a hell of a noise in CPI's under its control, as is the case of the MST's CPI. Things are so complicated that even parties or parliamentarians from the allied base, with positions in the machine, are supporting proposals to impeach President Lula. A relationship that had not been going well since the campaign, today it just gets complicated, producing political complications that the Government needs to be very aware of. As the professor warns, the right will never be satisfied. If the ruler retreats, they advance, as is happening in Chile.