O grau de descrédito da Operação Lava Jato chegou a um estágio onde sugere-se que não tem mais volta. Até os atores que estão sendo escalados para dar prosseguimento a tal operação, hoje, observam a necessidade de se proceder uma reorientação de rumo, corrigindo os equívocos do passado. As indisposições com o juiz Eduardo Appio, indicado para esta espinhosa missão, pode ter origem em sua intenção de corrigi-los. Um ministro do STF já procedeu uma radiografia do que ocorreu, de fato, na chamada República de Curitiba, rogando para que tais episódios não voltem a ocorrer no país.
Juntando todas a peças dessa engrenagem perversa, o Minitro dos Direitos Humanos, do Governo Lula, Sílvio Almeida, se manifestou sobre o assunto, apontando ali um caso de corrupção judicial, indicando a necessidade de punição aos responsáveis. Como já afirmamos por aqui em outras ocasiões, o enredo da Lava Jato é digno dos melhores romances policiais do escritor Belga, Georges Simenon. Ele, que escrevia um romance em 13 dias, encontraria ali os ingredientes necessários para mais uma produção. Tem de tudo.
Vamos deixar os detalhes para os Tonis e Taclas, que estãos sendo convocados para audiências públicas no Legislativo, onde deverão ter um espaço para se pronunciarem para a sociedade brasilera sobre os estertores da República de Curitiba, que foi apresentada, em princípio, como uma operação que, finalmente, iria colocar peixes graúdos, envolvidos em maracutais com recursos públicos no país, na cadeia. Num país com altos níveis de corrupção como o nosso, tal narrativa, naturalmente, empolgou um expressivo contingente de brasileiros e brasileiras. Alguém já propôs uma CPI sobre o caso. Seria razoável e bem-vinda, não estivéssemos diante de tantos abacaxis políticos para descascar já em trânsito. Parabéns ao ministro Sílvio Almeida. Em boa hora tal colocação, principalmente pelo lugar de fala que ele ocupa.
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