O empresário Tony Garcia já andou sugerindo a criação de uma CPI sobre a Operação Lava Jato. Os fatos que vieram a público sobre os estertores da República de Curitiba sugerem,sim, uma CPI. O problema é que já estamos numa inflação de CPI's, algumas delas até menos relevantes do que uma eventual CPI sobre a Lava Jato, mas já foram devidamente homologadas. Fica a dica e a sugestão do ex-delator, que trouxe informações importantes sobre a sua trágica experiência com os artífices daquela operação. Como se sabe, existem outras denúncias bombásticas, conforme observação do próprio Ministro dos Direitos Humanos do Governo Lula, que seria bom que fossem passadas a limpo.
Por enquanto, as CPI's mais quentes são a do MST e a dos atos golpistas do dia 08 de janeiro. A do MST está hegemonizada pela bancada ruralista e da bala ou segurança pública. Delegados, generais, tenentes-coronéis, capitães são comuns no recinto. Não à toa, brincamos sempre por aqui que convém, além da pipoca, reservar um colete à prova de balas, pois as discussões são acirradas. Não perderia por nada a presença do líder dos sem-terra, João Pedro Stédile nessa comissão. A defesa do ex-Ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, pediu adiamento de sua presença em audiência na comissão dos atos golpistas. Ele ainda não se encontra em condições psicológicas adequadas para se apresentar na comissão.
Uma minirreforma no ministério, como se imagina que o Governo Lula irá proceder, talvez não seja suficiente para apagar o incêndio e o ímpeto da oposição. Eles estão aplicando um torniquete político no Governo, de consequências preocupantes. Não é apenas um morde e afaga. É, tão somente, um morde.
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