Somente este ano a dengue já atingiu 2 milhões de brasileiros, dos quais 680 foram a óbito. São os maiores índices, de acordo com a série histórica que se realiza desde 2000. O Governo Lula enfrenta um gravíssimo problema por aqui, principalmente quando os levantamentos indicam que o Governo gastou menos do que o Governo Bolsonaro no enfrentamento dessa epidemia. Para completar o enredo nefasto, aponta-se para um recrudescimento da Covid-19, em sua variante mais grave, levando a óbito outros tantos brasileiros. Os números da Covid-19 não estão sendo divulgados, mas a situação também é crítica.
Este foi um dos temas mais nevrálgicos da última reunião ministerial do Governo Lula. Segundo dizem, sobrou sermões, choros e beijos de consolação. A questão da vacinação da população é bastante frágil, uma vez que não há vacina, exceto uma japonesa, em pequenas doses, muito mais compatível para uma população adolescente. A vacina que está sendo desenvolvida pela Fiocruz ainda está em fase de testes. Aqui abre-se uma avenida para as lapadas que o Governo vem enfrentando de setores da oposição mais radical, como os bolsonaristas, que não deixam de fazer suas comparações à época mais nebulosa da epidemia de Covid-19.
Uma porteira escancarada, em ano de eleição, o que é mais grave, e já acendeu a luz amarela no Planalto. Vamos admitir por aqui que alguma variável talvez tenha fugido ao controle do Ministério da Saúde em relação a esta epidemia da dengue. 47% da população brasileira também pensa assim, conforme pesquisa do Data Poder. Talvez ninguém apostou tanto na capacidade do mosquito em multiplicar-se. Fatore climáticos, como o excesso de chuvas, talvez tenha facilitado esta multiplicação, e, consequentemente, a ampliação do número de infectados.
Mas, vamos ser bem sinceros por aqui. A maior doença do Ministério da Saúde atende pelo nome de Centrão. Para esta praga a única cura são os bilhões que circulam no orçamento daquela pasta. Desde o início do Governo de Lula que a sua ministra, Nísia Trindade, não teve um único momento de paz, fustigada constantemente pelo assédio do grupo, que deseja ocupar a pasta a qualquer custo. Não se sabe muito bem o que virá pela frente, mas o morubixaba tem se mostrado perigosamente pragmático, a julgar pelo veto às manifestações de protestos de órgãos públicos por ocasião da passagem dos 60 anos do Golpe Civil-Militar de 1964.
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