pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Editorial: Raquel Lyra no PT?



É o que se especula aqui na província, depois de uma entrevista concedida pelo deputado estadual, João Paulo, do PT, onde ele admite que a gestora estará com o PT em seu projeto de reeleição em 2026. Seja filiada à própria legenda, seja numa coligação com o apoio do partido. Segundo um blog local, quem estaria patrocinando essa aproximação da tucana com o PT seria o próprio Ministro Chefe da Casa Civil, Rui Costa, que, quando esteve aqui na província inaugurando obras com recursos da União, não poupou elogios à gestora. 

Os tucanos, a nível nacional, estão em processo de discussão sobre uma eventual fusão ou formação de uma federação, onde o PSD de Gilberto Kassab integra as negociações. O PSD é o partido que mais tem se empenhado para filiar a gestora à sua legenda. Raquel Lyra Também deu demonstrações de simpatias com a proposta, ao prestigiar o partido na máquina estadual. Uma eventual federação ou fusão entre os tucanos e o PSD, em tese, facilitaria a decisão da gestora, que ficaria onde sempre esteve. Mas, política é como as nuvens, como ensinava a raposa Magalhães Pinto. 

A nível nacional, o PSD, fortalecido nas urnas, abre uma perspectiva de lançamento de uma candidatura própria à Presidência da República em 2026, como é o caso do governador Ratinho Junior, filiado à legenda. Gilberto Kassab já declarou que, hoje, a tendência não é a do partido apoiar o projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como bom enxadrista, se as nuvens mudam, mudam as jogadas e ele as acompanha. Kassab, no passado, já apostou em nomes que não se viabilizaram, como foi o caso do hoje Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. 

Aqui na província e no plano nacional, não há arestas da governadora com a legenda. O próprio João Paulo assinalou que o partido já poderia compor oficialmente a base aliada da governadora. Não seria um simples alianças. No plano federal, está em jogo o apoio ao nome de Lula como candidato à reeleição - ou, quem sabe, um projeto pessoal de Rui Costa como alternativa - já que ele é apontado como um dos nomes que almejam a unção do líder. No plano estadual, as negociações passam pela CNB - para desgosto de João Campos - onde a composição da chapa ao Senado Federal deverá ter o nome do senador Humberto Costa. 

Charge! Aroeira via Facebook.

 


Editorial: Real Time Big Data aponta favoritismo de João Campos numa eventual disputa em 2026.


As pesquisas que apontam intenções de voto para as eleições de 2026 já estão sendo divulgadas pelos institutos há algum tempo. Sob certos aspectos, 2026 é logo ali. Em Brasília, o morubixaba petista se movimenta no sentido de viabilizar o seu nome para aquele pleito, uma vez que não há outro nome no horizonte das forças do campo progressista. O próprio Lula criou um problema por aqui. No campo conservador e da direita o problema é o contrário, ou seja, há uma penca de nomes que estão se movimentando no sentido de assegurar o seu lugar ao sol do Planalto em 2026. No dia de ontem, 13, o Paraná Pesquisas divulgou uma pesquisa com a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro para a disputa, onde ele aparece com percentuais acima do petista, mas ainda dentro da margem de erro. O fato, naturalmente, atiçou as hordas bolsonaristas pelas redes sociais. 

Lula precisa superar uma corrida de obstáculos até viabilizar o seu nome para o pleito. Conforme afirmamos naquela postagem, as perspectivas hoje não são alvissareiras, pois a gestão enfrenta dificuldades em áreas sensíveis junto ao eleitorado. No somatório geral, a avaliação negativa do Governo Lula3 já supera a avaliação positiva. O Governo parece creditar ao mago Sidônio Palmeira, marqueteiro que assumiu a SECOM recentemente, o milagre da recuperação de imagem. Sidônio recebeu carta branca, está atuando junto aos ministérios, destravou verbas para a propaganda institucional, mas, apesar de ser baiano, não faz milagres, tampouco trouxe o nosso Senhor do Bonfim para assessorá-lo no órgão. 

Aqui em Pernambuco, as especulações continuam em torno de uma eventual participação no pleito de 2026 do atual prefeito do Recife, João Campos. Vamos nessas especulações até o prazo final de desincompatibilização do cargo. Sem confirmar ou negar nada, o prefeito se movimenta como quem não deixará o cavalo passar selado se houver alguma chance de se transferir do Palácio Capibaribe para o Palácio do Campo das Princesas, numa carreira política que pretende reproduzir a trajetória do pai. As malas já estão prontas. No dia de ontem foi divulgada uma pesquisa, realizada pelo Instituto Real Time Big Data, onde ele desponta com 69% das intenções de voto, enquanto a governadora Raquel Lyra, que disputará a reeleição, crava 22%. 

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Crônicas do Cotidiano: A Bica está em festa. É férias das crianças.



João Pessoa é realmente uma cidade abençoada, o que justifica sua posição privilegiada entre as principais capitais do país, seja como destino de um final de semana, de um período de férias, ou mesmo para curtir uma aposentadoria tranquila, depois de ter sobrevivido ao inferno das repartições. Só peço a vocês que não espalhem muito a notícia, uma vez que o fluxo de turistas ao local já está produzindo alguns gargalos no trânsito,  exploração do comércio nas barracas de praia, especulação no preço dos imóveis, assim como ciúmes entre os gestores das capitais vizinhas, a exemplo do futuro prefeito de Natal, que afirmou, durante o discurso de posse, que a nossa querida Jampa iria se tornar no curral da capital potiguar. 

Mas acho que podemos dar por aqui uma dicazinha sobre um local bastante agradável, bem cuidado, de natureza intocável e preservada, pertinho do centro e não tão distante das praias. O Parque Arruda Câmara, mais conhecido entre os pessoenses como a Bica, em razão de uma bica ali existente que, no passado, chegou a abastecer os moradores locais com água potável. João Pessoa atingiu um nível de civilidade que, independentemente de quem seja o gestor, se do partido A ou B, há algumas coisas que avançaram e a população não permite retorno, como a limpeza da cidade, o cuidado com o patrimônio histórico, a poluição das praias centrais e os seus espaços de lazer. A Bica sempre foi muito bem cuidada e gerenciada. 

Nossa família foi muito feliz por ali. Acordávamos num dia ensolarado ou meio chuvoso desses janeiros - uma chuvinha que não atrapalhasse, do tipo garoa, admitamos, sempre era bem-vinda - e nos dirigíamos ao local. Logo no início, na antiga entrada do parque, um Ipê roxo florido nas aguardava, dando as boas-vindas. Depois de participarmos das recreações, seguíamos por uma trilha de mata atlântica e águas cristalinas, para a outra margem do parque, onde comíamos um pastel de carne com refrigerante, sem remorso,  e tomávamos o melhor sorvete do mundo, aquele artesanal que, segundo seu Zé, vinha lá de Pilar, a terra do escritor José Lins do Rego. 

Ao longo dos anos que frequentávamos o parque, sentimos a ausência de seu Zé. O produto passara a ser comercializado pelo seu neto. Andávamos considerando alguma coisa estranha com ele. O sorvete era oferecido em vários sabores, mas ele servia aleatoriamente, talvez não identificando os sabores solicitados pelos clientes. O neto nos informou que, numa dessas saída para vender o produto ele não conseguiu voltar para casa. Foi encontrado por alguém que o reconheceu, pois havia trabalhado com ele numa empresa local. Infelizmente, era um problema de demência ou Alzheimer, que um chargista já identificou como algo pior do que a morte. Outra coisa que nos enchiam os olhos de contentamento era contemplar a beleza da planta abricó de macaco, de origem amazônica, que, durante a florada é admirável. As coisas boas da vida são até simples, Rubem Braga.  

Editorial: Ainda quentinha, pesquisa do Paraná Pesquisas aponta empate técnico entre Lula e Bolsonaro.

 



Acabou de sair do forno a nova pesquisa de intenções de voto realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas sobre a disputa presidencial de 2026. Mesmo fora da disputa, uma vez que amarga uma condenação de inelegibilidade que se estende até 2030, para regozijo dos bolsonaristas, o capitão Bolsonaro aparece à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na realidade, estamos tratando aqui de um empate técnico entre ambos, com a variável da inelegibilidade que será muito improvável de ser revertida pelo sistema político, uma vez que o ex-presidente tornou-se um ator politico temerário para as instituições democráticas. 

Tornou-se tautológico comentar por aqui que o Governo Lula3 não atravessa uma boa fase. Vai mal em pontos nevrálgicos, como a comunicação, a articulação, a economia e a segurança pública. Creditam hoje o milagre da reversão da popularidade ao marqueteiro baiano, Sidônio Palmeira, quando se sabe, em princípio, que as coisas não são tão simples. As previsões sobre a área econômica, por exemplo, dependendo do olhar de alguns atores, não nos remetem a algum otimismo. O espectro do dragão anda rondando as gôndolas dos supermercados, remarcando preços de alguns itens básicos, a exemplo do café, que tem registrado aumentos expressivos. 

Se o empresário Pablo Marçal entrar no jogo da corrida empresarial o xadrez embaralha. Ele tem se movimentado neste sentido. Até mesmo grupos conservadores hoje tentam guardar uma distância regulamentar do ex-presidente. A pesquisa do Paraná Pesquisas foi realizada entre os dias 07 e 10 de janeiro, ouviu 2.018 pessoas, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e escore de confiabilidade de 95%. Eis os números: 

Jair Bolsonaro  37,3%  

Luiz Inácio Lula da Silva   34,4%

Ciro Gomes     11,7%

Ronaldo Caiado    5,4%

Hélder Barbalho   1,4%

Drops Político: João Campos será monitorado pelo G1.

 


O G1, o portal de notícias da Globo, anunciou que irá monitorar as ações do prefeito João Campos no Recife, baseado em suas promessas de campanha. Eles escolheram algumas dessas metas, como uma ponte entre os bairros do Cordeiro e Casa Forte, a ladeira da Cohab, três centros para tratamento de pessoas com autismo, além de 18 "promessas". Muito bem-vinda a iniciativa, uma vez que o próprio gestor anunciou recentemente que também irá monitorar os projetos de cada secretário, a começar pelo seu vice, o Victor Marques, para quem João pavimenta uma carreira política. 

Drops Político: A cruzada de Flávio Dino pela moralização das emendas parlamentares.


Merecedoras do reconhecimento dos cidadãos e cidadãs brasileiros as medidas adotadas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, no que concerne ao estabelecimento de regras claras e transparentes no tocante à liberação, finalidade, utilização e prestação de contas das emendas parlamentares. Em sua última decisão, o magistrado estipulou o prazo de trinta dias para os Governos Federal e Estadual conceberem regras que tornem tais processos minimamente mais republicanos. Se continuarem do jeito que estão, vamos chegar à conclusão que ele mesmo chegou, no finalzinho de ano, de que estamos no ápice da balbúrdia em relação ao orçamento público. O represetante da Transparência Internacional no país argumentou que o caso brasileiro se assemelha a uma institucionalização da ausência de transparência, o que é muito grave. 

Drops Político: Defesa de Jair Bolsonaro afirma que apresentará o convite para a posse de Trump.


Não é improvável que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha sido convidado para a posse do presidente americano, Donald Trump. Afinal, a família Bolsonaro mantém cordiais relações com o futuro presidente dos Estados Unidos. Depois do pedido do Ministro Alexandre de Moraes para que a defesa de Bolsonaro apresente o convite oficial a ele dirigido, a polêmica em torno do assunto tomou conta das redes sociais, antes mesmo de que o suposto documento seja, enfim, apresentado. Pelo andar da carruagem jurídica é possível concluir que, se o documento for apresentado, o passaporte pode ser liberado.  

Editorial: O Polêmico Washington Quaquá.


O deputado federal Washington Quaquá é o vice-presidente nacional do PT. Hoje corre o risco de perder o cargo e até de deixar a legenda, em razão de suas últimas declarações. O deputado faz declarações ou assume posicionamentos que, em alguns momentos, desagradam integrantes da legenda, como, por exemplo, no momento em que posou sorridente ao lado do também deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde do Governo Jair Bolsonaro. Salvo melhor juízo, o deputado posicionou-se também em relação às alianças tímidas da candidatura de Guilherme Boulos, em São Paulo, segundo ele determinante para a derrota do psolista. 

Na última dessas declarações, Washington Quaquá sugere acreditar numa eventual inocência dos irmãos Brasão em relação ao assassinato da vereadora Marielle Franco. Esta última foi o suficiente para o mundo desabar sob os seus pés. Primeiro a irmã de Marielle Franco, Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial, entrou com uma ação no Conselho de Ética da legenda contra o deputado. Agora surgiram declarações de integrantes do partido advogando a tese de que o deputado deve ser expulso do PT. A situação do deputado tornou-se difícil entre os petista. 

Intriga saber baseado em que o deputado teria feito essas eventuais declarações, depois das profundas investigações envolvendo o assassinato da vereadora, inclusive com delação premiada do autor dos disparos, o ex-policial Ronnie Lessa. A investigação do caso, na realidade, ajudou também a revelar a teia de corrupção do aparato policial do Rio de Janeiro, onde pseudos agentes de Estado estiveram envolvidos na tramoia para acobertar os mandantes do crime. 

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 12 de janeiro de 2025

Crônicas do Cotidiano: E pulava que só uma guariba, Jakson do Pandeiro.



Faz algum tempo que não tomamos aquele café da manhã incomparável da região do brejo paraibano. Noutros tempos, quando ainda não havíamos nos recolhido aos aposentos - onde tudo que se deseja é ficar em paz, como observou Pepe Mujica, recentemente, alertando que não gostaria de ser mais incomodado - não era incomum circularmos pela região, com paradas obrigatórias em Serraria e em Alagoa Grande, a terra do grande Jackson do Pandeiro, onde fazíamos o repasto da culinária nordestina, acompanhado, inevitavelmente, por uma cachaça artesanal produzida por um dos engenhos locais. As boas coisas da vida, como diria o saudoso cronista, Rubem Braga. Aliás, hoje ali se produzem as melhores cachaças artesanais do país. 

Nos tempos do comendador Arnaldo, fazíamos o nosso próprio Caminho do Frio, subvertendo o percurso estabelecido pelos organizadores do evento. Arnaldo conhece a região como a palma da mão, dos tempos em que tirava folga - fugia seria o termo mais apropriado? - das redações dos jornais da capital João Pessoa e se embrenhava nas aventuras do brejo. E, por falar em recolhimento, Arnaldo hoje passa seus dias num chalé, em Bananeiras, comendo seus filés de camarão de água doce. Quem precisa das ovas de esturjão para ser feliz? Filosofa o líder da confraria.   

O grupo, ao seu modo, fez muitas gestões para que, finalmente, fosse erguido um memorial em homenagem ao grande cantor nordestino, em sua cidade natal. Outro dia, acompanhado um desses vídeos que viralizam nas redes sociais, observemos uma mulher que pulava que só uma guariba, Jackson. Não se explica o motivo, mas várias mulheres resolvem partir para cima de uma delas, que se defendeu como podia. A mulher era escorregadia e tinha uma técnica de luta capaz de deixar seus adversários desconsertados. 

Não tanto pelos golpes, mas por sua facilidade em livrar-se das investidas, posicionando-se com o corpo agachado, derrubando suas adversárias, correndo e pulando para um lado e para outro, despistando os agressores. Concluímos que o fato pode ter ocorrido no Paraná, uma vez que o vídeo foi reproduzi por uma rádio do estado, mas bem que poderia ter ocorrido com alguma guariba paraibana. Para completar o enredo, enquanto a luta rolava, tocava uma música ao fundo. Era outra música, mas bem que poderia ser a Comadre Sebastiana. A letra da música, do compositor pernambucano Rosil Cavalcanti,  tornou-se um marco na carreira do paraibano. 

Drops Político: Lira para a articulação política?


A política tem alguns movimentos curiosíssimos e aparentemente contraditórios. Haveria um movimento da bancada do PT na Câmara dos Deputados no sentido de fazer gestão junto a Lula para conseguir um ministério palaciano para o quase ex-presidente da Casa, Arthur Lira. A conclusão dos parlamentares é que, na condição de deputado, grande articulador que é, Lira poderia representar uma dor de cabeça para a aprovação de projetos de interesse do Governo. Ocupando um ministério, sua capacidade de interferir no andamento dos trabalhos da Casa seriam reduzidas. Por que não a articulação política? 

Charge! Renato Aroeira via Brasil 247.

 


Editorial: Planalto tem pressa. Popularidade de Lula despenca.


A popularidade do Governo Lula3 chegou ao seu pior índice, segundo pesquisa recente realizada pelo Instituto Atlas\Intel. Como se chegou a conclusão que os problemas de comunicação exercem um papel determinante sobre essa popularidade, anteciparam até mesmo a posse do novo homem forte da comunicação do Governo, o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira, que assume a SECOM, em substituição a Paulo Pimenta. A pesquisa do Atlas\Intel evidenciam que os índices negativos são superiores aos positivos pela primeira vez. 49,8% e 47,8%.

Quando dava empate técnico a situação já não era confortável. Agora, então... Sidônio terá uma missão espinhosa pela frente, uma vez membros do Governo vivem batendo cabeça, prometendo talvez o que não possam cumprir, a julgar pelo andar das carruagem política e econômica. O Ministro Fernando Haddad, por exemplo, aventou recentemente que até poderemos comer filé mignon em 2026. No início do Governo Lula3 a tal da picanha tornou-se motivo de chacotas entre os opositores do governo. Se a economia não se recuperar, poderá ocorrer o mesmo em relação ao filé mignon, dando mais munição para o desgaste de imagem. 

A SECOM, em si, precisa resolver alguns problemas, como a questão das licitações - que mereceram um olhar mais atento do TCU, mas foram, finalmente, liberadas - muita gente temperando o caruru, assim como a questão da equidade ou equilíbrio na distribuição das verbas publicitárias, assunto que tem produzido muitos ruídos. Em breve saberemos se Sidônio irá criar as peças e campanhas capazes de reverter tal situação. Ele teria recebido carta branca para atuar, inclusive, sobre os demais ministérios do Governo. 

sábado, 11 de janeiro de 2025

Crônicas do Cotidiano: É fake o filé mignon em 2026?



Os trambiqueiros estão utilizando a tal da inteligência artificial para aplicarem golpes. São recorrentes hoje os vídeos com propaganda enganosa, oferecendo os mais diversos produtos a preços módicos, anunciados por estrelas nacionais. Convém tomar todos os cuidados com os golpes, mas também com a própria inteligência artificial. Estamos realizando um curso excepcional sobre o tema, onde os professores estão remontando as origens recônditas desse troço que, não raro, nos prega algumas peças. Alguém já a acusou de plágio e, para a nossa surpresa, realizando uma pesquisa sobre o escritor José Lins do Rego, apareceu um livro novo, Sertão, que nunca foi escrito pelo romancista paraibano, embora a IA tenha sido generosa ao tratar de nosso primeiro romance, o Menino de Vila Operária. Quem quiser conferir, dê uma pesquisada por lá. 

Hoje, dia 11,  uma das redes sociais - cujo dono já havia informado que deixará de fazer as checagens - imaginem os senhores, neste inferno que se transformou aquele ambiente - acatando um pedido da Advocacia Geral da União, retirou um vídeo falso, onde o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala que irá cobrar impostos sobre os pets e as grávidas, produzindo uma verdadeira confusão entre os ouvintes. Vejam o tamanho da irresponsabilidade. Colocar palavras na boca de uma autoridade pública. O fato alvissareiro, a despeito da gravidade, é que isso ocorre agora, dois anos antes das eleições de 2026. Trata-se, no entanto de um expediente criminoso, que tende a se reproduzir. Salvo melhor juízo, o fato já ocorreu nas eleições passadas, na capital João Pessoa, mas não alcançou repercussão nacional, tampouco chamou a atenção para o problema. 

Segundo o próprio Ministro, a Polícia Federal teria sido acionada para investigar o caso. Ainda bem que a história do filé mignon em 2026 é verdadeira, pois traduz uma fala real do ministro durante uma entrevista, mas compete aqui fazer as devidas calibragens. O que ele disse é que os brasileiros  podem até comer filé mignon em 2026. A declaração do ministro ocorreu num momento de uma entrevista, onde ele enxergava a possibilidade de uma saída da crise econômica e, com a economia recuperada, o brasileiro comum poderia até dispor do produto em sua mesa. O filé mignon, portanto, não é fake. Acreditem, leitores. 

Drops Político: Alexandre de Moraes solicita o convite oficial a Bolsonaro.




Os advogados do ex-presidente solicitaram ao Supremo Tribunal Federal a liberação do passaporte para que o seu constituído possa acompanhar a posse do presidente norte-americano, Donald Trump. O Ministro Alexandre de Moraes tem uma missão espinhosa pela frente. Decidir se libera ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro para prestigiar a posse o amigo americano. Soubemos a pouco que o magistrado solicitou uma cópia do convite oficial, talvez num indicativo de que possa aquiescer ao pleito dos advogados de Bolsonaro.  

Editorial: O gerencialismo na gestão do prefeito João Campos.


O título inicial desta postagem seria:  E se Victor Marques for reprovado? A chamada faz alusão ao modelo de gestão que o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), está consolidando em sua gestão, tratado aqui, grosso modo, como gerencialismo, na ausência de um termo talvez mais apropriado. Victor Marques, vice-prefeito eleito e nomeado Secretário de Infraestrutura da Prefeitura da Cidade do Recife, será o primeiro auxiliar do prefeito a ser submetido a um processo gerencial onde se prevê o cumprimento de metas pré-estabelecidas, prazos determinados, resultados alcançados, coisas assim, da Ciência da Administração mais geral, aplicada, neste caso, à gestão pública. 

Para que os objetivos sejam alcançados, Victor Marques e os demais auxiliares do prefeito, em momentos distintos, serão monitorados segundo alguns parâmetros, conforme o próprio João, num modelo inspirado pelo pai, Eduardo Campos. De fato, há algumas questões a considerarmos aqui. Não sabemos se podemos classificar como de desconfiança o comportamento do ex-governador Eduardo Campos com os seus auxiliares políticos, mas ele tinha reticências  a este grupo. Em momento crucial, escolheu dois técnicos para conduzir os destinos dos Palácios Capibaribe e Campo das Princesas: Geraldo Júlio e Paulo Câmara. 

Outro dado é que, pelo menos no que concerne ao Pacto Pela Vida, o governador adotava os procedimentos agora proposto pelo filho, João Campos, ou seja, estabelecia metas, prazos e monitoramento dos resultados, premiando policiais e batalhões que conseguissem diminuir os índices de violência em suas áreas especificas de atuação. A governadora Raquel Lyra, depois de enorme resistência à expertise adquirida por um dos programas mais bem-sucedidos no enfrentamento da violência no estado, segundo matéria recente de um jornal local, irá bonificar os policiais ou batalhões que atingirem essas metas. 

Até recentemente, João Campos convidou o ex-vereador e candidato a prefeito de Olinda, Vinícius Castello, para assumir o cargo de Secretário Executivo de Infraestrutura. O convite gerou algumas polêmicas, talvez rusgas, porque, mesmo filiado ao PT e ligado ao grupo de Humberto Costa, o convite do prefeito foi pessoal e, possivelmente, mais focado em aspectos técnicos do que político. Victor tem missões na pasta e elas estão relacionadas à capilaridade do prefeito na região metropolitana do Recife. Caso o prefeito negociasse com a CNB ( Construindo um Novo Brasil) a indicação, tal nomeação poderia recair sobre um nome que não atendesse às suas expectativas, posto que o critério técnico talvez não entrasse entre as variáveis da escolha, que, certamente, ficaria subordinada a um nome com capital político na legenda.  

João Campos está esgarçando o gerencialismo em sua gestão, subordinando a política aos critérios técnico, o que não deixa de ter algumas implicações, como, por exemplo, nas definições de prioridades, na contemporização dos segmentos mais empobrecidos, coisas assim. Como não se pode perder de vista completamente essas questões políticas, coloquemo-nos na seguinte condição: E se Victor Marques for reprovado tecnicamente? 

Editorial: A linha de defesa de Jair Bolsonaro.


Está muito difícil fazer a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O próprio ex-presidente sabe disso, ao pedir uma anistia aos envolvidos no 08 de janeiro. A troca de advogados talvez não altera uma tendência de condenação quase irreversível. Deste vez, de novo advogado junto ao STF, o ex-mandatário do país irá adotar a linha de contestar as investigações ou conclusões encetadas pela Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe no país. Seria uma questão mais técnica, quando o componente político não pode ser desprezado. O general Braga Netto, que está preso em razão de, supostamente, ter participado das armações de caráter golpista, constituiu um advogado que, além do currículo impecável, possui trânsito junto ao Supremo Tribunal Federal, o que poderia, em tese, facilitar a defesa do constituído. 

A questão aqui é simples. Quando submetidos às agruras da lei, ao isolamento e a precariedade do nosso sistema prisional, valentões golpistas se tornam ilustres defensores das instituições democráticas. Simples assim. Até agora, entre os inúmeros arrolados na encrenca antidemocrática, ninguém admitiu abertamente que participou das tessituras golpistas. Vamos neste diapasão até às condenações inevitáveis. Segundo fomos informados, o pedido de liberação do ex-presidente para comparecer à posse do colega americano, Donald Trump, já teria sido protocolado no Supremo Tribunal Federal e deve ser analisado pelo Ministro Alexandre de Moraes, que terá que tomar uma decisão difícil em relação ao assunto. 

Tempos difíceis, sem querer assumir por aqui a condição de arautos do caos. A última lavra de problemas para as nossas instituições democráticas se constituem em eventuais preparação de atentados contra as nossas autoridades. Um cidadão se suicidou, outro foi preso a caminho da capital federal e, mais recentemente, a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal detectou o planejamento de mais um desses atentados, desta vez com a utilização de armamento pesado, como um fuzil.50, capaz de derrubar aeronaves. Um desses chegou a ser interceptado pela Polícia Rodoviária Federal, quando se dirigia a Pernambuco. Torçamos que essa onda de fuzil .50 não esteja se banalizando no país. 

Drops Político: Filé Mignon em 2026, Haddad? Será?



A economia brasileira não vai bem das pernas. Mantidas tais condições, a probabilidade é que entremos numa recessão a partir do segundo semestre. Um outro grave problema do Governo Lula3 ainda é a comunicação. Erros já foram cometidos acima das expectativas e continuam ocorrendo, como o mais recente, quando o presidente Lula, de improviso, acabou afirmando que os homens gostam mais das amantes do que das suas mulheres, produzindo um frisson no eleitorado feminino. Sidônio Palmeira terá muito trabalho pela frente. No passado, foi a tal picanha prometida, que, aliás, manteve-se ausente do prato do brasileiro comum, tendo que se virar mesmo com a tripa gaiteira. O ministro Fernando Haddad, mais recentemente, num excesso de otimismo, afirmou que, se tudo ocorrer bem, em 2026 poderemos estar comendo filé mignon. Pelo sim, pelo não, seria melhor não prometer aquilo que está difícil assegurar, oferecendo, na realidade, munição aos opositores que, em passado recente, fizeram chacota com a tal picanha.  

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo.

 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Crônicas do Cotidiano: Os caranguejos dos manguezais da PB-008.


Há poucos dias, por gentileza de um grande amigo, coisa rara hoje em dia, recebemos o arquivo de uma dissertação de mestrado que trata da comunidade Quilombola do Gurugi, na cidade do Conde, na Paraíba. Há na comunidade um museu de terra preta, que ainda conserva as velhas tradições arquitetônicas da época dos quilombos tradicionais, ou seja, a entidade funciona numa casa de pau a pique ou casa de taipa, como quiserem. Ao longo do texto, nos deparamos com alguns relatos dos moradores locais, entrevistados pelo pesquisador. Em determinado momento, eles fazem referência ao Rio Gramame, que corta a comunidade e encontra-se com o oceano numa enseada de tirar o fôlego. 

No passado,  bem distante por certo, suas águas eram tão transparentes que dava para se enxergar uma agulha no seu leito. Hoje, mesmo em áreas rurais, seria quase impossível encontrar um rio que guarde ainda essas  características. O Rio Gramame é um dos mananciais utilizados para o abastecimento de água da capital João Pessoa. Cidade que ainda preserva boa parte dos seus mananciais de florestas.  Neste sentido, a capital do estado vai muito bem obrigado. Quando um gestor público resolveu construir o manancial, logo disseram que a capital já tinha água demais. Hoje se vê o acerto da medida, uma vez que a segurança hídrica da capital é absoluta. 

No mês de Janeiro, que corresponde às férias das crianças, circulamos muito por aquelas bandas, onde as paradas para a compra de frutas nas inúmeras barracas da PB-008, são obrigatórias. Cajus, Mangabas, Manga Espada, Jacas, Seriguelas, a variedade é enorme. O período coincide também com outro espetáculo. É a época de reprodução dos guaiamuns e dos caranguejos uçás. Como a PB-008 corta o manguezal, de um lado e do outro, não é incomum encontrá-los fazendo a travessia para o ritual de acasalamento. Aquilo que seria um espetáculo da natureza, torna-se triste por dois motivos. Embora sob a proteção do período de defeso, alguns desses crustáceos são esmagados pelos carros que passam no local. Outros tantos são capturados pelos motoristas, que estacionam os seus carros no acostamento e enchem vasilhas com caranguejos e guaiamuns para saborearem com cerveja quando chegam aos seus destinos, numa das tantas praias do litoral sul do estado. Talvez fosse o caso de os órgãos de fiscalização ambiental apertarem o cerco naquele trecho

Editorial: A guerra aberta pelas redes sociais entre o campo progressista e a extrema direita.


A extrema direita já chegou à conclusão de que a batalha pela hegemonia nas redes sociais é estratégica para o seu projeto de poder. A premissa se aplica a gigantes como os Estados Unidos, assim como em outros países economicamente menos robustos, onde os "experimentos" desses grupos estão sendo testados, como é o caso do Brasil. Faz algum tempo que o Brasil se tornou um verdadeiro laboratório para essas experiências macabras, obscurantistas, conforme advertia o sociólogo Boaventura de Souza Santos. Hoje os grupos de direita que atuam nessas redes estão bem mais azeitados do que os perfis do campo progressista, no dizer do novo titular da pasta da Comunicação Institucional do Governo Lula, Sidônio Palmeira, talvez na era analógica. 

E, por falar na Secom, o TCU acaba de liberar uma licitação da ordem de R$ 200 milhões para a pasta, depois de retenção de propostas suspeitas. Não há dúvidas de que um montante expressivo desse valor será destinado à comunicação digital, aquela conduzida pelas redes sociais. Há uma preocupação acentuado do Governo Lula3 com este tema, uma vez que, desde a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2016, as redes sociais já cumpriram um papel estratégico e determinante no resultado do pleito. Não se sabe ainda - mas logo saberemos - o que se passa pela cabeça do novo nome da comunicação do Governo, mas espera-se que ele, ao menos, equilibre as forças do Governo Lula3 para o enfrentamento dessa batalha, de olho no pleito presidencial de 2026.  

Paralelamente a isso, o Governo reuniu seus ministros depois que o dono do Facebook e do Instagram informou que não mais ira utilizar as checagens. O PL das Fake News, que estava adormecido, voltou a ser discutido em caráter de urgência pelos membros do Governo Lula. Trata-se, no entanto, de um PL que não reúne grandes chances de aprovação, uma vez que já foi excomungado pela oposição, que o considera um instrumento para regular as redes sociais. 

Charge! Jaguar via Folha de São Paulo

 


Charge! Aroeira via Facebook.

 


Drops Político: João Paulo nega especulações em torno do seu nome para a Secretaria de Educação do Estado.



Negar especulações faz parte das manhas políticas, até para que as negociações não sejam atrapalhadas, mas, neste caso, estamos tratando de um político cuja coerência tem caracterizado a sua trajetória. O Jornal do Commércio traz uma matéria no dia de hoje, 10, informando que o deputado federal João Paulo, do PT, nega especulações em torno do seu nome para assumir a Secretaria de Educação do Governo de Pernambuco, depois da saída do titular, Alexandre Schneider. Por outro lado, o parlamentar defende com veemência que o PT deixe a oposição a governadora Raquel Lyra. Realmente não faz sentido tal oposição local, quando, nacionalmente, as relações são bastante cordiais. 

Drops Político: O candidato de Gilberto Kassab em 2026 é Ratinho Júnior.


Bom enxadrista político, o ex-prefeito de São Paulo e atual Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, não permite que o adversário conheça, com precisão, a sua próxima jogada. Tem sempre um trunfo no tabuleiro. O Planalto, segundo dizem, pretende estreitar os laços com a legenda, consoante a capilaridade política adquirida pelo partido nas últimas eleições presidenciais. Numa posição oposta, Kassab reitera que o nome pensado pelo partido para 2026 é o do governador do Paraná, Ratinho Júnior. Caso o nome não se viabilize, ele muda de estratégia no tabuleiro daquelas eleições, sempre se posicionando da melhor forma. Simples assim. 

Editorial: As sutilezas políticas por trás da saída do Secretário de Educação de Pernambuco.


Política é como as nuvens, conforme ensinava a raposa mineira Magalhães Pinto. A gente olha, elas estão de um jeito. No momento seguinte, já mudaram completamente. Com tempo, as figuras podem se transformar por completo. As caras de anjos no céu, podem se transformar em demônios. Realmente, não deixa de ser curioso que um secretário de educação deixe sua pasta no início de ano letivo, diante de dispensas de licitações para aquisição de merenda escolar, que devem ser adquirido em processos emergenciais, para que as criança não deixem de recebê-las. No dia de ontem, 09, a saída do Secretário de Educação de Pernambuco, Alexandre Schneider, foi tratada de forma protocolar e humanitária, sob o argumento, inclusive, de problemas de saúde com a família. Sua esposa está doente e ele sairia do cargo para cuidar da esposa. 

Hoje, 10, já surgiram novas versões para o fato. Como o assunto fora tratado dentro da normalidade, de comum acordo entre o ex secretário e a governadora, já havíamos preparado um texto analisando o assunto a partir de algumas variáveis, como o estreitamento da relação da governadora Raquel Lyra com o PSD, comandado nacionalmente por Gilberto Kassab, de quem Alexandre Schneider é muito próximo. Há algum tempo se especula sobre o assunto, pois, pelo menos aparentemente, o PSD é um partido da base de apoio do Governo Lula3, o que facilitaria a integração da governadora ao Palácio do Planalto, algo festejado até mesmo pelo Ministro da Casa Civil do Governo Lula quando esteve aqui em Pernambuco para inaugurar obras e liberar recursos. 

Neste raciocínio, cresceriam na bolsa de apostas um nome do PT para assumir a Secretaria de Educação, certamente com alguns acordos firmados em relação às eleições de 2026, onde a renovação do mandato do senador Humberto Costa é a prioridade número um do partido no estado. O PSD, aliás, anda de namoro com o PSDB, negociando uma fusão ou federação, algo que, se vier a ocorrer, deixaria a governadora bem mais tranquila em relação ao assunto, pois nem precisaria de tal mudança de partido. Agora, diante de fatos novos, o jogo zera novamente. Vamos esperar novas nuvens se formarem. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Editorial: João Paulo pode assumir Secretaria de Educação do Governo do Estado.


A educação do ensino médio no estado de Pernambuco vai bem e isso pode ser creditado, em certa medida, às políticas públicas no setor, implementadas ainda pelos governos socialistas, cujos resultados aparecem agora, uma vez que os frutos nessa área demoram a amadurecer. Muita coisa ainda precisa ser feita, mas, em artigo recente, o professor Mozart Neves fez questão de elogiar o trabalho desenvolvido na pasta comandada pelo professor Alexandre Schneider, que está deixando o cargo em razão de problemas familiares. 

Os burburinhos da política pernambucana passaram a especular que está aberta a possibilidade de um petista assumir a pasta, a convite da governadora Raquel Lyra, em mais um lance das movimentações no tabuleiro do xadrez das eleições de 2026 em Pernambuco. Haveria uma negociação envolvendo a governadora e a principal tendência do partido no estado, a CNB, comandada pelo líder local da legenda, o senador Humberto Costa, insatisfeito com as acomodações de petistas na máquina municipal, que não teria contemporizado integrantes da corrente por ele liderada, hegemônica a nível nacional, inclusive a mesma correte do presidente Lula.  

Mesmo com a entrada de Vinícius Castello no Governo Municipal, nome ligado ao senador, não foi motivo para aplacar os ânimos, uma vez que o convite a Vinícius foi pessoal. O deputado estadual João Paulo, coerentemente, desde algum tempo, manifesta preocupações acerca dessa relação ambígua entre o PT e os socialistas no estado. Não ter cedido a vice ao partido na última eleição municipal, depois do trânsito livre do prefeito com o Governo Lula, não deixou o deputado satisfeito. A relação do deputado com a governadora Raquel Lyra, por outro lado, é das melhores. Para não colocarmos aqui mais lenha na fogueira, João Paulo é um bom nome. Sua sensibilidade social e expertise no executivo - João Paulo foi prefeito do Recife por dois mandatos - faria muito bem numa pasta como a de educação. 

Drops Político: A checagem dos fatos seria importante.



Os valores estão muito distorcidos atualmente. A checagem dos fatos é algo que se impõe, principalmente nesses momentos bicudos que a humanidade enfrenta, onde a disseminação de fake news foram banalizadas, infernizando a vida de muita gente, não raro com propósitos eminentemente políticos. Os gestores das redes sociais precisariam assumir este compromisso básico com a sociedade. Embora esses critérios de checagens sejam muito subjetivos, ainda assim eles são necessários nesses tempos onde a verdade e a mentira tornou-se apenas uma questão de narrativa, alimentada, não raro, pelas redes sociais.