Conforme já enfatizamos aqui no HTTP://blogdojolugue.blogspot.com, as relações entre civis e militares no Brasil, sobretudo depois da ditadura militar, ainda não foram perfeitamente harmonizadas. Do ponto de vista institucional, o Ministério da Defesa é um dos menos consolidados, exatamente porque implica na subordinação dos militares ao poder civil, algo de democracia consolidada, mas ainda não assimilado pela caserna brasileira. Durante um certo período, a Fundação Joaquim Nabuco chegou a ministrar um curso de especialização para oficiais da Polícia Militar de Pernambuco. Um dos professores era o cientista político Jorge Zaverucha, cujos estudos acadêmicos se concentram na relação entre civis e militares.Durante uma de suas aulas, Jorge teve enorme dificuldade de convencer um desses oficiais sobre a existência de um poder civil. Imaginem! Trata-se, obviamente, de um exemplo pontual, mas, por uma série de fatores e, alguns fatos concretos envolvendo essas relações, somos instigados a ficar um pouco desconfiados. Veja-se, por exemplo, a polêmica em torno dos famosos documentos relativos ao período mais repressivo da ditadura militar. Foram, segundo informes do próprio Exército, destruídos. Um historicídio. O maior capital de Jobim no Ministério da Defesa era exatamente a sua autoridade. Celso Amorim é de esquerda, já teve problemas com militares quando dirigia a Embrafilme, ou seja, possivelmente teremos problemas na caserna pela frente.
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