pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Um incidente profundamente desagradável no desfile do Galo da Madrugada.
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sábado, 25 de fevereiro de 2017

Um incidente profundamente desagradável no desfile do Galo da Madrugada.


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Num dos nossos artigos sobre a "Greve Branca" da Polícia Militar, lembrávamos o fato de que "dispositivos repressores" acionados durante as "Jornadas de Junho" ainda não haviam sido completamente desativados no Estado. Com a desestabilização do Estado Democrático de Direito no plano federal, a tendência natural seria o seu recrudescimento nas esferas estaduais. Por aqueles idos, Rio de Janeiro e Pernambuco se notabilizaram por adotarem as práticas mais duras contra os manifestantes daquelas jornadas. Esse era, aliás, um dos argumentos que nos estimulavam a sugerir o diálogo e não a queda de braço que então estava sendo observada entre a corporação militar e o aparelho de Estado. 

O desfilo do tradicional "Galo da Madrugada" era, assim, um momento importante para se saber como estava o humor da tropa, pois previa-se que a PM poderia não fazer o policiamento do evento. Mas, independentemente de uma recomendação das Associações neste sentido, os policiais foram às ruas e garantiram a segurança dos foliões, não sendo registrados nenhum incidente mais grave. Isso poderia significar um recomeço, digamos assim, nas relações entre o Estado e a corporação militar. Um divisor de águas, dada a magnitude do evento para o Estado de Pernambuco. Mas eis que, não se sabe muito por ordem de quem, viaturas da Polícia Militar resolveram apreender material de um bloco que protestavam contra as intervenções urbanas no Recife, administrada por um prefeito do mesmo partido do governador. 

Uma medida arbitrária, desproporcional e profundamente infeliz. O bloco é ligado a um grupo organizado da sociedade civil que protesta contra as intervenções urbanas no Recife já há algum tempo, tendo a oportunidade - e a liberdade - para seus manifestos respeitadas. Havia até outros grupos que protestavam durante o desfile, contra o Governo Temer, por exemplo, com referências à reforma previdenciária. A Corregedoria de Polícia, segundo se informou já estaria ouvindo os policiais militares envolvidos no episódio, mas convém sempre deixar claro a necessidade de saber de ondem partiu a ordem para a apreensão dos materiais, fantasias e adereços que seriam utilizados no desfile do grupo. Como disse antes, uma ordem arbitrária, desproporcional e infeliz.  

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